
CINEMA
Estava eu, lá pelos idos de 2005, assistindo ao filmaço “Diários de Motocicleta”, em algum cinema de rua de Beagá. Sozinha. Nas fileiras da frente do cinema. Concentradíssima e emocionada por estar vendo um filme tão bom. Até que, numa das cenas mais tensas da história, ouço uma dupla gargalhar. Gargalhar. Olhei para o lado esquerdo: um rapaz e uma moça estavam sentados um de frente para o outro, pernas cruzadas, braços recostados no topo das poltronas ao lado, posição de duas dondocas que estivessem numa espreguiçadeira num clube, papeando. Posição e atitude de quem está num clube. Porque, seguindo as risadas altas, vieram mais conversas. E não eram sussurros, não havia pudor. Simplesmente decidiram que estavam num bar, e não numa sala de cinema, e nem sequer olhavam de soslaio para o filme. Nunca vi tamanha folga na minha vida e fiquei tão incomodada que custei a conseguir prestar atenção ao filme de novo (o que devia ser o objetivo dos pentelhos). E, pra variar, não quis ficar fazendo shhhh e reclamando (sempre que posso não reclamar com desconhecidos, eu não reclamo…). Nunca mais me esqueci do filme e daquele poço de inconveniências ao meu lado.
SEMINÁRIOS, AULAS, PALESTRAS
Ontem assisti a vários seminários. A sequência de pessoas folgadas foi impressionante, fazia tempo que eu não via tantos. Na primeira, um sujeito resolveu atender o celular “sem incomodar”, no meio da palestra. Para isso, levantou-se, foi até a lateral mais vazia do teatro, e começou a conversar em tom de voz normal, e ainda a caminhar de um lado para o outro. Claro que incomodou todo mundo. Depois, um sujeito ao meu lado começou a receber telefonemas a cada cinco minutos – e TODOS ELES no volume máximo da musiquinha irritante do toque dos DOIS celulares! Sério, uma coisa é esquecer de colocar no silencioso, outra é optar por não colocar, em plena palestra, e ainda receber chamadas a todo instante e atendê-las. Depois outra mulher, do lado esquerdo, atendeu uma ligação e ficou um tempão tagarelando. Ela estava com uma turma que, por sinal, não parava de conversar. Por fim, em outra palestra, outro sujeito atendeu o celular do meu lado. “Pode falar?”, ele ouviu do outro lado da linha. “Posso sim, fala aí”, ouvi ele responder. É o fim. As pessoas estão viciadas em celular e, para piorar, hoje acham normal atender no cinema, na biblioteca, no museu, no meio de uma palestra, na sala de aula. Qualquer lugar parece estar permitido para esse pessoal sem educação.
Este meu post ia ter, originalmente, vários tópicos sobre pessoas folgadas que me convenceram de que estou vivendo no fim do mundo. Mas, só de lembrar das situações, já comecei a estragar meu fim de sexta. De todo modo, todos vocês, seres educados que me lêem, sabem bem de que tipo estou falando. Aquele que ouve rádio alto no metrô ou ônibus, que tagarela na viagem de ônibus da madrugada, quando todos querem dormir, e assim por diante.
É o fim do mundo!
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já eu sou barraqueira. Sou a rainha dos olhares enviesados, dos “shhh” para desconhecidos, das brigas com os furadores de fila (que, para mim, estão no topo da lista de pessoas inconvenientes). Minha mais recente batalha, entretanto, é com conhecidos que NÃO CONSEGUEM parar de olhar o celular numa mesa de jantar, no bar, ou durante uma conversa. É o fim do mundo você estar respondendo a uma pergunta da pessoa e ela estar olhando o maldito facebook!
(poxa, verdade, falar dessas coisas azeda o final de semana, hehe. Espero que o seu seja bom! 🙂 )
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Putz, furador de fila é duro mesmo. Outra categoria que acho o cúmulo é a dos que levam 30 itens na fila de caixa de supermercado até DEZ itens. E, na maior cara de pau, ainda vão discutir com o pobre do caixa.
Eu tinha uma amiga que era desse jeito com celular. Fica tuitando a noite toda, e vc querendo conversar com ela pessoalmente, ali na frente! Um dia eu entrei no twitter dela, quando não estava com ela, e li o seguinte: “Meus amigos aqui na pizzaria estão reclamando que estou tuitando, que saco!” Achei o fim.
Mas bora concentrar no começo do fim de semana, em vez do fim do mundo 😉
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Certa vez um amigo me chamou para tomar uma breja após a prova na faculdade, como fazíamos sempre na última da semana, para “espairecer”. O problema é que o cara tinha acabado de comprar um desses smart do car*lho. E direto ficava dando mais atenção à joça do que qualquer um à mesa. Só que nesse dia, sendo que o pessoal estava de bode e só ficamos nós dois na mesa do boteco, fiquei puto demais com essa situação. Falei que ia fumar um cigarro e fui embora…
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Nossa, fez muito bem.
Nada mais irritante!
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Sei que esse post e velho mais eu queria achar pessoas que se sentem incomodadas com a “educação ” de certas pessoas!!
Recentemente 2 coisas acontece cmg quase diariamente!!
1- vc ta ali no ônibus super cheio, está em pé cansada e espremida pois sou magricela!! Aii vem um sujeito com a mochila/ bolsa enorme em vez de por na frente ou no chão ñ fica com ela nas costas atrapalhando o fluxo que ja não tem dentro do ônibus!! Eu que não sou boazinha quando vejo isso ja saio esparando na mochila para vee se o sem noção se toca!!
Outra coisa que me deixa irritada e quando a calçada e curta e a criatura fica no centro dela parada o famoso dono da rua
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Nossa, Moara, super te entendo! Essas duas coisas são também muito irritantes! Obrigada por ter me lembrado desse post antigo, mas sempre atual 🙂 Volte sempre!
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