Quando lembro que a saliva existe

Eram 5h20 quando acordei, com um alarme no meu cérebro. Algo doía. O que era? Permanecia um restinho do sonho, algo a ver com a matéria que vou fechar hoje. Árvores. Dor. Abri um olho. Engoli a saliva. É isso, a saliva dói. A saliva dói? Senti ela se formando, na minha boca, e escorrendo… Continuar lendo Quando lembro que a saliva existe

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“Dormiu para sempre no fim de 2007”

Se você gosta de jornalismo, ou de jornalistas que mais parecem personagens do Rubens Fonseca, ou de pessoas duronas, que morrem e ninguém fica sabendo mais de três anos depois, ou se gosta de um texto bem escrito, que ouve figuras cheias de boas memórias, se gosta de mistérios e dos mistérios da madrugada, que… Continuar lendo “Dormiu para sempre no fim de 2007”

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Poetas excluídos

Eu que passo pela casa e na porta entreaberta vejo música. Um piano delicado que me olha (me ignora) mas eu rio. E espio e espero pela porta. Não se importa (enquanto escuto deslumbrada). Assustada, chega a dona e tranca a porta! (e me corta.) Vou-me embora muito embora não entenda.   Que mal há… Continuar lendo Poetas excluídos

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Crônica da delegacia

Ela chegou meio trêmula, sem saber muito bem como se expressar. O policial pediu o número do documento. “Não sei de cor não”, disse, sorrindo nervoso. “Nem sei ler.” Pegou o RG e estendeu ao homem. Analfabeta, negra, moradora de um bairro da periferia da zona leste paulistana, como me contou depois, na sala de… Continuar lendo Crônica da delegacia

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Já foi solidário hoje? E neste mês? E neste ano? MESMO?

Imagine que seu pai é este senhorzinho simpático que ilustra o post. Ele tem uma doença que, para ser curada, exige um transplante multivisceral (de vários órgãos). Esse transplante ainda não é feito no Brasil. Seu custo, nos Estados Unidos, é de cerca de US$ 1 milhão (você leu corretamente, é esse valor mesmo). O… Continuar lendo Já foi solidário hoje? E neste mês? E neste ano? MESMO?

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‘127 horas’: você pode ser um solitário, mas avise para onde vai

Cena do filme '127 horas'

Para ver no cinema: 127 HORAS (127 Hours) Nota 9 Quando a sessão terminou, não se ouvia um pio. Nenhuma daquelas conversinhas pós-filme de sempre, aquele burburinho na sala do cinema. O silêncio do estarrecimento coletivo é algo que poucos filmes conseguem atingir (de cabeça, me lembro de apenas outros dois que presenciei: “O Pianista”… Continuar lendo ‘127 horas’: você pode ser um solitário, mas avise para onde vai

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