Coluna reta, peito estufado, queixo pra cima, sorria sempre!

Ok, já que já venci a batalha contra as bactérias (ainda falta um tiquim pra vencer a guerra, mas estou quase lá ;)), vou virar o disco, né? Ou daqui a pouco ninguém mais vai querer voltar aqui, neste “diário de uma hipocondríaca” adaptado.

Vamos falar do contrário de doença. Vamos falar de saúde, de esporte, de energia.

Eu já pratiquei três esportes na minha vida, de forma rotineira. (Por brincadeira, já pratiquei muitos outros, na educação física do colégio ou nas mesas de ping pong e sinuca da vida :D). Ginástica olímpica, natação e corrida/caminhada.

Vou dedicar um post a cada uma dessas experiências e terminaremos esta semana com bastante fôlego.

A ginástica olímpica foi iniciada tardiamente. Eu já tinha nove anos quando comecei, e esse é um esporte para se começar novinha, aos 5 ou 6 anos. Pra piorar, sempre fui desengonçada e desajeitada. Nunca tive coordenação motora. Não tenho equilíbrio e graça, nem aquelas posturas de menina que anda com o livro em cima da cabeça.

Pra piorar mais um pouco, minha irmã, cinco anos mais velha que eu, já estava lá há algum tempo e tinha ido muito bem, participado de competições e tudo o mais. Tão bem que acabou tendo que fazer uma cirurgia no pulso, como é praxe nesse esporte. Isso me deixou meio traumatizada e eu quase não colocava o peso do meu corpo no meu pulso.

Assim, minha experiência na ginástica olímpica foi desastrosa. Tanto, que mal me lembro dela, apaguei quase tudo da memória.

Lembro que havia umas séries e que era preciso pular no cavalo, usar as argolas e traves, dar mortais no solo….. e eu mal sabia dar cambalhota e nunca soube dar estrela ou mesmo fazer parada no chão 😦

Lembro que antes de saltar era preciso passar pó de giz na mão, pra evitar as escorregadas.

Lembro que o instrutor era muito bravo e seu apelido era “Pezinho”, mas não lembro do nome dele. A instrutora era boazinha, chamava-se Soraia (meu deus, como me lembro de tudo isso?!).

As séries tinham um ritmo específico e seguiam uma música pop que não me lembro qual era.

Usávamos um amplo galpão do clube, forrado de colchões azuis fininhos, que fediam muito a chulé.

Para saltar no cavalo, eu sempre precisava da ajuda de um instrutor. E o que eu menos sabia fazer direito era aquele finalzinho, com as mãos pra cima, o corpo eretísimo, a coluna em curva, o peito estufado, o queixo pro alto. “Sorria sempre!”

Eu não nasci praquilo.

Não me lembro por quanto tempo fiz ginástica olímpica, acho que foi por um ano. No final, conciliei por um tempo com a natação, mas logo preferi a última. O esporte solitário, mas de competição em equipe. Como fazer jornal…

(TO BE CONTINUED ;))


Descubra mais sobre blog da kikacastro

Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.

Avatar de Cristina Moreno de Castro (kikacastro)

Por Cristina Moreno de Castro (kikacastro)

Mineira de Beagá, escritora, jornalista (passagem por Folha de S.Paulo, g1, TV Globo, O Tempo etc), blogueira há mais de 20 anos, amante dos livros, cinéfila, blueseira, atleticana, politizada, otimista, aprendendo desde 2015 a ser a melhor mãe do mundo para o Luiz. Autora dos livros A Vaga é Sua (Publifolha, 2010) e (Con)vivências (edição de autor, 2025). Antirracista e antifascista.

16 comments

  1. Uai, Cris. A garganta pode não estar muito boa ainda, mas a memória é nota dez. Só esqueceu de falar o nome do clube, embora você se lembre dele muito bem, pois tinha o maior orgulho de ser da equipe de natação do Minas… Ops! parece que me antecipei em alguma coisa do próximo post.

    Curtir

  2. Me impressiona sua memória.

    Se vc me perguntar o nome de 1 professor do meu terceiro ano eu não saberia responder.

