Querido Luiz, meu Pic Pic,
Sentei para escrever minha tradicional cartinha de aniversário para você e me peguei aqui lembrando das suas últimas proezas artísticas.
- Leia também: Carta para o Luiz aos 7 anos, aos 6 anos, aos 5, aos 4 e aos 2.
Como quando, para nossa primeira festa de Halloween da família, você fez uma animação – com fumaça, bruxa voadora e trilha sonora sinistra – para enviar aos convidados. E criou um caixão de enfeite, com direito a mão de zumbi saindo de dentro dele.

Ou quando foi ao circo e, inspirado, fez um livro inteirinho ilustrado com personagens típicos, como o palhaço, o mágico e o malabarista.

Ou quando pegou uns lápis de cor e resolveu criar uma maquiagem simulando arranhões de dinossauros – que ficaram idênticos!

Ou quando o vovô foi internado e, ainda nos primeiros dias, você fez outra animação mostrando a alta dele (sem saber que ainda levaria 20 dias).
Você entra no AR Zone e cria avatares de todos da família, entra no Canva e inventa artes maravilhosas, depois entra em seu email e dispara para seus contatos. Quem vê assim pensa que você passa o dia no computador – mal sabe que eu sou chata e não deixo você ficar muito, mas você faz tudo em poucos minutos.
Se, até o ano passado, dizia que queria ser ilustrador de livros infantis, agora já ampliou o horizonte, e já fala em trabalhar com animações. A Disney Pixar que o aguarde! 😀
Foi também neste ano que você escreveu seu primeiro livro. Fizemos 100 cópias, um lançamento com piquenique, e todas foram vendidas lá. Um verdadeiro sucesso editorial! 😀

Você segue crescendo com muita criatividade (e um bocado perfeccionista). Tenho certeza que ainda vai nos surpreender muito, e nos encher muito de orgulho, com todas as suas artes, desenhos, animações, textos, peças, apresentações musicais, dancinhas, shows de mágica, figurinos, cenários, e tudo isso que sai da sua cachola imaginativa a todo momento.
Não tenho dúvida de que a arte é uma parcela muito importante, um tijolinho fundamental mesmo, da sua personalidade curiosa (e meio teimosa, rs).

Fora essas suas invenções artísticas, este também foi um ano de muitos outros aprendizados na escola.
Aprendeu letra cursiva (foi só neste ano mesmo? Na verdade, no fim do ano passado…), aprendeu a fazer somas e subtrações difíceis, aprendeu coisas legais de ciências, geografia, história.

Na natação, aprendeu a nadar onde não dá pé, com o truque do “cachorrinho”, que é uma virada de chave essencial. Até avançou de nível no meio do ano.
Aprendeu a perder o medo de cachorros, com a chegada da querida Chica (e ganhou novas responsabilidades, ajudando a cuidar dela). Também está aprendendo, a cada ano, a superar a timidez e fazer mais e mais amigos.
Está custando mais a aprender a perder o medo de experimentar comidas novas. Mas a consulta anual com sua pediatra, a dra. Rita, é sempre um tranquilizador de como você é saudável, está crescendo bem, dentro da sua curvinha de sempre, com a altura e o peso esperados, e com a saúde de ferro de quem quase nunca nem fica resfriado. Claro, com todas as vacinas em dia para te proteger 😉
Por outro lado, você relembrou, neste ano, que as outras pessoas adoecem. As doenças estão em todo lugar… E a pandemia nos ensinou isso muito bem, não é mesmo? Uma doença levou seu vovô paterno há dois anos e outra doença nos assustou tremendamente com seu vovô materno no fim de outubro. Mas você foi compreensivo com as ausências da mamãe, e ficou sempre na torcida pela recuperação desse nosso herói – que logo logo estará forte de novo para ir à biblioteca com a gente.

Hoje eu estava andando pelo bairro e vi uma cena que me fez pensar. De um lado, um restaurante bem antigo da região, que reformou toda a fachada, trocou a placa principal por uma nova, e está tinindo. Do outro, um restaurante que adorávamos, fez parte da nossa história, mas teve que fechar as portas com apenas uns seis anos de vida. “Passa-se o ponto montado”, dizia o pequeno cartaz amassado na varanda.
Fiquei feliz pelo primeiro, muito triste pelo segundo. E pensei em como a vida é feita de ciclos.
Uns negócios reformando e expandindo, outros fechando as portas. Umas pessoas se curando, outras adoecendo. Uns nascendo, outros morrendo. Uns voando na vida profissional, outros estagnados há anos, sofrendo em empresas malucas, surtando, sendo demitidos ou pedindo pra sair.
E ainda tem as formaturas, os casamentos, os divórcios, as promoções, as passagens de ano – e os aniversários, esses ciclos naturais.
Sua vida ainda está só começando, com estes oito anos recém-completados. Foi, até aqui, uma vida de muitos momentos alegres, muitos passeios, artes, brincadeiras, amigos, sempre cercado por muuuuuuito amor.
- Leia também: As 40 lições de vida de Gortimer Gibbon

Mas você ainda vai viver muito, com essa sua saúde de ferro, e certamente vai vivenciar vários desses ciclos, dos bons e dos ruins. Eu só torço para que os pontos altos sejam bem mais frequentes e mais intensos que os pontos baixos. Mas reforço que, quando os momentos ruins vierem, estarei sempre ao seu lado para te apoiar. Sempre. Conte comigo para sempre, meu amor! ❤
Que você continue crescendo com muitos motivos para dar seu sorriso mais completo, cercado por sua família, brincando muito com seus primos, fazendo novos amigos, fortalecendo as velhas amizades, curtindo muito sua escola e natação, aprendendo coisas novas, desenvolvendo sua criatividade, imaginação e olhar artístico, com saúde, muitos momentos de descansos intercalados aos deveres e aos passeios, e a presença cada vez mais constante da sua mami (há mais de 1 ano livre de trabalhos malucos) e do seu papi, para que nosso vínculo se enriqueça cada vez mais.

Te amamos infinito! Você é o melhor filhinho do universo INTEIRO, disparado! ❤ ❤ ❤
Feliz aniversário de 8 anos, Luiz! ❤
Com amor,
Mami Cris
Trilha sonora do post: ‘Oito anos’, de Paula Toller:
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Cada vez fica mais claro para mim o porquê dessas cartas anuais serem alguns dos posts mais lidos do blog. Essa mãe coruja se excede ao escrever sobre sua corujinha. Eu, como corujão, me arrepio sempre, disposto a aguentar mais tempos os dissabores da vida, para ler as que virão.
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