Três anos se passaram desde que a barragem da Vale, em Brumadinho, se rompeu, matando 270 pessoas.
O que mudou de lá pra cá?
- Seis pessoas, dentre as dezenas de mortos, não foram encontradas até hoje. Estão sepultadas no mar de lama do Córrego do Feijão, embora os trabalhos de identificação no IML nunca tenham parado.
- Ninguém foi julgado nem condenado — ninguém foi punido — na esfera criminal ainda.
- Um acordo judicial fechado entre o estado e a Vale se arrasta há quase um ano.
- As barragens a montante que já deveriam ter sido todas descaracterizadas (o prazo termina no fim de fevereiro) continuam lá, do mesmo jeito. Ainda há barragens em situação de risco iminente de rompimento, e situação ficou crítica durante as fortes chuvas deste ano.
Ou seja, quase nada mudou.
Ou, para ser justa, ainda há muito a ser feito.
O que resta fazer, nesses aniversários, é relembrar. Relembrar tudo o que aconteceu – e o que ainda não aconteceu, embora devesse ter sido feito.
Para ajudar nesta lembrança, destaco abaixo reportagens do portal “g1”, onde trabalho hoje, como fiz no ano passado:
- Três anos após tragédia da Vale, famílias ainda vivem angústia à espera de localização de 6 vítimas: ‘A lama não é o lugar deles’
- Fotógrafos relembram as histórias por trás das imagens registradas em Brumadinho
- Entre músicas, discursos e silêncios, Brumadinho homenageia vítimas da tragédia da Vale; VÍDEO
- Brumadinho: parentes de vítimas de rompimento de barragem da Vale esperam por memorial que vai homenagear mortos
- Comunidades atingidas pela lama da Vale convivem com tristeza e abandono: ‘A gente tinha o sonho de criar os filhos aqui’
- Brumadinho: Lama de barragem volta à tona no Rio Paraopeba após enchentes do início do ano
- Carreata reúne depoimentos emocionados de parentes das vítimas atingidas pela lama de barragem em Brumadinho
- Brumadinho: Mais de mil pessoas entram com ação na Justiça da Alemanha contra Tüv Süd
Nunca nos esqueceremos de Brumadinho!
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