7 coisas que aprendi com o fim da licença-maternidade

Há 21 dias atrás, compartilhei aqui no blog o baque que eu estava sentindo com o fim da licença-maternidade e a volta ao trabalho. Nesses 21 dias, trabalhei 16 dias, incluindo um sábado e um domingo, e folguei em cinco: dois sábados, dois domingos e um dia na semana pelo plantão trabalhado.
Agora, passado o susto e vivida a experiência, quero dividir com vocês algumas coisas que aprendi com o início desse novo ciclo na maternidade — são informações que acho que podem ser úteis a outras mães que estão passando ou logo vão passar por situação parecida, e provavelmente sentem a mesma ansiedade que senti.
Aí vai:
1. A gente sobrevive.
Eu morro de saudades do Luiz quando estou no trabalho, mas é tanta coisa para ocupar minha cabeça no jornal que não dá tempo de ficar pensando demais no assunto. Ele também deve sentir minha falta, mas depois tento compensar a ausência da manhã ficando mais juntinho ainda à tarde e à noite. E, se ele tinha dificuldade para mamar a fórmula nos dias antes de eu voltar ao trabalho, logo superou. Hoje mama direitinho, 120 ml, no meio da manhã. Segue desenvolvendo, forte e saudável, com ou sem mim por perto o tempo todo…
2. O corpo também se adapta.
Nos primeiros três dias, mais ou menos, eu parecia que ia explodir de tanto leite, pelo tempo sem amamentar. Depois, de repente, o leite reduziu. Mas longe de acabar: o que parece é que meu corpo entendeu que, de manhã, não precisa produzir tanto leite. Lá pela hora do almoço já começa a encher de novo, e chego em casa, morta de fome, mas vou logo providenciar o “almoço” do Luiz.
3. Como Luiz demonstra as saudades: uma coisa linda…
Justamente no Dia das Mães, 8 de maio, cheguei em casa do plantão e fui recebida com uma surpresa incrível: Luiz tinha aprendido a sílaba “ma”. Falava: “Mamamamama” sem parar. Fiquei encantada! Fiz vídeo, mandei pra deus e o mundo. Na hora, eu não achei que fosse uma tentativa de dizer “mamãe”: achava que era só mais um barulhinho que ele tinha aprendido e estava testando. Também cogitei que fosse “mamar”, mas nunca era dito na hora da fome. De lá pra cá, ele foi aprimorando o “mamamamama”, que fica cada vez mais parecido com um “mãmãmãmã”, e ele só solta o barulhinho quando parece estar me chamando mesmo. É muito legal 🙂
4. … e uma coisa péssima.
Luiz nunca teve problemas para dormir à noite. De dia, sim, mas à noite eu só tinha que dar banho, dar mamá e colocá-lo no berço, e ele dormia sozinho em poucos minutos, até a manhã seguinte. No máximo, precisava de uma canção e um carinho na barriga ou na mãozinha, mas logo pegava no sono. Depois que voltei ao trabalho, está um custo colocá-lo para dormir! Ele vira, revira, rola prum lado, rola pro outro, chora, fala mamamamamama, luta contra o sono com todas as suas forças. Se antes dormia às 19h30, agora é só lá pelas 20h30, 21h, 21h30… Se eu saio do quarto, ouço de longe: “Mamamamamamamã…” Quem resiste? 🙂 Mas cansa…
5. Descobri um novo conceito de exaustão.
Acordar umas duas vezes na madrugada para ver o Luiz, levantar às 5h com o despertador, trabalhar até as 13h, pegar uma hora de trânsito congestionado, cuidar do Luiz e da casa no resto do dia, lutar para colocá-lo para dormir… Quando chega 20h, já estou bamba de cansada, às 21h estou louca pra dormir, e geralmente só consigo ir deitar lá pelas 22h, 22h30. Para acordar de novo às 23h para a última mamada do dia, até ser requisitada de novo às 6h, depois de algumas levantadas pela madrugada. Enfim, é um novo conceito de exaustão. Acho que eu não sabia o que era ficar cansada até agora! E ainda invento de postar no blog de vez em quando, como este post, que estou escrevendo às 21h30 de quarta-feira. (E ainda vou tentar ver o jogo do Galo nesta noite!) Ufa! =O
6. É ruim e é bom trabalhar.
Ruim e bom por todos os motivos que tornam qualquer trabalho, sendo mãe ou não, ruim e bom. Mas, sendo mãe, é bom poder desligar um pouquinho o cérebro das questões que me ocuparam 100% do tempo durante a licença-maternidade. E conversar com mais adultos, e me vestir, e sair mais de casa. Também é bom, sendo jornalista, estar mais bem-informada do que eu conseguia estar na licença, e estar no olho do furacão deste noticiário insano. Enfim, nunca achei ruim trabalhar, trabalhar não mata. Mas que dá saudades, dá 😉
7. Mas o melhor de tudo é:
chegar em casa e ver o SORRISO MAIOR DO UNIVERSO que o Luiz irradia quando me vê! Acho que nunca vi uma cara de felicidade tão completa como a que ele faz quando chego do trabalho. Acho que eu nunca tinha pensando em como é indescritível a sensação de ter alguém que te ama tanto, mas tanto, mas tanto, que transborda esse amor pelos olhinhos só de olhar pra você. É um negócio de doido, que faz tudo o mais valer a pena.
E você, já teve essa experiência de voltar ao trabalho depois da licença-maternidade? Contaí nos comentários como foi! 😉
Leia também:
Categorias

Cristina Moreno de Castro Ver tudo
Mineira de Beagá, jornalista, blogueira, poeta, blueseira, atleticana, otimista, aprendendo a ser mãe. Redes: www.facebook.com/blogdakikacastro, twitter.com/kikacastro www.goodreads.com/kikacastro. Mais blog: http://www.otempo.com.br/blogs/19.180341 e http://www.brasilpost.com.br/cristina-moreno-de-castro
Bem vinda, colega!
Já te aviso que essa dualidade de ser bom x ruim trabalhar pra mim já dura 9 anos… sobre o novo conceito de exaustão te falo: foi a época mais cansada da minha vida! E “cansada” é um termo bem relativo: pensa no serviço do pedreiro. É cansativo? É. Mas ele tem o servente pra ajudar… eu não tinha servente…
Mas o sorriso maior do mundo… é o maior sorriso do mundo!
CurtirCurtir
Tava sumida, Dri! 😀
Pois é, o sorriso aparece nas horas mais incríveis, né? Quando a gente tá quase chorando de cansaço, ele vem e abre aquele sorrisão e passa tudo ❤
CurtirCurtir