Fake news: ‘Como vivem? Onde comem? O que fazem?’

Imagem sobre fake news presente na revista "Caiu a Ficha?". Crédito: Adobe Stock
Imagem sobre fake news presente na revista "Caiu a Ficha?". Crédito: Adobe Stock

O título deste post é também o título da primeira reportagem da revista “Caiu a Ficha?“, que a estudante de jornalismo Iris Aguiar fez para um projeto da faculdade.

Iris é estagiária da equipe do Diário do Comércio, único jornal especializado em economia e negócios de Minas Gerais, onde estou trabalhando desde janeiro.

Há alguns dias, ela foi até minha mesa com um exemplar dessa revista, para me mostrar seu trabalho, toda entusiasmada. A disciplina do 7º período de jornalismo no UniBH era “Informação e projeto gráfico”, e a revista, impressa em papel de boa qualidade e com um design bonito, era fruto desse estudo.

Mas o que eu queria mesmo era ler os textos que estavam ali, que tratam de um dos assuntos que mais me preocupam na vida: as fake news.

Por isso, pedi que a Iris me mandasse o PDF para eu ler com calma, e foi o que acabei de fazer nesta tarde de domingo.

De cara, já me chamou a atenção o fato de que a Iris fez a edição, diagramação e o texto de 9 páginas da revista – restando apenas 3 páginas para a colega que estava em dupla com ela no trabalho. (Me lembrou quando eu era estudante e fazia teatro na escola, e era a diretora, roteirista, atriz principal, figurinista, cenógrafa e divulgadora da peça kkkk).

Os textos, bem curtinhos, abordam a questão da desinformação e trazem alguns dados preocupantes, como todos os dados que eu vejo quando vou pesquisar sobre esse assunto. Por exemplo:

  • que as fake news se espalham 70% mais rápido que notícias verdadeiras;
  • que cada postagem verdadeira atinge, em média, mil pessoas, enquanto as postagens falsas mais populares atingem de mil a 100 mil pessoas;
  • que, no Brasil, 8 em cada 10 cidadãos já acreditaram em fake news;
  • mas, mesmo assim, 62% ainda confiam na própria capacidade de diferenciar informações falsas e verdadeiras em um conteúdo.

A revista ainda lembra da loucura, durante a pandemia, quando milhares de pessoas acreditaram que a vacina contra a Covid-19 tinha “chip líquido”, fala quais são os projetos de lei em tramitação que buscam combater as fake news no país e mostra 5 técnicas mais comuns usadas pelos criadores de desinformação.

Revista feita pela estudante de jornalismo Iris Aguiar para projeto na universidade.
Revista feita pela estudante de jornalismo Iris Aguiar para projeto na universidade.

Como já sou muito ligada nesse assunto, a revista não chegou a trazer nenhuma novidade para mim. Mesmo assim, fiquei muito feliz em saber que a desinformação está sendo estudada e tratada com seriedade nas faculdades de jornalismo. Afinal, este já é – e deve ser por muito tempo ainda – o maior desafio encontrado pelas pessoas que trabalham com informação.

Parabéns à Iris pelo trabalho! Espero que outros estudantes de jornalismo também estejam atentos à importância das fake news, para saberem combatê-la quando estiverem trabalhando com informação em uma redação, assessoria, ou onde for.

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Por Cristina Moreno de Castro (kikacastro)

Mineira de Beagá, escritora, jornalista (passagem por Folha de S.Paulo, g1, TV Globo, O Tempo etc), blogueira há mais de 20 anos, amante dos livros, cinéfila, blueseira, atleticana, politizada, otimista, aprendendo desde 2015 a ser a melhor mãe do mundo para o Luiz. Autora dos livros A Vaga é Sua (Publifolha, 2010) e (Con)vivências (edição de autor, 2025). Antirracista e antifascista.

2 comments

  1. Lendo o currículo de Iris Aguiar lembrou-me muito o da Cris quando estudante. Posso prever para ela uma brilhante carreira. Poucos estudantes de jornalismo de meu tempo na atividade tinham a garra das duas, a fome do conhecimento delas.

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