
texto de José de Souza Castro:
Uma boa notícia para os que se preocupam com o extermínio das abelhas polinizadoras, um fenômeno que vem sendo observado nos últimos anos em todo o mundo e que ameaça a produção de frutas e outros alimentos: a Bayer CropScience anunciou hoje, no site da gigante alemã da indústria química o fechamento de fábricas de pesticidas nos Estados Unidos.
Nos últimos três anos, a Bayer vem enfrentando a pressão de criadores de abelhas e de ecologistas em geral. Alguns de seus pesticidas já foram proibidos na Alemanha e em outros países, como França e Itália, como suspeitos de provocar a desorientação das abelhas que, depois de polinizar as plantas poluídas com inseticidas produzidas pela Bayer, não conseguem retornar à colméia e morrem aos milhões, mundo afora.
O problema se tornou tão sério que foi criada na Alemanha a ONG Coalizão contra os Perigos da Bayer que, em agosto de 2008, denunciou ao Ministério Público de Freiburg, por causa da mortandade das abelhas, o presidente do Conselho de Administração da empresa, Werner Wenning, que se aposentou em setembro passado depois de trabalhar na Bayer por 45 anos.
Antes de sair, Wenning tentou melhorar a imagem da empresa. Os leitores brasileiros de revistas semanais puderam ler recentemente várias páginas de anúncios da Bayer e suas ações relacionadas com a responsabilidade social. Antes, lançou um relatório de 110 páginas, em inglês, com o mesmo objetivo. Quem fatura mais de 30 bilhões de euros por ano pode tudo, até vender uma boa imagem…
Em agosto de 2010, a empresa foi obrigada, no entanto, a firmar um acordo com a EPA (U.S. Environmental Protection Agency) para suspender a produção de Temik®, Methomyl e Carbofuran, o que levou agora a anunciar o fechamento de fábricas de pesticidas em território americano. O governo alemão já havia proibido a fabricação em seu território de oito produtos Bayer.
No Brasil, a empresa continua livre de qualquer ameaça por parte do governo.
Até quando, não se sabe. Uma ONG internacional, a Avaaz, está recolhendo assinaturas em uma petição para salvar as abelhas, a ser dirigida a governos de países onde os produtos suspeitos de matá-las são produzidos ou vendidos. No fim de semana, logo após o lançamento na Internet, foram obtidas mais de 500 mil adesões. Mais informações AQUI.
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É isso aí, vamos salvar as abelhas! Eu já assinei a petição da Avaaz!
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Muito bem! 🙂
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Além da petição, penso em adotar algumas colméias na minha casa mesmo, multiplicar as abelhas nas cidades – aqui no Barsil temos as abelhas sem ferrão que podem conviver nos centros urbanos sem problemas. Adotem um colméia vc também!
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😀
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