- Texto escrito por Cristina Moreno de Castro
- Post atualizado em 27.11.2025
No início do mês, li este desafio proposto pelo jornalista cultural Carlos Willian Leite, publicado no site da revista Bula, que listava os 80 livros já traduzidos no Brasil dentre os 100 melhores do século 21 selecionados pelo “New York Times” com a ajuda de 503 escritores, críticos e leitores profissionais.
O desafio era o seguinte: “você consegue dizer, honestamente, que leu mais de 7?” E ele continuava:
“Não se engane: esse número é uma muralha. A vasta maioria dos leitores brasileiros não leu nem metade disso — muitos não passaram nem de três. E não é por falta de qualidade: estamos falando de romances que ganharam o Pulitzer, o Booker, o Nobel. Livros que viraram filmes, séries, teses acadêmicas e tópicos de mesa de bar. O problema é outro: a lista derruba a ilusão de que a gente está em dia com a literatura contemporânea.”
Fiquei triste ao constatar que, dos 80, eu só tinha lido, exatamente, 7. E realmente adorei todos eles, estão entre os que mais me marcaram nos últimos anos.
São eles:
1 e 2- A amiga genial e História da Menina Perdida, de Elena Ferrante
3- Não me abandone jamais, de Kazuo Ishiguro
4- O ano do pensamento mágico, de Joan Didion
5- Reparação, de Ian McEwan
6- Persépolis, de Marjani Satrapi
7- A Vegetariana, de Han Kang
Claro, a lista do NYT peca por sua esperada miopia de priorizar livros de autores norte-americanos e europeus (nenhum brasileiro aparece, por exemplo). E foi muito criticada por isso. Mas é, sim, inegavelmente, uma boa lista.
Depois do desafio da “Bula”, só consegui pensar em como existem livros maravilhosos neste mundão e em como eu queria conseguir ler todos eles!
Os 100 melhores livros do século XXI
Esta é a lista completa dos 100 melhores livros do século 21, segundo o New York Times (incluí mais links de livros que fui lendo desde a publicação desde post):
- “A amiga genial”, de Elena Ferrante
- “The warmth of other suns”, de Isabel Wilkerson
- “Wolf Hall”, de Hilary Mantel (tem na biblioteca)
- “O mundo conhecido”, de Edward P. Jones
- “As correções”, de Jonathan Franzen
- “2666”, de Roberto Bolaño (tem na biblioteca)
- “The undergound railroad – Os caminhos para a liberdade”, de Colson Whitehead
- “Austerlitz”, de W.G. Sebald
- “Não me abandone jamais”, de Kazuo Ishiguro
- “Gilead”, de Marilynne Robinson
- “A fantástica vida breve de Oscar Wao”, de Junot Díaz
- “O ano do pensamento mágico”, de Joan Didion
- “A estrada”, de Cormac McCarthy
- “Esboço”, de Rachel Cusk
- “Pachinko”, de Min Jin Lee (tem na biblioteca)
- “As incríveis aventuras de Kavalier e Clay”, de Michael Chabon
- “O vendido”, de Paul Beatty
- “Lincoln no limbo”, de George Saunders (tem na biblioteca)
- “Say nothing”, de Patrick Radden Keefe
- “Erasure”, Percival Everett
- “Evicted”, de Matthew Desmond
- “Em busca de um final feliz”, de Katherine Boo
- “Ódio, amizade, namoro, amor, casamento”, de Alice Munro
- “The overstory”, de Richard Powers
- “Random family”, de Adrian Nicole LeBlanc
- “Reparação”, de Ian McEwan
- “Americanah”, de Chimamanda Ngozi Adichie (tem na biblioteca)
- “Atlas de nuvens”, de David Mitchell (tem na biblioteca)
- “O último samurai”, de Helen DeWitt
- “Sing, unburied, sing”, de Jesmyn Ward
- “Dentes brancos”, de Zadie Smith
- “A linha da beleza”, de Alan Hollinghurst
- “Salvage the bones”, de Jesmyn Ward
- “Cidadã: uma lírica americana”, de Claudia Rankine
- “Fun home: uma tragicomédia em família”, de Alison Bechdel
- “Entre o mundo e eu”, de Ta-Nehisi Coates
