
A Polícia Militar do Estado de São Paulo agora virou um serviço de vigilância particular de shopping.
Agride adolescentes que não fazem nenhum ato ilícito e nem portam nenhuma arma, em vez de cuidar de bandidos de verdade.
Faz isso à luz do dia, em público, de frente pra imprensa (com o aval do Judiciário, que não deve ter nada mais importante pra fazer do que cuidar de “rolezinho”).
Tive que abordar o assunto de novo, porque neste fim de semana vimos até bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha sendo usados contra os jovens da periferia que marcaram de se encontrar em um shopping paulistano. Rolou até cassetete.
O melhor depoimento que li foi o de Vanessa Barbara, na “Folha de S.Paulo” de hoje. Como diz ela, imagine o que a PM pode fazer quando ninguém está olhando. Leiam AQUI.
Leia também:
- Rolezinho, arrastão, vandalismo ou um caldeirão de preconceitos
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Pois é, Cris. Cada cabeça uma sentença. Às 14h20 desta segunda, havia 135 comentários de leitores ao artigo da Vanessa publicado na FolhaUol. Só li os três destacados, mas pela amostragem é possível imaginar o conteúdo dos demais. Veja este, assinado por “Seu Saraiva”, com 63 sinais de aprovação e apenas 9 de reprovação:
“Não consigo imaginar nada mais hipócrita do que este texto. Meu Deus que país de cegos!! Vanessa Barbara, acompanhe os comentários da sua coluna, cresça, nos brinde com textos informativos e não apoie a baderna em nosso país causada por uma centena de desocupados!! NINGUÉM aguenta mais isso! Vc queria o nome dos policiais… E o do juiz que deu a liminar vc procurou? A mim e a muitos vc não engana mais com seus textos tendenciosos!!”
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É, opinião é um negócio complicado mesmo.
No outro post que escrevi sobre isso, recebi o seguinte comentário: “Tá com peninha dos “coitadinhos” das turminhas de futuros (se já não são) marginais ??? Faz o seguinte, adota logo uns 10 e leva prá sua casa. Eles vão adorar o fim de semana com você e sua família. Bom proveito.”
Mas deixemos que cada um tenha a sua opinião. Não ofendendo, podem escrever o que quiserem.
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Pois é! Os Cidadãos e o Estado que se lembrem que esses “coitadinhos” são o futuro do Brasil! Há que dar-lhes Educação escolar condigna, dar-lhes ocupação desportiva, ocupação cultural, ou seja, dar-lhes uma base para lutarem com dignidade pelo seu futuro e pelo futuro deste país!
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