- Post atualizado em 12.5.2025
Há dois anos, fiz um dos meus compilados, já tradicionais aqui no blog, reunindo os melhores filmes para assistir no Dia das Mães.
Para entrar na lista, os filmes tinham que cumprir três requisitos:
- ter algo a ver com o exercício da maternidade, ou ter uma personagem que é uma mãe muito interessante, forte e/ou inspiradora;
- ser bom, com nota mínima de 7;
- e já ter sido resenhado por mim aqui no blog, para ser possível clicar em qualquer um deles e saber mais a respeito antes de decidir qual assistir.
O gênero não importa. Pode entrar até filme de terror, se cumprir os três pontos acima. Ou animação, comédia, drama, ficção científica, o que for. Afinal, nós gostamos de filmes de todos os gêneros, certo? 😉
Minha listinha original começou pequena e, como costumo fazer, fui acrescentando novos filmes à medida que os descobria.
Neste Dia das Mães, vou acrescentar mais dois filmes a que assisti recentemente, com a mesmíssima duração (2h03) e mesma classificação indicativa (14 anos), ambos disponíveis na Netflix.
Apesar das coincidências, trata-se de filmes totalmente diferentes, quase opostos – um é um drama politizado, com muita tensão e tristeza, o outro é uma comédia romântica mais leve, típica de “Sessão da Tarde”. Para assistir com mães (ou com filhas) de gostos distintos 😉
Mães Paralelas
2021 | 2h03 de duração | Classificação: 14 anos | nota 8

Filme do sempre ótimo Pedro Almodóvar, indicado a dois Oscars (um deles pela atuação maravilhosa de Penélope Cruz), “Mães Paralelas” é um drama bastante intenso sobre a maternidade, mesclando várias pautas difíceis, complexas e intricadas. A personagem de Penélope é uma fotógrafa, Janis, que engravida perto de seus 40 anos, e divide o quarto da maternidade com a adolescente Ana (Milena Smit).
Suas bebezinhas nascem no mesmo dia e a história dessas duas mulheres se entrelaça irremediavelmente a partir desse dia. É difícil escrever sobre este filme sem dar spoiler, porque vários fatores vão surgindo, que complicam cada vez mais a história, mas é importante assistir sem saber de nada, para aproveitar ao máximo a tensão que é criada.
Paralelo à história íntima dessas mães, o filme aborda também os assassinatos cometidos pelo governo fascista da Espanha, trazendo um viés político interessante, e inclusive destacando bem o papel de outras mães, e das viúvas dos heróis da Guerra Civil, mas ainda assim achei um pouco descolado do resto da história. Tirei dois pontos por isso: acho que Almodóvar teria ganhado mais ao dividir “Mães Paralelas” em dois filmes, dando mais espaço a cada um desses nichos. Mas sem dúvida é um bom filme, e que pode agradar a muitas mães (e muitas filhas).
Assista ao trailer de Mães Paralelas:
A Lista da Minha Vida
2025 | 2h03 de duração | Classificação: 14 anos | nota 8