- “Os anos”, de Annie Ernaux (tem na biblioteca)
- “Os detetives selvagens”, de Roberto Bolaño (tem na biblioteca)
- “A visita cruel do tempo”, de Jennifer Egan (tem na biblioteca)
- “F de falcão”, de Helen Macdonald
- “Pequenas Coisas como Estas”, de Claire Keegan (tem na biblioteca)
- “Breve história de sete assassinatos”, de Marlon James
- “Pós-guerra: História da Europa desde 1945”, de Tony Judt
- “A quinta estação”, de N.K. Jemisin
- “Argonautas”, de Maggie Nelson
- “O Pintassilgo”, de Donna Tartt (tem na biblioteca)
- “Compaixão”, de Toni Morrison
- “Persépolis”, de Marjane Satrapi
- “A vegetariana”, de Han Kang
- “Confiança”, de Hernan Diaz
- “O fio da vida”, de Kate Atkinson (tem na biblioteca)
- “Sonhos de trem”, de Denis Johnson
- “Fugitiva”, de Alice Munro
- “Dez de dezembro”, de George Saunders
- “O vulto das torres”, de Lawrence Wright (tem na biblioteca)
- “Os Lança-Chamas”, de Rachel Kushner
- “Nickel and Dimed”, de Barbara Ehrenreich
- “Stay True”, de Hua Hsu
- “Middlesex”, de Jeffrey Eugenides
- “Pesado”, de Kiese Laymon
- “Demon Copperhead”, de Barbara Kingsolver
- “10:04”, de Ben Lerner
- “Veronica”, de Mary Gaitskill
- “The great believers”, de Rebecca Makkai
- “Complô contra a América”, de Philip Roth
- “We the animals”, de Justin Torres
- “Longe da árvore”, de Andrew Solomon (tem na biblioteca)
- “O amigo”, de Sigrid Nunez
- “A nova segregação”, de Michelle Alexander
- “All Aunt Hagar’s children”, de Edward P. Jones
- “Trilogia de Copenhagen: Infância, juventude e dependência”, de Tove Ditlevsen
- “O fim do homem soviético”, de Svetlana Aleksiévitch (tem na biblioteca)
- “The passage of power”, de Robert Caro
- “Olive Kitteridge”, de Elizabeth Strout
- “Passagem para o Ocidente”, de Mohsin Hamid (tem na biblioteca)
- “Amanhã, amanhã, e ainda outro amanhã”, de Gabrielle Zevin
- “Um casamento americano”, de Tayari Jones (tem na biblioteca)
- “Septology”, de Jon Fosse
- “Manual da faxineira”, de Lucia Berlin (tem na biblioteca)
- “História da menina perdida, de Elena Ferrante
- “Pulphead”, de John Jeremiah Sullivan
- “Temporada de furacões”, de Fernanda Melchor (tem na biblioteca)
- “Quando deixamos de entender o mundo”, de Benjamín Labatut (tem na biblioteca)
- “O imperador de todos os males”, de Siddhartha Mukherjee (tem na biblioteca)
- “Pastoralia”, de George Saunders
- “Frederick Douglass: prophet of freedom”, de David W. Blight
- “Destransição, baby”, de Torrey Peters
- “The collected stories of Lydia Davis”, de Lydia Davis
- “O Retorno – Pais, filhos e a Terra ao meio”, de Hisham Mata
- “O simpatizante”, de Viet Thanh Nguyen
- “A marca humana”, de Philip Roth (tem na biblioteca)
- “Dias de abandono”, de Elena Ferrante (tem na biblioteca)
- “Estação Onze”, de Emily St. John Mandel
- “Sobre a beleza”, de Zadie Smith (tem na biblioteca)
- “Tragam os corpos”, de Hilary Mantel (tem na biblioteca)
- “Vidas rebeldes, belos experimentos”, de Saidiya Hartman
- “Men we reaped”, de Jesmyn Ward
- “Bel canto”, de Ann Patchett
- “Como ser as duas coisas”, de Ali Smith
- “Árvore de fumaça”, de Denis Johnson
Os 100 melhores livros do século XX
Pensei, então: talvez eu tenha lido tão poucos livros ótimos do século 21 porque me concentrei nos livros ótimos do século 20. Será que alguém já fez uma lista dos melhores livros do século passado também?
E aí encontrei uma lista feita pelo “Le Monde”, a partir de uma seleção preliminar de 200 títulos criada por livreiros e jornalistas. Cai, de novo, na miopia de privilegiar os livros franceses… Mas é o que temos. E, destes, li apenas os 11 grifados abaixo.
