Os 2 anos do crime de Brumadinho em 10 reportagens

Mar de lama em Brumadinho. Foto: PR

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Quando a barragem da Vale estourou, eu estava trabalhando nos jornais “O Tempo” e “Super Notícia”. Compartilhei aqui as primeiras páginas daquela semana conturbada de fim de janeiro de 2019, e o meu sentimento diante de todos aqueles destroços múltiplos.

Escrevi também sobre os choros que não consegui conter:

“Nesta terça, folguei de novo. Consegui me desligar um pouco de Brumadinho, daquelas histórias, mas uma água ficou pingando dentro de mim, como se eu estivesse com uma goteira. Um choro interno. Agora há pouco, Luiz já no quinto sono, eu sozinha, não aguentei: chorei, chorei. Tudo o que não chorei de verdade nos últimos dias. Chorei, chorei.

Em meio às lágrimas, escrevi os rabiscos abaixo, de uma tacada só. Provavelmente não é o poema mais bonito que você vai ler na vida, mas garanto que é um dos mais sinceros. Foi gestado na poça de lágrimas que se formou no fundo da minha barriga. Botei pra fora, pra ver se ela (a barriga, a alma) se acalma. Amanhã tem mais, afinal.”

Passados 2 anos da tragédia, quase tudo continuou irreparado. E minhas lágrimas foram contidas (ou já secaram neste 2020 de cobertura de pandemia), mas ainda resta indignação por tudo o que foi perdido no mar de lama. As 270 vidas, claro, mas também o rio Paraopeba e as condições de “vida normal” de milhares de pessoas.

O que resta fazer, nesses aniversários, é relembrar. Relembrar tudo o que aconteceu – e o que ainda não aconteceu, embora devesse ter sido feito.

Para ajudar nesta lembrança, destaco abaixo reportagens do portal “G1”, onde trabalho hoje, que prestou uma bela homenagem a todas as vítimas da chamada “tragédia de Brumadinho”:

  1. 2 anos após tragédia, quatro cidades do entorno de Brumadinho ainda sofrem com impactos
  2. Moradores não veem futuro no local da tragédia e denunciam ‘expulsão’
  3. Sobrinho ‘transforma dor em arte’ ao usar escombros da casa da tia em quadro
  4. Maior operação de buscas do Brasil completa 2 anos com mais de 6,5 mil horas de trabalho
  5. Familiares de vítimas e moradores atingidos pela tragédia da Vale fazem protestos
  6. Parentes de vítimas do rompimento de barragem participam de missa em Betim
  7. Missa em Brumadinho faz homenagem às vítimas da tragédia da Vale
  8. Dois anos após tragédia, memorial não sai do projeto
  9. ‘Todo dia alguém chorava’: jornalistas relembram emoções e desgaste da cobertura da tragédia de Brumadinho
  10. Processo criminal sobre tragédia de Brumadinho está parado na Justiça há mais de um mês

Nunca nos esqueceremos de Brumadinho!

 

 


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Por Cristina Moreno de Castro (kikacastro)

Mineira de Beagá, escritora, jornalista (passagem por Folha de S.Paulo, g1, TV Globo, O Tempo etc), blogueira há mais de 20 anos, amante dos livros, cinéfila, blueseira, atleticana, politizada, otimista, aprendendo desde 2015 a ser a melhor mãe do mundo para o Luiz. Autora dos livros A Vaga é Sua (Publifolha, 2010) e (Con)vivências (edição de autor, 2025). Antirracista e antifascista.

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