Este filme entrou no catálogo da Netflix há poucas semanas e já ficou entre os mais vistos, também dando o que falar nas redes sociais e tal.
Muita gente abordou os vários pontos óbvios da temática de “A Lista da Minha Vida“, como a busca pelos sonhos, o recomeço, a realização pessoal ou o luto, mas acho que é, também, um filme sobre maternidade.
Temos aqui uma comédia romântica mais “soft”, que pode, sim, trazer reflexões bacanas e despertar umas lagriminhas, mas, no geral, é um filme leve, bem típico de “Sessão da Tarde”, bom pra ver ao lado da mãe (ou da filha).
A personagem principal (Sofia Carson) acaba de perder a mãe (Connie Britton), de quem era super próxima. Mas esta mãe resolveu deixar para ela uma herança atípica: uma lista de desejos ou sonhos que ela criou na adolescência, e que ela deveria correr atrás de realizar agora.
Ao mesmo tempo em que o filme mostra uma mãe bastante controladora, que quer tomar as rédeas da vida da filha até depois de morta (eu sei, ela é boazinha, ninguém nunca diz isso no filme, mas foi a impressão que ficou em mim), mostra também a síntese do que é ser mãe: querer ver seu filho ou filha bem, feliz, realizado(a). Fazer de tudo por isso, ao menos o que estiver ao alcance.
Para além disso, o filme mostra que a maior motivação da filha em seguir esse plano maluco da mãe é a possibilidade de manter a conexão com ela mesmo após a morte, prolongando o contato que seria assegurado por meio de DVDs entregues por um advogado a cada realização conquistada.
Outras conexões e relacionamentos costuram a história, como a da protagonista com seus irmãos, ou com seus namorados, mas a conexão dela com a mãe permeia tudo – e, por isso, para mim, este é um filme bem bacana para se ver no Dia das Mães. Tirei dois pontinhos pela previsibilidade do final, mas nada que não fosse esperado para o gênero.
Assista ao trailer de A Lista da Minha Vida:
Atualização em 12.5.2025:
Na noite deste Dia das Mães, assisti a mais um filme ótimo para celebrar a maternidade, desta vez com classificação indicativa de 12 anos. Vi juntinho com meu filho Luiz, de 9 anos, que também gostou muito. Resolvi acrescentar a este post e à minha lista original:
Acampamento com a Mamãe
2024 | 1h35 de duração | Classificação: 12 anos | nota 8

Ao contrário dos outros dois, que são mais voltados para o público adulto, este filme é totalmente indicado para ver com os filhos adolescentes, pré-adolescentes ou até com crianças a partir de 9 anos e que sejam mais maduras, como meu Luiz.
É um filme argentino sobre uma mãe que está tendo dificuldade de se conectar com o filho de 12 anos e descobre que ele pretende ir morar com o pai assim que voltar do acampamento da escola. Ela aproveita que houve um imprevisto com os motoristas do acampamento e se oferece para ir junto com os alunos, na tentativa de se aproximar do filho.
A história é simples, tem todos os clichês típicos de filmes de acampamento, mas é um bom filme, e a atriz e cantora Natalia Oreiro é muito simpática e segura muito bem a protagonista, nos deixando na torcida o tempo todo.
Assista ao trailer de Acampamento com a Mamãe:
Veja outros posts sobre o Dia das Mães:
- Carta de uma mãe imperfeita e insuficiente
- 30 memórias com minha mãe (e um exercício para você fazer)
- O preconceito contra as mães no mercado de trabalho
- O baque do fim da licença-maternidade e a volta ao trabalho
- 150 coisas que aprendi em quatro anos de maternidade
Veja estes outros posts com seleções temáticas de filmes:
- Dicas de bons filmes escondidos em serviços de streaming
- Os melhores filmes nacionais, com resenhas e trailers
- Melhores e piores filmes de 2022, para adultos e crianças
- Consciência Negra: os melhores filmes sobre racismo e resistência
- 15 filmes sobre mulheres fortes ou inspiradoras
- Os 20 melhores filmes de AMOR que vi nos últimos anos
- Os melhores filmes e animações para assistir com os filhos desde pequenos
- Os melhores filmes para assistir no Dia dos Pais
➡ Quer reproduzir este ou outro conteúdo do meu blog em seu site? Tudo bem!, desde que cite a fonte (texto de Cristina Moreno de Castro, publicado no blog kikacastro.com.br) e coloque um link para o post original, combinado? Se quiser reproduzir o texto em algum livro didático ou outra publicação impressa, por favor, entre em contato para combinar.
➡ Quer receber os novos posts por email? É gratuito! Veja como é simples ASSINAR o blog! Saiba também como ANUNCIAR no blog e como CONTRIBUIR conosco! E, sempre que quiser, ENTRE EM CONTATO 😉
Descubra mais sobre blog da kikacastro
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.