Esta é a lista completa dos 100 melhores livros do século 20, segundo o Le Monde:
- O Estrangeiro, de Albert Camus
- Em Busca do Tempo Perdido, de Marcel Proust
- O Processo, de Franz Kafka
- O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry
- A Condição Humana, de André Malraux
- Viagem ao Fim da Noite, de Louis-Ferdinand Céline
- As Vinhas da Ira, de John Steinbeck
- Por Quem os Sinos Dobram, de Ernest Hemingway
- O Bosque das Ilusões Perdidas, de Alain-Fournier
- A Espuma dos Dias, de Boris Vian
- O Segundo Sexo, de Simone de Beauvoir
- Esperando Godot, de Samuel Beckett
- O Ser e o Nada, de Jean-Paul Sartre
- O Nome da Rosa, de Umberto Eco
- Arquipélago Gulag, de Alexander Soljenítsin
- Palavras, de Jacques Prévert
- Álcoois Guillaume, de Apollinaire
- O Lótus Azul, de Hergé
- O Diário de Anne Frank, de Anne Frank
- Tristes Trópicos, de Claude Lévi-Strauss
- Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley
- 1984, de George Orwell
- Asterix o Gaulês, de René Goscinny e Albert Uderzo
- A Cantora Careca, de Eugène Ionesco
- Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade, de Sigmund Freud
- A Obra em Negro, de Marguerite Yourcenar
- Lolita, de Vladimir Nabokov
- Ulisses, de James Joyce
- O Deserto dos Tártaros, de Dino Buzzati
- Os Moedeiros Falsos, de André Gide
- O Hussardo no Telhado, de Jean Giono
- Bela do Senhor, de Albert Cohen
- Cem Anos de Solidão, de Gabriel García Márquez
- O Som e a Fúria, de William Faulkner
- Thérèse Desqueyroux, de François Mauriac
- Zazie no Metro, de Raymond Queneau
- Confusão de Sentimentos, de Stefan Zweig
- …E o Vento Levou, de Margaret Mitchell
- O Amante de Lady Chatterley, de D. H. Lawrence
- A Montanha Mágica, de Thomas Mann
- Bom dia, Tristeza, de Françoise Sagan
- O Silêncio do Mar, de Vercors
- A Vida Modo de Usar, de Georges Perec
- O Cão dos Baskervilles, de Arthur Conan Doyle
- Sob o sol de Satã, de Georges Bernanos
- O Grande Gatsby, de F. Scott Fitzgerald
- A Brincadeira, de Milan Kundera
- O Desprezo, de Alberto Moravia
- O Assassinato de Roger Ackroyd, de Agatha Christie
- Nadja, de André Breton
- Aurélien, de Louis Aragon
- O Sapato de Cetim, de Paul Claudel
- Seis Personagens à Procura de um Autor, de Luigi Pirandello
- A Resistível Ascensão de Arturo Ui, de Bertolt Brecht
- Vendredi ou les Limbes du Pacifique (em francês), de Michel Tournier
- A Guerra dos Mundos, de H. G. Wells
- É isso um Homem?, de Primo Levi
- O Senhor dos Anéis, de J. R. R. Tolkien
- Les Vrilles de la vigne (em francês), de Colette
- Capital da dor, de Paul Éluard
- Martin Eden, de Jack London
- A Balada do Mar Salgado, de Hugo Pratt
- O Grau Zero da Escrita, de Roland Barthes
- A honra perdida de Katrarina Blum, de Heinrich Böll
- A Costa das Sirtes, de Julien Gracq
- As palavras e as coisas, de Michel Foucault
- Pé na estrada, de Jack Kerouac
- A Maravilhosa Viagem de Nils Holgersson através da Suécia, de Selma Lagerlöf
- Um Teto Todo Seu, de Virginia Woolf
- Crônicas Marcianas, de Ray Bradbury
- O deslumbramento de Lol V. Stein, de Marguerite Duras 1964
- O Processo de Adão Pollo, de J. M. G. Le Clézio
- Tropismes (em francês), de Nathalie Sarraute
- Jornal, de Jules Renard
- Lord Jim, de Joseph Conrad
- Escritos, de Jacques Lacan
- O Teatro e seu Duplo, de Antonin Artaud
- Manhattan Transfer (em inglês), de John Dos Passos
- Ficções, de Jorge Luis Borges
- Moravagine (em francês), de Blaise Cendrars
- O General do Exército Morto, de Ismail Kadare
- A Escolha de Sofia, de William Styron
