Meu post mais recente foi sobre o documentário “O dilema das redes”. Recomendo que o leia antes de seguir a leitura aqui.
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Já nos créditos finais do documentário, faltando uns três minutos para terminar, alguns dos entrevistados passam a dar dicas, recomendações ou orientações para as pessoas que querem fazer algo para ajudar a mudar essa distopia.
Lembrando que esses entrevistados, em sua maioria, são ex-chefões de gigantes da tecnologia, como Google, Facebook, Twitter e Instagram, além de pesquisadores do assunto. Ou seja, são as pessoas mais por dentro dos problemas criados ou amplificados pelas redes sociais.
Fiquei feliz que muitas das dicas que eles dão eu já vinha adotando, como desligar TODAS as notificações do meu celular, que foi algo que fiz ainda em 2019, ou excluir aplicativos que só servem pra sugar nosso tempo.
A seguir, compartilho 9 dicas que eles deram:
1. Falar sobre o assunto é o primeiro passo pra ajudar – “Ao falar sobre isso e expressar sua opinião, em alguns casos, através dessas mesmas tecnologias, podemos começar a mudar as coisas e a forma como se aborda isso.”
2. Desinstalar aplicativos inúteis – “Desinstalei vários aplicativos do meu celular que eu sentia que só tomavam meu tempo. Todos os aplicativos de mídias sociais e de notícias. Desliguei as notificações e qualquer coisa que ficasse vibrando no meu bolso com informações que não eram importantes para mim de imediato. É como evitar guardar biscoitos no bolso.”
3. Desligar as notificações do aparelho – Vários falaram isso: “Reduza seu número de notificações.” “Desligue as notificações.” “Desligue todas as notificações.”
4. Garantir privacidade na hora de fazer buscas na internet – “Não uso mais o Google, uso o Qwant, que não armazena o histórico de busca.”
5. Não aceitar sugestões de recomendações dos algoritmos, que te manterão numa navegação infinita na web – “Nunca clique em um vídeo recomendado para você no YouTube. Sempre escolha você mesmo. É outra forma de combater.” e “Há várias extensões do Chrome que removem as recomendações.”
6. Não contribuir para espalhar fake news! Quantas mil vezes já escrevi sobre isso aqui no blog, né? Tipo neste post de 2023. Está passando da hora de todos seguirem esse conselho à risca: “Antes de compartilhar, cruze informações, veja outras fontes, pesquise. Se parece ser algo criado para te desestabilizar emocionalmente, provavelmente é.”
7. Dar espaço ao contraditório, furar a bolha – “Obtenha diferentes informações por conta própria. Sigo pessoas no Twitter das quais discordo porque quero ser exposta a diferentes pontos de vista.”
8. Criar regras de uso de tela e de redes sociais para seus filhos – “Criei três regras simples que facilitam as vidas das famílias e que são baseadas em pesquisas. A primeira regra é que, em determinado horário da noite, nenhum dispositivo fica no quarto. Não importa o horário, meia hora antes de dormir, tire-os do quarto. A segunda regra é permitir mídias sociais apenas na adolescência. Pessoalmente, acho que com 16 anos. A pré-adolescência já é difícil, deixe isso para depois. E a terceira regra é decidir com seu filho uma quantidade de tempo [para usar o celular por dia].”
9- Se for capaz, exclua suas contas nas redes sociais – Faça como eu, que já excluí minha conta do Orkut, em 2011, do Facebook, em 2018, e estou prestes a excluir a do Instagram. “Vá em frente! Saia do sistema. Isso, exclua! Saia dessa idiotice. O mundo é lindo. Está um belo dia lá fora.”
Assista ao trailer oficial de O Dilema das Redes:
Alguns dos vários posts que publiquei neste blog, de 2011 pra cá, abordando os problemas tratados em “O Dilema das Redes”:
- 2011: Pra que servem as redes sociais??
- 2011: Luto pelo email
- 2011: Sete anos depois, o fim do Orkut
- 2011: Internet: antro de covardes anônimos
- 2011: Memórias virtuais
- 2012: Todo mundo respeita os outros no metrô (ao menos nos comentários)
- 2012: Sua vida na rede
- 2013: O caso de dois viciados em smartphones e tablets
- 2013: Finalmente, surgem as reações aos viciados em smartphones
- 2013: Oito motivos para deletar a conta do Facebook (mas nunca deletamos)
- 2013: Redes sociais e um mundo de mortos-vivos
- 2013: Geração Robocop
- 2013: De como não sentimos falta daquilo de que não precisamos
- 2013: O homem que enxergava
- 2013: Quanto mais Facebook, mais infelizes somos (ou não)
- 2014: De essencial a obsoleto
- 2014: Sobre cartas que viraram emails que viraram tweets (que viraram nada)
- 2014: ‘Ela’: um mundo com menos toques
- 2015: A ‘elalização’ do mundo, em três cenas
- 2015: Reflexões sobre a morte da internet
- 2016: Comentários na web e o ódio contra mulheres, gays e minorias
- 2017: Por menos gritos, muros e ódio nos discursos dos meus amigos de Facebook
- 2017: Se dirigir, não mande WhatsApp
- 2019: De quando não tínhamos só uma tela pela frente
- 2019: O smartphone é mais viciante que o cigarro – e é isso que as gigantes da tecnologia querem
- 2019: Como reduzir o uso do smartphone: 11 coisas que eu fiz e que funcionaram
- 2020: Por que eu deletei o Facebook (há um ano e meio) e como a vida melhorou depois disso
- 2021: Você já perdeu alguém que ama para as teorias conspiratórias?
- 2022: 10 ideias para se desconectar da rotina de trabalho e das telas
- 2022: Fato ou boato? 10 passos para identificar notícias falsas
- 2022: Precisamos repensar o WhatsApp no trabalho
- 2023: ChatGPT por ele mesmo: entrevista com o robô do momento
- 2023: Tudo sobre a OpenAI, o ChatGPT e o GPT-4
- 2023: Fake news: como identificar e combater esse mal moderno
- 2023: Precisamos falar sobre a falsa urgência no trabalho
- 2024: ‘Sabrina’: como as fake news e as conspirações são criadas
- 2024: ‘A Rede Antissocial’: um filme de terror real
- 2024: Fake news: ‘Como vivem? Onde comem? O que fazem?’
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