As redes sociais, afora todos os outros problemas que possuem, ainda têm uma coisa muito desagradável: o compartilhamento de notícias e fotos tristíssimas, que fazem a gente desencantar muito do mundo. Estou aqui tomando meu café e lendo a timeline do Facebook, pra ver se alguém me ajuda a me inspirar para um post, e, PAF!, recebo um vídeo de um professor batendo com uma vara na aluna de 5 anos, com o mesmo impacto de um soco no meu nariz.
No mesmo dia em que vi esse vídeo — e só não chorei na hora porque virei o rosto –, li a notícia do portal G1 sobre uma filha que, responsável por cuidar de seu pai doente, o deixou com um aspecto cadavérico (passando fome, qual um estereótipo da Somália) e o corpo cheio de escaras, e só chamou a ambulância quando ele parou de respirar. Desta vez, não aguentei e chorei. Como alguém pode fazer algo assim com o pai ou a mãe?
Pra piorar, no mesmo dia, li no portal “O Tempo” que dois bandidos entraram em uma casa para fazer um assalto e, depois de revirá-la, não encontraram nada de valor. Então decidiram começar a torturar os dois moradores que estavam na casa: um idoso de 86 anos e sua filha, de 39, que tem deficiência mental. Haja crueldade!
Eu já estava quase perdendo a fé no ser humano, quando o blog recebeu o comentário de uma leitora, pedindo ajuda para seu problema de saúde. Imediatamente depois, outra leitora entrou em contato com a primeira, oferecendo seu apoio a uma completa desconhecida. “Quero ajudar, nem sei como, mas quero tentar”.
Respirei fundo, acabei o café e pensei: para cada três pessoas cruéis no mundo, há pelo menos uma que é tão boa, mas tão boa, que está disposta a ceder seu tempo e seu afeto a uma pessoa que nem conhece e que está em situação mais frágil. Essa solidariedade espontânea resgatou a fé que eu estava perdendo no ser humano.
Vamos seguir adiante, porque não estamos cercados apenas de animais!
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Observação: não quero estragar o dia de ninguém, então não colocarei os links para as três imagens que me abalaram acima. Se alguém estiver curioso, vai encontrar facilmente pelo Google 😉
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Curiosamente conversei sobre isso com minha terapeuta hoje. Não eh que ache que devemos ser alienados, mas não quero ficar sabendo de tudo de ruim que acontece no mundo, e as pessoas, de um modo geral, amam compartilhar as histórias trágicas. Não acho que saber dessas coisas nos torna pessoas melhores, mas, sim, mais tristes, inseguras, revoltadas, assustadas, vingativas e por aí vai. Podíamos fazer uma corrente para divulgar bons exemplos, que são muitos. Gentileza não gera gentileza?…
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Tem razão, Vivi! Mesmo o noticiário tende a focar nos problemas e coisas ruins, o que nos torna, os jornalistas, pessoas com um olhar meio distorcido sobre a realidade. Mas acho que é um trabalho diário tentar perceber as coisas boas, legais, e mostrá-las ao mundo 😀
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