- Romancero Gitano, de Federico García Lorca
- Pietr-le-Letton (em francês), de Georges Simenon
- Nossa Senhora das Flores, de Jean Genet
- O Homem sem Qualidades, de Robert Musil
- Fureur et mystère (em francês), de René Char
- O Apanhador no Campo de Centeio, de J. D. Salinger
- No Orchids For Miss Blandish (em inglês), de James Hadley Chase
- Blake & Mortimer, de Edgar P. Jacobs
- Os Cadernos de Malte Laurids Brigge, de Rainer Maria Rilke
- La Modification (em francês), de Michel Butor
- As origens do totalitarismo, de Hannah Arendt
- O Mestre e Margarida, de Mikhail Bulgakov
- Crucificação Encarnada, de Henry Miller
- O sono eterno, de Raymond Chandler
- Amers (em francês), de Saint-John Perse
- Gastão, de André Franquin
- Debaixo do Vulcão, de Malcolm Lowry
- Os Filhos da Meia-Noite, de Salman Rushdie
Da lista feita pela Folha de S.Paulo, tampouco me saí melhor, tendo lido apenas 8 obras. A mesma quantidade na lista da Modern Library.
Os 100 melhores livros de todos os tempos
Será que eu vinha, então, me concentrando nos grandes clássicos? Livros mais antigos, dos séculos 17, 18, 19? A Revista Bula diz que se valeu de um algoritmo especial “para destacar os livros que apareciam com mais frequência” em 130 listas de obras mais influentes da literatura. Com isso, chegou a um “guia definitivo”, também com 100 obras, que seriam as melhores “de todos os tempos”.
Minha performance literária melhorou um pouco, considerando esta lista: li um quinto das obras selecionadas, inclusive algumas dos séculos 18 e 19, como pensei. Foram as 20 destacadas abaixo:
- Em Busca do Tempo Perdido (1913-1927), de Marcel Proust
- Ulysses (1922), de James Joyce
- Dom Quixote (1605), de Miguel de Cervantes
- O Grande Gatsby (1925), de F. Scott Fitzgerald
- Cem Anos de Solidão (1967), Gabriel García Márquez
- Moby Dick (1851), de Herman Melville
- Guerra e Paz (1865), Lev Tolstói
- Lolita (1955), de Vladimir Nabokov
- Hamlet (1609), de William Shakespeare
- O Apanhador no Campo de Centeio (1945), de J.D. Salinger
- Odisseia, de Homero
- Os Irmãos Karamazov (1880), de Fiódor Dostoiévski
- Crime e Castigo (1866), de Fiódor Dostoiévski
- Madame Bovary (1856), de Gustave Flaubert
- Divina Comédia (1472), de Dante Alighieri
- As Aventuras de Huckleberry Finn (1884), de Mark Twain
- Alice no País das Maravilhas (1865), de Lewis Carroll
- Orgulho e Preconceito (1813), de Jane Austen
- O Morro dos Ventos Uivantes (1847), Emily Brontë
- Ao Farol (1927), Virginia Woolf
- Ardil-22 (1961), de Joseph Heller
- O Som e a Fúria (1929), William Faulkner
- 1984 (1949), de George Orwell
- Anna Karenina (1877), Liev Tolstói
- Ilíada (século 8 a.C.), de Homero
- O Coração das Trevas (1899), de Joseph Conrad
- As Vinhas da Ira (1939), de John Steinbeck
- Homem Invisível (1952), de Ralph Ellison
- O Sol é Para Todos (1960), de Harper Lee
- Middlemarch: Um Estudo da Vida Provinciana (1871-1872), de George Eliot
- Grandes Esperanças (1861), Charles Dickens
- As Viagens de Gulliver (1726), de Jonathan Swift
- Absalão, Absalão! (1936), de William Faulkner
- Amada (1987), de Toni Morrison
- O Estrangeiro (1942), de Albert Camus
- Jane Eyre (1847), de Charlotte Brontë
- As Mil e Uma Noites (século IX — século XVI), Contos da Índia, Irã, Iraque e Egito
- O Processo (1925), de Franz Kafka
- O Vermelho e o Negro (1830), de Stendhal
- Mrs Dalloway (1925), de Virginia Woolf
- Contos de Anton Chekhov (1880-1890s), de Anton Tchekhov
- O Sol Também se Levanta (1926), de Ernest Hemingway
