Escrevi o texto abaixo no meu LinkedIn, depois de ver um post da Contente.vc, e resolvi trazer a discussão aqui para o blog. Não deixe de ler e comentar também sobre sua experiência com o WhatsApp no trabalho! 😉
Desde que o WhatsApp se popularizou, em 2014, até julho deste ano, quando pedi demissão da Globo, essa ferramenta funcionava, para mim, como uma daquelas bolas de ferro que os escravos usavam.
Por causa do “zapzap”, eu me via trabalhando, literalmente, da hora em que acordava até a hora em que ia dormir. Na verdade, até eu aprender a silenciá-lo durante a madrugada, já fui acordada com notificações até mesmo às 3h, 4h, geralmente com mensagens sem nenhuma urgência, só porque os chefes da vez estavam com insônia.

Pensando bem acho que, em 90% das vezes, as mensagens não tinham nenhuma urgência NUNCA, apenas continham esse falso sentimento de urgência, essa ansiedade.
Criei o (péssimo) hábito de responder a TODAS as mensagens quase instantaneamente, segundos depois de recebidas. Até mesmo aproveitando o semáforo vermelho no trânsito. Ou seja, passei a ficar 100% à disposição de todos, passei a distribuir meus preciosos minutos a outras pessoas sem freio nenhum.

Um belo dia, percebi que eu estava tão exausta que não conseguia nem raciocinar mais. Minha saúde, física e mental, foi para o brejo. Foi quando decidi mudar minha rotina. Mudar de emprego foi o primeiro passo.
Mas foi importante também ter encontrado uma empresa que respeita o tempo e a vida pessoal dos funcionários, como a Prosperidade. Por lá, o WhatsApp praticamente não é usado. Em vez de estar dentro de uns 10 grupos de trabalho, frenéticos, que não paravam nunca, me vi em apenas um, com uma média de uma conversa por semana, e olhe lá.
A comunicação preferencial é o Slack, que é usado de forma assíncrona na empresa, respeitando o tempo de cada um. Não há falsas urgências mais. Meu zapzap hoje recebe, bem esporadicamente, apenas as mensagens de amigos e parentes que querem mandar um alô.
Esta foi só parte da mudança na rotina insana de trabalho, mas parte importante – mais importante do que eu imaginaria. Foi como se um grilhão tivesse sido tirado de mim desde julho.
Resultado: nunca fui tão produtiva e criativa como agora, pelo menos não nos últimos, sei lá, oito anos. Talvez porque a ultradisponibilidade do zap seja enganosa: ela serve pra TOMAR nosso tempo, não para poupá-lo. Agora é bem mais fácil eu me organizar entre a minha vida pessoal (uau!, ela existe!), os trabalhos que tenho que fazer, o momento de me informar, e o momento de parar e pensar, e ter minhas ideias bacanas.
Se todas as empresas mudarem essa forma de comunicação, colocando em prática pelo menos parte do que a Contente disse aí neste post abaixo, perceberão que terão funcionários mais tranquilos, produtivos, menos ansiosos e menos estressados. Ah sim: e, quando for mesmo urgente, eles saberão agir a contento para a situação de emergência real. Será um ganha-ganha.

WhatsApp mal usado não é ferramenta de comunicação, é ferramenta de escravidão.
Caros CEOs, gestores e profissionais de RH: pensem nisso! Experimentem! Não vão se arrepender 😉
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