
As sombras formam formas no muro
formas folhadas, com sons e cores
que na luz tênue do sol poente viram noite
e encobrem espinhos leitosos sabor veneno.
As flores vermelhas se confundem
com os confetes que animam carnaval
e carnaval é a dança da brisa batendo no ipê.
Choveu, e hoje o mundo amanheceu mais verde.
Mato pra todo lado
sementes de milho e feijão.
Horta.
E minha aorta rejuvenescida
sente o piar do joão-de-barro
e respira a natureza em sua forma recém-esculpida em barro.
Uma hora distante do mundo
e mais perto do que parece deus.
(07/12/2003)
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Saudosa de nossa pequena chácara povoada de ipês e cercada de coroas-de-cristo? Ela continua linda e acolhedora à sua espera, com aqueles joões-de-barro e assanhaços e pios de juriti. Volte a dormir lá à noite, bem pertinho das estrelas que, ali, não se escondem de nós, como na cidade grande. E outros e outros poemas como este vão nascer ali…
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Na próxima vez que eu for pra BH vamos dormir lá!
bjos
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