Clube da leitura e mais ideias para incentivar crianças a ler sem gastar

Na semana das crianças eu postei aqui os melhores livros para presentear crianças de 6 e 7 anos que já leem sozinhas.

(Aliás, um dos meus posts favoritos dos últimos tempos! ;))

Lá no meio do texto, coloquei 3 ideias para incentivar o gosto pela leitura entre as crianças sem gastar muito dinheiro.

E hoje achei que valia fazer um post explicando isso melhor.

Porque, admito: eu compro muitos livros aqui em casa, tanto pro Luiz quanto para mim. É o tipo do gasto que eu considero um investimento, então, sempre que po$$o, ou que surge uma oportunidade boa, eu compro um livro pra nossa biblioteca.

Mas livro é caro. E talvez devesse ser até mais, porque papel é um insumo caro, e ainda tem o valor da obra maravilhosa que o escritor e o ilustrador oferecem pra gente e que às vezes nos encanta por toda a vida ❤

Três ideias para ler muito sem gastar

Então, o que podemos fazer?

Seguem abaixo minhas três sugestões.

Clube da leitura

Basta juntar uns amigos que também gostam de ler, trocar livros com eles e, pronto!, temos um clube da leitura.

O Luiz fez essa parceria com uma amiguinha da escola, a Helena, há alguns meses. Logo a Lis pediu para entrar. Depois a Bruna, o Lorenzo, Nicolas e a Vitória. De vez em quando a prima Rafa também faz a troca de livros com ele.

Quando o clube cresceu, passei até a anotar direitinho os livros que pegamos emprestados e os que emprestamos, para evitar confusão (e porque não dá pra confiar na minha memória).

Também vale estabelecer algumas regrinhas. Por exemplo: só pegamos um livro emprestado de cada vez e também só emprestamos um novo quando o anterior foi devolvido.

Além disso, normalmente devolvemos em até uma semana, mas não criamos prazos muito rígidos, para a pressão do calendário não tirar a graça de ler.

Assim, o Luiz já leu vários livros bacanas, escolhidos a dedo por seus amigos da mesma idade, e que talvez não encontraria em outros lugares.

Biblioteca

A Biblioteca Pública ficou muito tempo fechada durante a pandemia e também por causa de uma reforma que custou a acabar. A Biblioteca Pública Infantil e Juvenil mudou pra um endereço mais fora de mão pra gente.

Mas aí, no início deste ano, abriu uma biblioteca (e duas salas de cinema) no Centro Cultural Minas Tênis Clube, aberta a qualquer pessoa.

O acervo, com mais de 6 mil títulos, tem obras muito boas, e livros super bem conservados, vários infanto-juvenis.

Passamos a frequentar essa biblioteca com frequência, e nós dois pegamos livros emprestados lá. O Luiz sempre leva no mínimo cinco, que é o máximo que pode levar por pessoa, e renova antes do prazo inicial de 15 dias (que pode ser renovado duas vezes).

Foi lá que ele descobriu algumas obras incríveis, como a coleção “O Elefante e a Porquinha”, de Mo Willems, que cito naquele post com dicas de leitura para as crianças. E o “Uma Árvore”, de Rodrigo Mattioli, que pus no post sobre livros que ensinam as crianças a amarem a natureza.

E de lá eu tirei o ótimo suspense “A Garota do Trem“, o drama “O Olho Mais Azul”, o terror “A Casa Assombrada” e o livro de contos “Amiga de Juventude“.

A maioria das cidades tem suas bibliotecas públicas. E existem ainda bibliotecas nas escolas, em algumas igrejas ou ONGs. Vale a pena se cadastrar em alguma!

De geração para geração

Livro bom dura para sempre. Fica nas bibliotecas, nos armários, nas caixas de leite, por anos. E vai passando de uma geração a outra.

Assim, por exemplo, tenho aqui “Milagre na Rua 34“, que meu pai ganhou em 1983 (antes de eu nascer) e passou para mim quando eu era criança, sendo um dos meus livros favoritos da vida. Guardo para quando o Luiz estiver um pouco maior e eu puder passar para ele.

Mas já dei a ele outros livros da minha infância que eu tinha conseguido guardar: “Volta ao Mundo de Mickey e Pateta”, que meu pai me deu no aniversário de 7 anos, “Ventinho Gostoso e Gotinha de Orvalho”, que ganhei da madrinha Lourdes, dentre outros poucos (mas especiais).

E já “herdei” também muuuitos livros que eram da tia Maria Afonsa, por exemplo. Só da Agatha Christie, foram uns sete.

Bônus: livros digitais (eBooks) gratuitos

Pra quem não faz questão de ler o livro de papel (eu faço), existem opções de eBooks. Os livros digitais ou próprios para Kindle e afins já são muito mais baratos que os impressos.

E ainda há as versões gratuitas, como as encontradas nos seguintes sites:

• Literatura infantil no site Domínio Público
• Estante digital do projeto Leia para uma Criança
• eBooks infantis gratuitos na Amazon
• eBooks no site Mojo
• Espaço de leitura
• Livros gratuitos da editora Pulo do Gato
• Audiolivros grátis da TocaLivros

Mais um bônus: a compra certa

Quer comprar um livro? Então é bom fazer uma pesquisa intensa antes, para não gastar dinheiro à toa. E aqui não falo só de pesquisa de preço, mas de tentar conhecer a obra ao máximo para ver se ela é mesmo do seu gosto, ler as avaliações e resenhas, antes de pagar por ela. Escolher o livro que vai realmente marcar, que vai merecer entrar na sua estante.

Também podemos fazer isso por meio dos empréstimos, seja no clube da leitura ou da biblioteca, ou conhecendo um eBook antes. Ao descobrir que gostamos muito, mas muito mesmo daquele livro, podemos pensar em comprá-lo depois.

Além disso, muitas livrarias hoje têm espaços de leitura e nos deixam folhear bastante os livros antes de levá-los para casa. Por exemplo, comprei vários para o Luiz na Livraria Colorê depois que ele (e eu) tinha lido antes e gostado muito. E depois de descartar muitos outros também lidos por lá mesmo.

Enfim, são muitas as estratégias para ler mais, incentivar mais a leitura desde pequenos e não necessariamente ter que gastar muito dinheiro com isso.

Aliás, tenho uma amiga querida, que já citei aqui no blog, a Marina Borges, que está até fazendo rodas de conversa sobre dicas para ler mais. Nesse caso é para adultos mesmo, mas fica a sugestão! 😉 O último aconteceu no sábado, mas haverá outros, é só acompanhar no Instagram dela. O próximo já tem data marcada: 10 de dezembro, de 10h às 11h30, no Manju!

 

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