    Curtir

  3. Lembro que eu te levei pro teste. E que uma das coisas a fazer era ficar com os braços abertos, esticados na altura dos ombros, por, sei lá, uns 5 minutos. E que logo os seus começaram a cair e que eu ficava aflita torcendo pra que você conseguisse segurá-los no alto. Depois fiz o mesmo em casa e vi como eles ficam pesando 1 tonelada…

    Curtir

    1. Disso eu não lembrava 🙂
      Mas, agora que vc falou em teste, tenho a impressão que me colocaram na turma mais iniciante de todas e que eu era uma das alunas maiores e mais velhas, o que tornava tudo mais constrangedor ainda 😦

      Curtir

  4. Oi Cris!!! Nossa, fiquei tão contente com o seu comentário no meu blog. Nem imaginava q vc dava uma lida nele!! Acompanho sempre o seu, mas sou do tipo leitor invísivel, manja? raramente se manifesta, mas sempre está ali.
    Beijos.
    JC

    Curtir

  5. Ah, mas eu lembro do nome da maioria dos meus professores e professoras, dos bonzinhos e dos carrascos…rs Não que minha memória seja prodigiosa, mas foram pessoas que marcaram a memória de alguma forma.

    Cambalhota, rolamento…eu detestava as aulas de Educação Física. Argh!

    Curtir

    1. Olha, e o nome técnico de cambalhota era rolamento mesmo!

      Eu gostava da educação física quando tinha jogos de verdade, tipo handball, basquete ou vôlei. Também adorava jogar ping pong (um dos meus colégios tinha mesa). Tenho uma história legal com o handball, um dia vai virar post…

      Mas eu detestava quando o professor de educação física vinha com exercícios idiotas e tive uma professora, no segundo ano do ensino médio, que só dava exercícios assim. Eu brigava com ela toda hora. Não me lembro mais qual era seu nome, mas o apelido que lhe dávamos era Sol, por causa da cor do cabelo.

      Até que tenho boa memória para nome de professores, mas às vezes dá um branco.

      Outro dia quase morri de falta de graça. Tenho uma professora que adoro, um dia escreverei sobre ela. A Beth Gressi, que me deu aulas de português dos 11 aos 13 anos. Foi uma das grandes incentivadoras para eu querer ser jornalista e para escrever poemas. Quando escrevi o livro com a Ana, procurei um meio de encontrá-la e achei seu Facebook. Enviei um convite para o email dela dizendo o quanto ela tinha sido importante na minha formação. (Isso deve ser bem legal de se ler para um professor, tantos anos depois, né? Ainda mais para professor de escola pública, tão desestimulado pelos baixos salários e tudo o mais.)

      Pois bem. No dia do lançamento, ela foi (levou um poema meu que tinha guardado desde 1997 e um livro do centenário da minha querida escola!) e levou duas professoras com ela. Só que eu não lembrava o nome dessas professoras de jeito nenhum, embora elas se lembrassem de mim. E elas ficavam perguntando com quem eu tinha tido aula e também não me vinha nenhum nome na cabeça (agora vem alguns: Dorinha, Regina, Marlene, Rosana Terra, esqueci o nome da professora da 4ª que eu adorava :(, e depois da quinta eu já não me lembro de quase ninguém :(). Fiquei muuuuuito sem graça, porque elas me perguntavam com várias opções de nome e não me vinha nenhum! =O
      E olha que até hoje sonho com meus anos de Escola Estadual Barão do Rio Branco…

      Curtir

  6. É bem bacana mesmo reencontrar alunos que se lembram de mim… Recentemente encontrei um ex-aluno que hoje faz jornalismo ( seu coleguinha em breve) e lembrou das minhas aulas de redação ( sim, por um período dei aulas de redação) e como algumas de minhas indicações literárias foram úteis para ele. Sempre levava textos da Revista Caros Amigos, gêneros como conto, ensaio, crônica de gente como Lima Barreto, Galeano, Millor… bons tempos aqueles em que eu era mais motivado e mais idealista rs.

    E é justamente por lembrar de fatos assim que ainda dá pra resistir mais um bucadinho no magistério. Há algumas recompensas e surpresas muito boas. 🙂

    Curtir

Deixar mensagem para Cristina Moreno de Castro Cancelar resposta

Descubra mais sobre blog da kikacastro

Assine agora mesmo para continuar lendo e ter acesso ao arquivo completo.

Continue lendo