Por Cristina Moreno de Castro (kikacastro)
Mineira de Beagá, escritora, jornalista (passagem por Folha de S.Paulo, g1, TV Globo, O Tempo etc), blogueira há mais de 20 anos, amante dos livros, cinéfila, blueseira, atleticana, politizada, otimista, aprendendo desde 2015 a ser a melhor mãe do mundo para o Luiz. Autora dos livros A Vaga é Sua (Publifolha, 2010) e (Con)vivências (edição de autor, 2025). Antirracista e antifascista.
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Cris, parece que você ficou tão abalada com a tragédia no Japão que não teve palavras para este post. Eu soube dessa situação sempre incerta dos japoneses há uns 30 anos, não pela imprensa, mas pelos livros de James Clavell, principalmente Shõgun, Noble House e Gai-Jin, que fazem parte da chamada Asian Saga, escrita por ele entre 1962 e 1993. Os outros são King Rat, Tai-Pan e Whirlwind, todos com cenário no Japão, menos os dois últimos, respectivamente em Hong Kong e Irã. Dos seis, só li os três primeiros citados aqui e Tai-Pan. A saga começa em 1600, quando o piloto inglês John Blacktorne naufraga na costa japonesa – o país era então fechado para o resto do mundo, com exceção dos jesuítas portugueses – e descobre que ali os europeus eram chamados de bárbaros. Realmente, a civilização japonesa, mesmo nesses tempos medievais do país, era muito mais avançada – por exemplo, tomavam banho diariamente e lavavam a cabeça com xampu, coisa que para os ingleses era altamente não recomendável, pois muito banho podia causar doenças! Taí. Mais uns livros a serem lidos, quando você tiver tempo e disposição para isso. Garanto que vai gostar.
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Que memória boa a sua, hein, papai! Eu não lembraria de todos esses detalhes nem do meu livro favorito, acho. Tenho a impressão que nunca li nenhum livro sobre o Japão, ou que se passa nele, taí porque é um dos países mais misteriosos para mim. Da China já li vários, de autoras chinesas… Mas do Japão, nada. Acho que só um sobre o teatro de bonecos deles, quando ainda estava no colégio…
bjos
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Isso que dá ficar lendo na infância. Perdeu Spectreman, Ultraman, Robô Gigante, A Princesa e o Cavaleiro… : )
[]s,
Roberto Takata
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Eu vi na TV o Jaspion e outros do tipo, que agora não me lembro como chamavam. Jaspion é de quando eu tinha 4 anos 🙂
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Qual memória qual nada, Cris, embora eu esteja tomando injeções de vitamina B 12 receitadas por um médico. Os resquícios de memória dos livros foram despertados primeiro pelas cenas do terremoto e, em seguida, reavivados pelo velho e bom Google… Mas as recordações dos textos daqueles livros, embora venham se perdendo nas brumas do tempo (eta!), ainda são muitas. Uma delas, a cena de um terremoto, do qual o piloto inglês se salva por pouco. Muitos dos que estavam com ele foram engolidos pela terra que se abriu de repente. Outro personagem, em Tai-Pan, teve sua bela casa, recém-construída, levada por um tsunami – e ele com ela…
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Acho que terremoto sempre deve ter feito parte da literatura japonesa, né… Fiquei até curiosa para ler mais autores deles agora!
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Um dos primeiros romances conhecidos são os ‘Genji Monogatari’, do séc. 11. A autoria é atribuída à Murasaki Shikibu, uma cortesã.
[]s,
Roberto Takata
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Seu post está perfeito, como sempre, Cristina. Trista sim, surrado também, pelo homem e pela natureza. Mas que não esmorece jamais. Paradoxalmente, o japonês se dobra em gentilezas, para prestar vênias em seus cumprimentos, jamais ante os destemperos.
Abraços.
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Na tragédia as pessoas sabem ser solidárias, né? Mesmo quando perderam tudo. Ocorreu o mesmo no Haiti. E, respeitadas as proporções, na tragédia do Rio. bjs
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