Seguindo o conselho da Larissa e do José Américo, decidi que hoje eu encararia de vez o vizinho de baixo.
Cheguei a fazer uma carta, mais educada que os dois posts-desabafo neste blog, mas decidi que o melhor era ir até o apartamento dele, acompanhada do zelador, e me apresentar.
Interfonei da portaria e ele não deixou que eu subisse. Mas aceitou falar comigo pelo interfone.
Falei tudo o que eu tinha que falar e ele ficou praticamente só escutando. Aí uma hora ele disse:
— É, o zelador me explicou ontem que o barulho reflete mesmo. (Tom de voz de quem pede desculpas).
— Mas reflete qual barulho? O das páginas do livro que eu tava lendo? (Meu tom de voz era um misto de impaciência com vontade de chorar).
— Não, o barulho de outros apartamentos reflete e fica parecendo que é o seu.
— Muito bem, então eu queria que o sr. pensasse bem antes de acordar o zelador e mandar ele me acordar para reclamar de um transtorno que não é causado por mim. Ontem fiquei com insônia até depois de 1h por causa desse episódio, que me chateou muito. Eu me considero uma pessoa muito cuidadosa em relação aos vizinhos, nem sapato de salto alto eu uso. É por isso que eu queria falar pessoalmente, para me apresentar e resolver de uma vez esse problema. (Meu tom de voz era firme).
— Gostei muito que você ligou. (O tom de voz dele era amistoso).
— Boa noite.
— Boa noite. (Tons de voz neutros).
Agora vamos ver se terei a sorte da Larissa ou se continuarei com medo de caminhar descalça na minha própria casa.
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Sabe que eu tive o mesmo problema com a vizinha de baixo? Ela reclamava de um barulho absurdo que não sei de onde vem. Aí, depois de eu dizer que não fazia barulho extra nenhum, que só via TV com volume baixo e andava da sala pro quarto (de chinelo, pois mal aguento salto pra sair, quanto mais em casa!), ela respondeu: “O problema é o barulho na hora de andar. Você pisa fazendo barulho”. Aí eu falei pra ela que enquanto não inventarem o tapete mágico eu vou continuar pisando no chão da minha casa. Né não?
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Nossa, aí é complicado mesmo. E olha que vc é magrinha!! Tá mais perto que eu de conseguir flutuar 😉
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Creio que o problemas já está resolvido. Sua atenção para com o vizinho e a disposição de esclarecer o engano dele, já é mais do suficiente para ele saber que, eventuais barulhos que ele ouvir no apartamento dele, não provem do seu. Fico feliz por você.
Abraços, Cristina.
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É isso aí! 🙂
abraços,
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E com certeza falar com o vizinho, mesmo que por telefone, foi bem mais eficiente que a carta e que as mensagens pelo porteiro. Aprendi isso nos últimos tempos também.
Tomara que o problema se repita por aí.
Abraço!
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Tomara que não se repita! 😉
bjos
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Yeah! Viva o diálogo! \o/
Agora, a receita para se tornar uma santa entre os vizinhos: quando usar algo que faça barulho que pode ser considerado incômodo (eu por exemplo, às vezes uso o aspirador de pó à noite), pergunte educadamente para ele no dia seguinte se o barulho incomodou. Garanto que ele irá dizer que não. E se disser que sim, você terá a chance de explicar a situação antes que ele interfone.
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Se eu deixar pra fazer isso no dia seguinte, ele já vai ter interfonado, uai!
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Não, porque os seus barulhos são imaginários.
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Mas aspirador deve incomodar mesmo rs
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