Férias: nunca tão necessárias quanto nesta pandemia

Eu não tinha férias desde 2019. E, no meio do caminho, teve uma pandemia. O que significa não só exaustão mental e psicológica, que a maioria do mundo está sentindo, mas física também, com a cobertura jornalística diária dos números da Covid-19, das taxas de ocupação de leitos às altas nos sepultamentos. Cheguei a este início de 2021 (em que as coisas não melhoraram, como nos prometiam os votos de Ano Novo, mas degringolaram de vez) completamente no meu limite de cansaço.
Por isso, foi muito bem-vindo aquele sábado de 6 de março em que, depois de um plantão corrido em que TUDO deu errado, pude sair de todos os grupos de WhatsApp do trabalho e decretar ao mundo: “Estou de férias. Se for sobre trabalho ou Covid, fale com outra pessoa“.

Minha primeira providência foi encontrar um mato para me esconder, com o Luiz, e descansar lá por quase uma semana, sem lembrar de internet, de noticiário e quase (só quase) esquecendo que ainda estamos numa pandemia sem perspectiva de fim. E com a pior pessoa do mundo para lidar com ela (e com qualquer outra coisa) ocupando a chefia do Executivo.

Mas não é só pelo ócio criativo e revigorante que existem as férias. É também para fazermos todas as outras coisas que precisamos ou de que gostamos e que não conseguimos fazer na rotina corrida do resto do ano. Foi nas férias de 2019, por exemplo, que arrumei um tempo para dar uma repaginada no blog.

Nesta primeira semana, já li dois livros excelentes, sobre os quais vou escrever em posts futuros. (De férias, é o blog que lucra, já que ganho mais tempo para me dedicar ao meu hobby querido). Também já cortei meu próprio cabelo. Hoje fiz uma coisa absolutamente incrível: depois de três anos morando no mesmo apê, mudamos todos os móveis de lugar, e o resultado ficou bem mais espaçoso, bonito e funcional, além de organizado. Parece até que virou outra casa, sem gastar nenhum centavo com a “reforma”! (Só fiquei pensando: por que não fiz isso antes? Mas quem tem tempo…?)
E, nesta segunda-feira, quando saem os indicados ao Oscar, vou fazer uma das tradições mais deliciosas de cada ano, e montar minha listinha de filmes para assistir e apostar no bolão de 25 de abril.
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Sim, vão ser férias de confinamento, com tudo fechado por causa da pandemia (até as praças foram cercadas em BH), sem poder nem ficar visitando os pais, porque a coisa está feia demais. Mas vou aproveitar estas semanas que me restam para continuar descansando a cabeça, organizando a vida (e algumas gavetas), vou fazer a declaração do imposto de renda, vou ver muitos filmes, ler muitos livros e, sobretudo, brincar bastante com o Luiz e passar o máximo de tempo com ele, que não passo no resto do ano como gostaria.
E vou me dar ao luxo e ao direito de ficar desinformada e de não ficar fritando meu cérebro com doentes e mortos, pelo simples motivo de que terei de continuar fazendo isso por todos os meses seguintes, e preciso desligar um pouco para conseguir recarregar a energia para dar conta de continuar essa missão necessária, mas exaustiva e depressiva do jornalismo atual. Missão de informar às pessoas sobre coisas graves, ruins e complexas competindo (em desvantagem) com o zap cheio de fake news bombardeando com mentiras das mais absurdas e inacreditáveis.
Enfim, acho que é isso. Nem sei por que fiz este post, acho que pela vontade de desabafar e de soltar meu longo suspiro de alívio também aqui no blog: AAAAH, ESTOU DE FÉRIAS! Espero voltar nos próximos posts com muitas resenhas de livros e filmes interessantíssimos para alimentar nossa alma em tempos tão duros. Ela (a alma) agradece.
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Cristina Moreno de Castro Ver tudo
Mineira de Beagá, jornalista, blogueira, poeta, blueseira, atleticana, otimista, aprendendo a ser mãe. Redes: www.facebook.com/blogdakikacastro, twitter.com/kikacastro www.goodreads.com/kikacastro. Mais blog: http://www.otempo.com.br/blogs/19.180341 e http://www.brasilpost.com.br/cristina-moreno-de-castro
Boas férias! Descanse bastante!
Seus leitores agradecem a volta do blog!
E parabéns pela coragem de mudar TODOS os móveis de lugar, RS. Fiquei curiosa para ver uma comparação antes x depois
Um abraço
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Na verdade só deu pra mudar na sala/copa e no quarto do Luiz. Meu quarto é mais apertado, então não tem outra configuração possível (sem contar que lá só tem a cama e dois criados rs). Mas a sala ficou muito legal!!! Parece outra casa! Obrigada pela leitura 😉 Hoje já tem post novo e outro agendado para amanhã 😀
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Boas férias!
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Posso sugerir um tema (mais um, rs)?
Como Luiz está vendo a quarentena e pandemia? Ele fica inquieto ou já entendeu que não pode sair de casa por causa do vírus?
Infância é época de desbravar o mundo, não deve estar sendo fácil para as crianças
Abraços!
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Oi, Carol! Vou escrever sobre isso, boa ideia! A pandemia tem com certeza deixado o Luiz bem mais estressado e inquieto. Ele entende a importância de ficar em casa e tem até lidado bem com a situação, mas sente muita falta da escola e de ver outras crianças. Outro dia me perguntou se a gente não poderia se mudar para um país sem pandemia… Acho que o que mais o salvou nesse período foram os dinossauros, sabia? A descoberta de um interesse completamente novo, que gera muitos aprendizados também. E eu estimulo, compro livros e desenho os dinos com ele e vemos Jurassic World… Enfim, foi uma escapatória que encontramos pra vencer o tédio dele em ficar tanto em casa. Neste mês a situação está bem melhor, com eu de férias! Ainda ficaremos em casa, mas pelo menos dá pra brincarmos bastante juntos. Duro vai ser quando terminar… beijão
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E se eu te contar que vendo o gosto do Luiz pelos dinossauros eu fico com vontade de arrumar uns para mim também? 😂
Que pena que veio esse agravamento justo agora e praças estão fechadas…
Mas foi necessário, vendo o que está acontecendo no resto do país acho que o prefeito agiu corretamente. Lamentei no ano passado a reabertura de bares com venda de álcool, com certeza piorou a situação.
Pachinko é aquele livro que vc tem vontade de presentear todos os conhecidos com exemplar, até quem diz que “não gosta de ler”, pq depois de Pachinko passará a gostar!
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Ah, então esse livro é dos bons mesmo!!! Bom quando esbarramos em algum assim, que não tem como não gostar. É o caso de “O Físico”, por exemplo…
Também acho que o prefeito agiu bem em fechar tudo, só foi um baita azar minhas férias terem caído no pior momento da pandemia. Eu tava combinando com o Luiz que iríamos cada dia pra uma pracinha diferente… Mas a situação piorou muito e temos mais é que ficar quietinhos mesmo.
Beijão
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Ah, tb quero sugerir um livro, Pachinko, bão demais! Obama TB saiu recomendando o livro (para vc ver que estou em boa companhia!)
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Opa, li a resenha aqui agora e parece mesmo muito interessante! É raro eu ler autores orientais, mas sempre gosto quando leio. Obrigada pela dica! 😉
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