Antipatia à primeira vista

chicken1stsight

Comigo acontece direto. Conheço uma pessoa e, imediatamente, desgosto dela. Crio antipatia por seu jeito, à primeira vista. Ou por como se comunica, ou por como me olha de volta, perscrutando minha própria simpatia. Ou pelo humor, que é a característica mais importante de uma pessoa.

Eu já ia entrar naquele parágrafo que diz que os espíritas devem ter explicações para essa antipatia à primeira vista, que devem se encontrar em outras vidas do passado, não fosse um porém: quase sempre mudo de ideia à segunda vista.

Tão comum como aquela primeira impressão negativa é eu ter segundas e terceiras opiniões positivas da mesma pessoa, ao conhecê-la melhor. O contrário é mais raro, mas também acontece, sempre justificado por uma ponta de decepção ou frustração.

Uma das coisas que aprendi nesta vida comprida é que quase ninguém é 100% bom ou 100% mau. Nem 100% bonito e 100% feio. 100% legal ou 100% chato. Por isso os pré-conceitos (primeira impressão, primeira vista) geralmente são ocos como um chapéu (ainda vou escrever sobre o preconceito mais comum dos nossos tempos — contra os gordos –, porque fiquei indignada ao ler ESTE texto, mas vou ter que esperar por um dia com mais ideias no lugar).

O importante é mantermos a cabeça aberta para a mudança de opinião. Para o conhecimento do outro. Para a segunda e a terceira chances. Se a impressão persistir, afaste-se mesmo daquela pessoa, porque ela não deve mesmo servir para conviver com você. Deve ter aprontado alguma nas tais vidas passadas…

Aliás, tenho um critério muito bom pra essas horas: se a pessoa não gosta de mim, sem nenhum motivo extra pra isso, não merece ser gostada por mim. Fica minha sugestão de critério pra todos, funciona muito bem 😉

***

PS. Veja todas as charges das cantadas ineficazes de Timmy clicando AQUI 😀

 


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Por Cristina Moreno de Castro (kikacastro)

Mineira de Beagá, escritora, jornalista (passagem por Folha de S.Paulo, g1, TV Globo, O Tempo etc), blogueira há mais de 20 anos, amante dos livros, cinéfila, blueseira, atleticana, politizada, otimista, aprendendo desde 2015 a ser a melhor mãe do mundo para o Luiz. Autora dos livros A Vaga é Sua (Publifolha, 2010) e (Con)vivências (edição de autor, 2025). Antirracista e antifascista.

4 comments

  1. Oi Kika,

    Concordo com você, nada pior que o preconceito. Não conheço e nem nunca ouvi falar desse moço, mas hoje como todo mundo gosta de chamar a atenção, não importa como, esse tipo de “matéria” é mais uma forma de ter o brilho dos holofotes, gerar polêmica, muita gente ainda pensa assim, “falam bem ou falem mal mas falem de mim”. Não concordo com essa forma de ser… mas como você vejo essa pessoa com outros olhos, penso aonde ele quer chegar, o que ele quer causar e que esse tipo de comentário não me afeta. Mas se gerar muita polêmica ele vai conseguir atingir seu objetivo, se não dermos atenção, acaba por aqui.

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  2. Puxa, menina, eu já costumo levar sorte em relação a esses primieros encontros: costumo gostar das pessoas logo de primeira, e geralmente me dou bem. Conhecer gente é um negócio maravilhoso. Ainda mais quando a gente tá aí no movimento, no meio do povo, conhecendo gente à beça.

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