A melhor biblioteca de Belo Horizonte

Eu já tinha falado sobre esta biblioteca quando divulguei a inauguração das duas novas salas de cinema que ficam ao lado dela, mas, passados dois anos desde que fiz minha carteirinha, e depois que já peguei dezenas de livros emprestados, achei que ela merecia um post inteirinho para ela ❤

A melhor biblioteca de Belo Horizonte, pelo menos para mim, que sou sua freguesa, é a biblioteca do Centro Cultural Unimed-BH Minas.

Fica ali na rua da Bahia, bem perto da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais, na Praça da Liberdade. A diferença é que esta última, infelizmente, está com um acervo velho e empoeirado, enquanto minha biblioteca favorita tem um acervo com cerca de nove mil livros, todos novinhos em folha.

As duas são gratuitas e abertas ao público em geral, então esta diferença não há. Basta chegar lá com seu comprovante de endereço e RG e registrar seus dados para fazer sua carteirinha. Você pode pegar até cinco livros por vez, por até 14 dias, cada um deles podendo ser renovados por mais dois períodos de 14 dias, se não estiverem reservados por ninguém.

Ou seja, é possível ficar com um livro por até mais de 40 dias – dá para ler com calma até os volumes mais pesados, hein! 😉

É possível fazer muita coisa pela internet: consultar o acervo, renovar os livros que estão com o prazo vencendo ou reservar novos livros, por exemplo. Basta colocar o login e senha cadastrados na biblioteca, bem prático.

Outra coisa bacana é que o espaço físico ainda está todo novinho, com poltronas confortáveis, mesas e computadores para quem quiser pesquisar, estudar ou trabalhar, e o atendimento dos bibliotecários (com destaque especial para a querida Pâmela e o Rafa) é educadíssimo e muito atencioso.

Excelente acervo de livros

Mas o mais importante, em se tratando de uma biblioteca, é que o acervo tem livros muito bons, tanto para adultos quanto para crianças.

Meu filhote Luiz já pegou emprestado todos os livros disponíveis do Ziraldo, já leu a coleção quase toda da Casa na Árvore, os livros dos Detetives do Prédio Azul, já leu Ruth Rocha, Tatiana Belinky, Maurício de Sousa, Roald Dahl (está neste momento mesmo com a Fantástica Fábrica de Chocolate), e muitos outros.

E eu, que anoto tudo, sei que já li e devolvi 28 livros da biblioteca, desde o início de 2022, muitos dos quais já resenhados aqui no blog. Olha que maravilhosos:

A Vergonha	Annie Ernaux
Sabrina	Nick Drnaso
A Outra Filha	Annie Ernaux
Morte na Praia	Agatha Christie
Nadando de volta para casa	Deborah Levy
Falar sozinhos	Andrés Neuman
Encontro com a Morte	Agatha Christie
Assassinato no Beco	Agatha Christie
Uma Rua de Roma	Patrick Modiano
A Morte da sra. McGinty	Agatha Christie
Punição para a inocência	Agatha Christie
Admirável Mundo Novo	Aldous Huxley
Meu Ano de Descanso e Relaxamento	Ottessa Moshfegh
Expiração	Ted Chiang
O Bom Ladrão	Hannah Tinti
O Sol é para Todos	Harper Lee
Paixão Simples	Annie Ernaux
O Jovem	Annie Ernaux
O Lugar	Annie Ernaux
A Casa na Rua Mango	Sandra Cisneros
Um pressentimento funesto	Agatha Christie
Baixo Esplendor	Marçal Aquino
O Olho Mais Azul	Toni Morrison
A Casa Assombrada	John Boyne
Amiga de Juventude	Alice Munro
A Garota no Trem	Paula Hawkins
A Terceira Moça	Agatha Christie
Morte na Rua Hickory	Agatha Christie

