Filhos do preconceito
Tive o privilégio de conversar com todas essas mulheres, moradoras de comunidades carentes de São Bernardo do Campo, ao longo de cinco dias.
E vi, na prática, como um problema social “invisível” afetou a vida de cada uma delas, em maior ou menor grau.
Agora leio, horrorizada, cada um dos 328 comentários que apareceram na matéria publicada na Folha.com. E constato o que já suspeitava: como esta sociedade possui gente machista, fascista, preconceituosa, que fala asneiras que beiram ao absurdo.
É claro que é só uma minoria que pensa todos aqueles descalabros, e que se utiliza da comodidade do anonimato propiciado pela internet para se manifestar. Mas que ainda assim é assustador ler tudo isso, ô se é.
No mais, convido a todos a conhecerem a história dessas mulheres que tiveram poucas oportunidades na vida e, em um dado momento, se chocaram com homens que não são, tampouco, vilões ou bandidos na história. São todos apenas personagens de um drama que se repete em outras grandes obras do gênero — e que até então não despertava a preocupação de quase ninguém.
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Cristina Moreno de Castro Ver tudo
Mineira de Beagá, jornalista, blogueira, poeta, blueseira, atleticana, otimista, aprendendo a ser mãe. Redes: www.facebook.com/blogdakikacastro, twitter.com/kikacastro www.goodreads.com/kikacastro. Mais blog: http://www.otempo.com.br/blogs/19.180341 e http://www.brasilpost.com.br/cristina-moreno-de-castro
Embora nos comentários da Folha não haja um anonimato propriamente. Precisam fazer cadastro.
[]s,
Roberto Takata
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Mas vc pode criar qualquer email e pôr qualquer nome no cadastro, né? A maioria lá nem tem nome de gente, é apelido.
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Quando um politico qualquer solta um cometário absurdo sobre um X assunto, como fez o Bolsonaro sobre a questão gay, a população se agita se pergunta ‘quem elegeu aquele cara’ mas daí você se depara com os comentários que sua matéria recebeu (que alias, devo admitir nem li ainda, só vi o vídeo) e vê que INFELIZMENTE é um reflexo da população brasileira, a mesma população que se choca com a opinião “forte e impropria” do político tal… Vivemos em uma sociedade altamente machista, xenófoba, misógina, racista, homofóbica… mas trancados no armário, claro. Na massa chocada, ele condenaria um comentário desses e defenderia as mães e seu direito a creche… pr.o trás da telinha fria do seu computador, fazem brincadeiras com mães de postes, na melhor das hipóteses
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Pois é… a telinha do computador deu voz a um monte de imbecis que sempre existiram…
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Muito legal a matéria, Cris. Parabéns. Vale um post no NovoemFolha, dizendo como surgiu a pauta, quais foram as dificuldades em obter fontes, etc. Bjão
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Boa, vou fazer sim! bjos
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Olá Cristina, tudo bem? Gostei tanto da matéria que tomei a liberdade de veiculá-la no meu blog: http://leiaeopine.wordpress.com/2011/08/02/um-outro-olhar/ Espero que goste. Atenciosamente,
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Que legal, obrigada! Comentei lá 😉
bjos
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