- Texto escrito por Cristina Moreno de Castro
A leitora do blog Alessandra de Carvalho, que também é doutora em Comunicação e professora do curso de jornalismo da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro há 15 anos, me deu um verdadeiro presente na semana passada.
Ela disse que estava fazendo backups de documentos de anos passados, quando encontrou um vídeo que gravei para ela em 2013, para ela mostrar aos alunos da disciplina Jornalismo Especializado, “numa época em que a gente não fazia ainda ‘lives'”.
Quando assisti àquela Cris de 12 anos atrás, que não tinha nem 30 anos de idade, que continuava tímida em vídeos (acho que a luz estourada na cara foi proposital) e ainda morava em uma kitnet no bairro Serra, em BH, fiquei com bastante nostalgia:
Deu para ver, pelo vídeo – além da bagunça no quarto –, que eu ainda estava bastante empolgada com minha profissão. Era uma legítima devoradora de informações e notícias. Na verdade, hoje fico cansada só de ouvir minha lista de coisas que deveriam ser acompanhadas pelos jornalistas setoristas – e eu realmente acompanhava aquilo tudo, vorazmente.
(Imagino que alguns alunos da Alessandra tenham até desistido da profissão depois desse meu discurso ultrassério e cansativo. Desculpa, professora! :D)
Desde aquela época, muita coisa mudou na minha vida e na minha cabeça, e também na minha relação com o jornalismo. Aliás, como não mudar, se o Brasil e o mundo inteiro também viraram de pernas pro ar de 2013 pra cá?
Mas eu saí d’O Tempo, fui pra Canguru, passei na Leite Integral, voltei pr’O Tempo, fui pra Globo, trabalhei na Prosperidade, passei pelo Diário do Comércio e depois resolvi focar na minha empresa mesmo… Sem contar que mudei de endereço outras duas vezes e virei mãe. Ufa! Nem parece que isso tudo foi em 12 anos, mas em uns 50.
Há algumas semanas, eu vinha resgatando vídeos que gravei em 2010 para o blog Novo em Folha, justamente sobre jornalismo especializado. Além disso, no meu LinkedIn, tenho resgatado semanalmente aqueles vídeos que fiz com alguns “mestres do jornalismo“, na mesma época.
Como a Alessandra acompanha meu blog até hoje (desde quando ele foi criado, o que muito me alegra), ela teve este estalo:
“Eu enviei exatamente porque tenho visto os vídeos da série que você compartilhou. E aí pensei, ora, eu tenho um vídeo dela (e de outros colegas tb que me enviaram naquela época)!”
Como eu disse, fiquei muito feliz com a lembrança dela e com essa volta no tempo que ela me proporcionou, direto para o dia 17 de abril de 2013.
Embora eu esteja longe de me considerar uma “mestra do jornalismo”, compartilho o vídeo aqui no blog como uma recordação de uma época em que eu ainda tinha muito a falar sobre o fazer jornalístico. Quem sabe possa até ser útil a algum estudante incauto que passar por aqui 🙂
***
P.S. Na próxima terça-feira (30), vou trazer para cá mais uma série de vídeos sobre bastidores do jornalismo que gravei em 2010 para o blog Novo em Folha, da “Folha de S.Paulo” (que foi onde a professora Alessandra me conheceu, por sinal). Vai ser uma série com 13 vídeos, que vão entrar toda terça, até o fim do ano, combinado? Até lá! 😀
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Parabéns, Cris. Grandes realizações, desde o vídeo exibido aqui, feito há 12 anos. E muitas, nos anos anteriores a eles.
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Não sei se realizações, mas sem dúvida muitas vivências 🙂
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