Como podem ver, deu para pegar vários livros da Agatha Christie para ler nas férias e feriados, para conhecer autores novos que adorei (Annie Ernaux, Ted Chiang, Andrés Neuman, Hannah Tinti, Deborah Levy, Paula Hawkins e Nick Drnaso), reler autores que eu já conhecia e gostava (Alice Munro, Marçal Aquino e John Boyne), e também para ter contato com clássicos que eu ainda não conhecia, como “Admirável Mundo Novo”, “O Sol é Para Todos”, “A Casa na Rua Mango” e “O Olho Mais Azul”. (Ah, e também pude me frustrar com as leituras de Patrick Modiano e Ottessa Moshfegh…)

Enquanto escrevo este post, estou com três outros livros emprestados da biblioteca: “Em fogo lento” (meu segundo da Paula Hawkins), “O Acontecimento” (meu sexto da Annie Ernaux) e “Coisas que não quero saber” (meu segundo da Deborah Levy). Também estou em primeiro lugar na fila de espera de uma reserva: “A Cabeça do Santo”, com o qual pretendo finalmente conhecer Socorro Acioli.

Baita acervo, né!

Um ponto para melhorar

Enfim, como meus leitores de longa data bem sabem, este blog não faz publis (fiz duas vezes só, porque ninguém aceita minha política de ser transparente com os leitores e colocar um selo bem explícito de conteúdo patrocinado… eis porque este blog nunca me deu dinheiro, hihihi!). Se eu escrevo aqui que esta é a melhor biblioteca de Belo Horizonte, não é porque estão me pagando pra fazer propaganda, ou algo do tipo, é porque minha experiência pessoal por lá tem sido maravilhosa. É a mesma lógica (jornalística) de quando escrevo minhas resenhas de filmes, restaurantes ou as dicas de viagens.

Mas, para não dizer que tudo é perfeito, até mesmo a melhor biblioteca de Belo Horizonte precisa melhorar em uma coisa: o horário de funcionamento. Atualmente, ela funciona de terça a sexta-feira, das 10h às 18h30, e aos sábados, das 9h às 13h. Repararam? Abre muito tarde! Quem trabalha em horário comercial praticamente só consegue ir até lá nas manhãs de sábado…

Eu acho que, dado o sucesso da biblioteca, que inclusive vive fazendo eventos e lançamentos de livros, deveriam colocar um funcionário a mais para que ela pudesse abrir pelo menos às 9h. Foi uma sugestão que eu já levei para eles, e reforço neste post (com todo carinho).

Mas é isso. Como já escrevi antes neste blog, frequentar uma biblioteca é uma excelente forma de ler muito sem gastar dinheiro. E de incentivar as crianças a lerem mais, desde cedo. E também de conhecer autores diferentes, experimentar novas leituras, que não pagaríamos para arriscar (foi assim que descobri o livro do Ted Chiang, o melhor que li no ano passado, por exemplo).

Bibliotecas são lugares mágicos, que comportam mundos inteiros, e nos permitem navegar por esses mundos sem ficar acumulando papel em casa. É um lugar público, compartilhável, coletivo, voltado para toda a sociedade. Tem coisa mais legal que isso?

Se for ainda um espaço agradável, iluminado, limpo, colorido, organizado, com ar-condicionado e bons lugares para sentar e ler, melhor ainda!

Fica aí minha sugestão – e incentivo – para que todos de Belo Horizonte voltem a frequentar bibliotecas. Conheçam a melhor que existe na cidade 😀

Serviço:

• Biblioteca do Centro Cultural Unimed-BH Minas
• Endereço: Rua da Bahia, 2244, Lourdes – dentro do Minas Tênis Clube, mas aberta ao público em geral, assim como o cinema, o teatro e o centro de exposições que existem no mesmo andar.
• Contato: (31) 3516-1396 e biblioteca@minastc.com.br
• Horário de funcionamento: de terça a sexta-feira, das 10h às 18h30. Aos sábados, das 9h às 13h.
• Acesse o regimento da biblioteca para ver mais sobre como se cadastrar lá, a multa pelo atraso na entrega (R$ 1 por dia) e outras informações úteis.

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