- David Copperfield (1850), de Charles Dickens
- Retrato do Artista Quando Jovem (1916), de James Joyce
- Os Filhos da Meia-Noite (1981), Salman Rushdie
- Ficções (1944), de Jorge Luis Borges
- A Vida e as Opiniões de Tristram Shandy (1759), de Laurence Sterne
- Folhas de Relva (1855), Walt Whitman
- Eneida (19 a.C.), de Virgílio
- Cândido, ou O Otimismo (1759), de Voltaire
- O Senhor dos Anéis (1954), de J. R. R.Tolkien
- Os Miseráveis (1862), de Victor Hugo
- A Montanha Mágica (1924), de Thomas Mann
- Uma Passagem Para a Índia (1924), de Edward Morgan Foster
- O Velho e o Mar (1952), de Ernest Hemingway
- O Mundo se Despedaça (1958), de Chinua Achebe
- Por Quem os Sinos Dobram (1940), de Ernest Hemingway
- As Histórias Completas de Franz Kafka (1971), de Franz Kafka
- Retrato de Uma Senhora (1881), de Henry James
- Fogo Pálido (1962), de Vladimir Nabokov
- O Idiota (1869), de Fiódor Dostoiévski
- Enquanto Agonizo (1930), de William Faulkner
- Édipo Rei (427 a.C.), de Sófocles
- A Cor Púrpura (1982), Alice Walker
- E O Vento Levou (1936), de Margaret Mitchell
- O Senhor das Moscas (1954), de William Golding
- Admirável Mundo Novo (1932), de Aldous Huxley
- Os Melhores Contos e Poemas de Edgar Allan Poe (1849), de Edgar Allan Poe
- Emma (1815), de Jane Austen
- A Época da Inocência (1920), Edith Wharton
- Almas Mortas (1842), de Nikolai Gogol
- On The Road: Pé na Estrada (1957), de Jack Kerouac
- O Bom Soldado (1915), de Ford Madox Ford
- A Revolução dos Bichos (1945), de George Orwell
- Os Contos da Cantuária (1932), de Geoffrey Chaucer
- A Metamorfose (1915), de Franz Kafka
- Frankenstein (1823), de Mary Shelley
- Feira das Vaidades (1847), de William Makepeace Thackeray
- À Sombra do Vulcão (1947), de Malcolm Lowry
- A Terra Inútil (1922), de T. S. Eliot
- Adeus às Armas (1929), de Ernest Hemingway
- Journey to the End of the Night (1932), de Louis-Ferdinand Céline
- O Castelo (1926), de Franz Kafk
- A Educação Sentimental (1869), de Gustave Flaubert
- A Letra Escarlate (1850), de Nathaniel Hawthorne
- Matadouro 5 (1969), de Kurt Vonnegut
- O Conto da Aia (1985), de Margaret Atwood
- A Menina e o Porquinho (1952), de Elwyn Brooks White
- Native Son (1940), Richard Wright
- Paraíso Perdido (1667), de John Milton
- Gargântua e Pantagruel (1532), de François Rabelais
- Fausto (1829), de Johann Wolfgang von Goethe
- Rebecca (1938), de Daphne du Maurier
- Os Demônios (1871), de Fiódor Dostoiévski
- As Flores do Mal (1857), de Charles Baudelaire
- Antígona (442 a.C.), de Sófocles
- Tess Dos D’Urbervilles (1981), de Thomas Hardy
- Robinson Crusoé (1719), de Daniel Defoe
- Seus Olhos Viam Deus (1937), de Zora Neale Hurston
- Tom Jones (1749), de Henry Fielding
Desafio pessoal para ler melhor
Tenho lido bastante nos últimos anos. E estou feliz com isso, já que adoro ler 🙂 Já li 752 obras de 1997 para cá, uma média de 27 livros por ano. Só no ano passado, por exemplo, li 48 livros. E, neste ano, só até o dia 8 de abril, já tinham sido 18.
Ou seja, não posso reclamar. Tenho conseguido curtir esse meu hobby em toda oportunidade que encontro, ainda dividindo com o hobby de ver filmes, brincar com o Luiz, viajar e praticar esportes. [ O segredo pra conseguir tempo pra fazer essas coisas todas? Não desperdiçar meus momentos de lazer com abobrinhas oferecidas pelas redes sociais 😉 ]
Mas talvez eu esteja perdendo tempo lendo alguns livros que não valem a pena, e deixando de conhecer obras maravilhosas, que vêm encantando o mundo há décadas, ou séculos.
