Vivemos em uma overdose de informação e conectados o DIA INTEIRO ao celular (fora TV, notebook etc). Trabalhando, da hora que acordamos à hora que vamos dormir. E a tendência é que isso se torne cada vez mais massacrante, com outras tecnologias surgindo, nos tornando mais e mais conectados.
Nunca houve tantos casos de “burnout” como nesta era que estamos vivendo – principalmente entre as mulheres. Dos 16 sintomas elencados pelo Ministério da Saúde, eu tive, recentemente, pelo menos 10, com destaque para o primeiro deles, que era uma constante:
- Cansaço excessivo, físico e mental.
- Dor de cabeça frequente.
- Dificuldades de concentração.
- Negatividade constante.
- Sentimentos de derrota e desesperança.
- Alterações repentinas de humor.
- Fadiga.
- Dores musculares.
- Problemas gastrointestinais.
- Alteração nos batimentos cardíacos.
Até pedi demissão do meu último emprego, o que talvez vire tema de post algum dia, quando eu estiver mais serena para escrever a respeito.
Mas nem todos precisam esperar chegar ao seu limite para tomar alguma providência menos drástica.
É importante ter em mente que o nosso cérebro precisa de descanso. O corpo precisa de pausas. Se você trabalha com notícia e informação, como eu, é preciso ter momentos de respiro para isso também. Se seu trabalho é de outra natureza, a folga tem que ser fazendo atividades diversas.
Por mais que você goste do que faz, é importante buscar o EQUILÍBRIO sempre, no tempo e na forma.
Eu demorei a entender isso.
Hoje, valorizo mais o emprego/trabalho que possa me proporcionar mais TEMPO, inclusive para o descanso (mas também para aprender coisas novas e fazer outros tipos de atividades), do que até mesmo o que pague o maior salário.
Os empregadores também precisam virar a chavinha, entender que seus funcionários precisam de respiros para viverem bem e inclusive trabalharem melhor. Não adianta colocar mesa de ping-pong no escritório, é muito além disso.
Enquanto essa mudança de percepção não acontece, porque na prática vemos uma realidade bem diferente, cabe a nós mesmos estabelecermos nossos limites e buscar formas de criar respiros para nossa cabeça.
Sobre isso, leia no post de amanhã, continuação deste: 10 ideias para se desconectar da rotina de trabalho e das telas
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Há mais de meio século o filósofo britânico Bertrand Russel escreveu o livro “O Elogio ao Ócio”, publicado no Brasil pela editora Sextante em 2002. O sociólogo italiano Domenico De Masi, mais recentemente, escreveu “O Ócio Criativo”. Nesse meio tempo, muitos estudiosos se debruçaram sobre os motivos que levam as empresas a exigirem cada vez mais dedicação ao trabalho de seus empregados que não têm tempo para o ócio, muito menos o criativo, apesar de todos os avanços tecnológicos que que deveriam poupar tempo na produção – e de fato poupam -, mas nada muda a cabeça dos patrões. A Cris fez muito bem em chutar o balde no último emprego,
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Excelente comentário! O avanço da tecnologia deveria ter proporcionado mais possibilidades de ócio criativo, e não foi isso o que aconteceu. Foi o oposto: viramos escravos do trabalho pelo WhatsApp. Precisamos reencontrar o rumo dessa história.
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