- Texto escrito por Cristina Moreno de Castro
Na noite do dia 10 de novembro de 2009 – há exatos 16 anos, portanto – aconteceu um dos maiores apagões da história do Brasil. Foram 18 estados e 70 milhões de brasileiros atingidos, num blecaute que, em algumas regiões, levou mais de sete horas para ser resolvido.
Como foi a cobertura desse apagão nas redações de jornais do Brasil?
Na época, eu trabalhava na editoria de Treinamento da “Folha de S.Paulo” e editei dez vídeos para o blog Novo em Folha, para mostrar como tinha sido por lá.
A editora Ana Estela de Sousa Pinto e eu entrevistamos, na manhã do dia 11, as seguintes pessoas:
- Mauro Albano, editor-assistente da Agência Folha na época
- Rodrigo Fiume, que era redator de Cotidiano
- Rogério Gentile, que era editor de Cotidiano
- Gustavo Hennemann, que era repórter da Agência Folha
- Julia Monteiro, que era diagramadora da equipe de Arte
- Laura Capriglione, que era repórter especial
- Márcio Diniz, que era o editor da home page da Folha Online
- Fábio Marra, que era o editor de Arte
- Ricardo Melo, que era secretário-assistente da Redação
- Carla Romero, que era a editora de Fotografia
O resultado ficou bem legal, e compartilho aqui, como mais um dos meus resgates de momentos históricos e de memórias do jornalismo:
Uma das coisas mais legais de trabalhar com jornalismo é participar de grandes acontecimentos. Quando acontece uma notícia extraordinária, ou uma grande tragédia – como este apagão, o crime da Vale em Brumadinho, o 7 a 1 do Brasil no Mineirão, a queda de um viaduto, uma chacina policial com mais de centena de mortos, um avião que cai e mata a cantora mais popular do Brasil, a visita de um papa, o início de uma pandemia inédita, enfim, eventos assim –, a Redação inteira se mobiliza. Afinal, é muuuuita coisa pra apurar, há muuuito o que se fazer, e sempre com urgência, de imediato.
Há um senso de trabalho em equipe e de vontade de fazer dar certo que a gente não vê com tanta frequência. São essas grandes coberturas que mais marcam a vida de um jornalista, seja ele editor, repórter, fotógrafo, diagramador, ou o que for. Talvez seja também o que mais deixa saudades quando a gente resolve sair de uma Redação…
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