Por isso, neste 23 de abril, quando se comemora o Dia Mundial do Livro, eu me desafio a ler mais desses livros que aparecem nas três listas acima – priorizando as autoras mulheres (que, infelizmente, ainda são minoria nesses compilados). E sem deixar de lado, é claro, nossos autores feras brasileiros que não alcançam os críticos dos outros países.
Daqui a exatamente cinco anos, em 23 de abril de 2030, vou retornar ao blog com a atualização de quantos desses livros consegui incorporar ao meu repertório 🙂 Até lá! 😀
Ah, e não deixem de me contar, aí nos comentários, quantos foram os livros que vocês já leram dentre esses “melhores do século”, combinado? 😉

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Olá, acho que é a primeira vez que comento aqui no seu blog, apesar de ler sempre. E o título chamou muito minha atenção porque, como leitora, listas de melhores livros despertam curiosidade e também… ansiedade? Em mim, anda despertando muito a ansiedade.
Tenho dois motivos, de bate pronto: mais livros para ler do que desejado (eu sei, prioridades) mas também a falta de afinidade e até mesmo sintonia com alguns livros.
Dos 80 livros da lista do século 21 eu li 11 – me surpreendi com este total! Li inclusive mês passado 2 deles e tenho que dizer que detestei profundamente ambos.
Li 3 livros numa sequência que me deixaram (muito) frustrada:
O Mestre e a Margarida
A visita cruel do tempo
Quando deixamos de entender o mundo
Agora estou numa ressaca literária onde estou lendo 4 livros, o que significa que não estou lendo nenhum.
Isso me fez refletir sobre tipos de leitores e não-cobranças. O Mestre e a Margarida eu li para um clube de leitura e eu fui uma das poucas que não gostou. Não me vejo como uma leitora menor por não gostar de livro A ou B – tenho idade e maturidade para entender que afinidade e gostos são únicos, são de cada um.
Daquela lista dos 80 livros, um que entrou no meu top 10 (ou top 5?) foi Estação Onze. Como amei este livro! O que isto significa se 2 destes 80 eu considerei muito ruins?
Enfim, estou tentando me desapegar de listas. A vida é curta demais para ler um livro ruim né? Eu tenho que aprender a largar os livros que começo e não sinto afinidade. E assim, ter minha própria lista.
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Oi Michele! Muito obrigada por seu comentário 🙂 Eu também tenho essa ansiedade de querer ler mais e mais e de sentir que tem muito livro bom neste mundão e às vezes perco tempo lendo uns mais ou menos ou ruins. Não li nenhum destes que você citou, mas já vou colocar na minha lista (rs) este Estação Onze. Acho que o que quis dizer com este post de hoje é que quero tentar encontrar mais livros bons no meu caminho e me desapegar dos ruins. Assim como você, tenho dificuldade de largar um livro no meio. Mas deveríamos fazer mais isso, né? Pra que insistir, se o santo não bateu? Gosto é de cada um, não importa o que centenas de críticos literários digam em seus cânones. E acho que livro tem muitas funções: pode ser puro entretenimento, como os romances policiais, podem nos fazer pensar, podem gerar incômodo, podem nos surpreender somente pela narrativa, nos tirar do nosso lugar, e assim por diante. Cabe a nós escolhermos as listas que mais tenham a ver com nosso gosto e objetivo de leitura e segui-las. Não sei se será esta do New York Times ou do Le Monde, no meu caso. Mas às vezes é de uma blogueira qualquer que tem o gosto parecido com o meu, ou de um clube de leitura do bairro. O importante é a gente ler o que a gente gosta, no fim das contas 🙂 Né? Hehehe… Desculpe pela minha resposta gigante, nem sei se respondi tudo o que pensei quando lia seu comentário. Comente mais! 🙂 bjos
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Esqueci de falar que, dentre os que li nas três listas, realmente gostei de todos, de alguns gostei muitíssimo. Por isso resolvi me propor a ler mais dos livros dessas listas, contando que são listas com alguma afinidade com meu gosto. Mas o importante é a gente se liberar daqueles que realmente não fazem sentido pra nós, né? Bjos!
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