Peço desculpas por preencher minha falta de ideias para posts com remissão a matérias minhas pela segunda vez nesta semana (e acho que terceira desde que abri este buteco), mas é que a matéria abaixo, sobre o skinhead gay que encontrei, por acaso, em São Paulo (durante a Parada Gay) me dá a oportunidade de levantar uma reflexão que nunca sobra:
somos pessoas complexas, somos multifacetados, somos muitos, não somos apenas um rótulo raso, uma identidade fácil, uns predestinados. Somos vários; em nós, seres humanos, cabem muitas perspectivas. Somos difíceis. Daí porque não nos cabe julgar os outros pelo que eles aparentam ser, porque as aparências não comportam tudo o que um sujeito carrega em suas convicções e pesadelos mais íntimos.
Agora fiquem à vontade para conhecer um desses seres humanos complexos, clicando AQUI.
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Isso é parte de um fenômeno midiático que tende privilegiar a exibição só o que é ruim. A cultura skinhead de fato teve início com fortes influências da cultura negra e passava longe de racismo ou coisa parecida. Bem depois uma dissidência bizarra trouxe o extremismo e ideologias direitistas pra coisa. O que aconteceu é que esse grupo, até então insignificante perto do movimento como um todo, ganhou muito mais destaque na mídia devido aos seus atos. E ai “tá feita a merda”.
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Mas será que a mídia criou, sozinha, o monstro? Ou o monstro deu recursos à mídia para fazer sue trabalho de divulgação? Acho que é a velha história do ovo e da galinha e do velho conceito de notícia (o cão morder o dono não é, mas o dono morder o cão é). Essa minoria racista, homofóbica e extremista de um modo geral ficou tão perigosa, ao soltar bombas na Parada Gay, espancar várias pessoas etc, que a própria polícia criou uma divisão especializada para lidar com eles. E isso não poderia passar batido pela imprensa.
bjos
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