Ontem fui procurar o poema que escrevi para Maria e, embora não tenha encontrado (estava no primeiro caderninho de poemas), achei meu segundo caderninho de poemas, escritos entre 1994 e 1997.
Um deles me chamou a atenção, porque refletia sobre vida após a morte e deus, e foi escrito quando eu tinha 12 anos:
Existe céu?
Saber se existe céu ou inferno nunca poderemos provar.
Depende do que você ou eu acreditar.
Se eu acredito que existe céu, para mim ele existe.
Se não acredito, para mim não existe.
Só tem uma coisa que eu posso confirmar:
é que, se tem ou não, nunca iremos provar.
Será que a vida pára assim que nós morremos?
Ou que, ao morrer, para o paraíso iremos?
Isso só vai depender do que eu acreditar.
Pois ninguém ao morrer irá voltar pra contar.
Mas prefiro acreditar que, ao morrer,
um mundo lindo tem pela frente.
Do que acreditar que, ao morrer, viro semente.
Ou mesmo acreditar que novamente serei gente.
Mas como falta tempo ainda para eu morrer
Prefiro aproveitar do que tenho pra viver.
(11.07.1997)
Passaram-se tantos anos e continuo com as mesmas dúvidas e com a mesma conclusão…
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Mas olha que se tu não contasse que era teu eu iria achar que era do Drummond… 🙂
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hehehe, té parece!
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