‘Sentimento é contagioso’

Sentimento é como a chuva: alcança todos ao redor. Imagem: Freepik.
Sentimento é como a chuva: alcança todos ao redor. Imagem: Freepik.

Dia desses, em abril, eu estava meio pra baixo. Na verdade, foi uma semana inteira meio desanimada, como parte daqueles vales que intercalam os picos de emoções, que sentimos às vezes.

O Luiz, meu filhote de 8 anos, observou:

– Você está triste, mamãe. Não gosto quando fica triste.

E completou:

– Quando você fica triste, eu também fico. Sentimento é contagioso.

Ilustração de mulher triste segurando guarda-chuva, com chuva caindo dentro dela.
Imagem: Freepik

Essa pérola final me bateu em cheio. Quanta sabedoria pode caber em uma cacholinha de criança!

Sim, sentimento é contagioso. Eis uma das grandes verdades do mundo. Comportamento também é.

As pessoas se espelham muito em seus pares, naquelas outras que convivem pertinho.

Quantas vezes você foi trabalhar se sentindo alegre e acabou mal-humorada porque todos ao redor estavam assim? E, claro, também o contrário. O bom humor, a tristeza, a alegria, a irritação, o mau humor, tudo isso contagia como um vírus potente.

Ilustração de pessoas na rua cercadas por folhas de outono.
Imagem: Freepik

Também pode acontecer de estarmos com um sentimento tão forte e apertado em nós, que mal percebemos o que se passa ao redor, ou nos fechamos em um casulo protetor que nos impede de sentir o que os outros sentem.

Nesse caso, nada abala nossa tristeza ou nossa alegria: ela é mais forte que nós mesmos e que os outros.

Mas, sem dúvida, o que sentimos e transbordamos funciona como uma nuvenzinha que contribui para o clima ambiente. Tanto o clima dentro de casa, em família, quanto no trabalho ou na escola.

Se levarmos isso em conta, temos grande responsabilidade sobre como nos sentimos. Porque nossa tristeza deixa de ser só nossa, e passa a ter também um impacto sobre outras vidas – como a do nosso filho de 8 anos, que acordara serelepe.

Por isso, deixo a pergunta: como você está se sentindo hoje? E que sentimento quer passar ao mundo ao seu redor?

***

Leia outras reflexões aqui no blog:

➡ Quer reproduzir este ou outro conteúdo do meu blog em seu site? Tudo bem!, desde que cite a fonte (texto de Cristina Moreno de Castro, publicado no blog kikacastro.com.br) e coloque um link para o post original, combinado? Se quiser reproduzir o texto em algum livro didático ou outra publicação impressa, por favor, entre em contato para combinar.

 

➡ Quer receber os novos posts por email? É gratuito! Veja como é simples ASSINAR o blog! Saiba também como ANUNCIAR no blog e como CONTRIBUIR conosco! E, sempre que quiser, ENTRE EM CONTATO 😉

Canal do blog da kikacastro no WhatsAppReceba novos posts de graça por emailResponda ao censo do Blog da Kikafaceblogttblog


Descubra mais sobre blog da kikacastro

Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.

Avatar de Cristina Moreno de Castro (kikacastro)

Por Cristina Moreno de Castro (kikacastro)

Mineira de Beagá, escritora, jornalista (passagem por Folha de S.Paulo, g1, TV Globo, O Tempo etc), blogueira há mais de 20 anos, amante dos livros, cinéfila, blueseira, atleticana, politizada, otimista, aprendendo desde 2015 a ser a melhor mãe do mundo para o Luiz. Autora dos livros A Vaga é Sua (Publifolha, 2010) e (Con)vivências (edição de autor, 2025). Antirracista e antifascista.

4 comments

  1. “Bom relembrar isso”, comentou aqui Stefan Salej, 80 anos. ”Sentimento é contagioso”, disse Luiz, 8 anos, ao ficar triste por ver a mãe triste. Os dois me dão lição de vida. Fui reler a biografia de Stefan (“O enigma Salej”) disponível na biblioteca do blog. O pai dele teve que fugir para a Itália para não ser preso, deixando para trás mulher e os dois filhos, ele com seis anos e a irmã com nove meses de vida. A mãe foi presa, quando tentou se juntar ao marido levando os filhos, e acabou condenada a sete anos de prisão com trabalho forçado. Os filhos foram separados e todos só se juntaram em 1960, no Brasil, para onde o pai se refugiara. Ao entrevistá-lo para o livro, Stefan disse que teve uma infância feliz. Eu sempre o conheci como um otimista – e um vencedor.

    Curtido por 1 pessoa

Deixe um comentário

Descubra mais sobre blog da kikacastro

Assine agora mesmo para continuar lendo e ter acesso ao arquivo completo.

Continue lendo