‘Dropz’, de Rita Lee: curtas viagens na maionese

Imagem na capa do livro de contos 'Dropz' é um autorretrato que Rita Lee pintou em 1997.
Imagem na capa do livro de contos 'Dropz' é um autorretrato que Rita Lee pintou em 1997.

De junho pra cá, não tenho tido sorte com a literatura: li seis livros em sete semanas, dos quais um muito bom (o clássico Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley), um bonzinho, da Agatha Christie, que li nas férias, e o restante oscilando entre médio e ruim.

É o caso deste “Dropz“, da musa Rita Lee.

Eu já li as duas autobiografias dela, muito boas – principalmente a primeira. Como gostei das duas, minha irmã Vivi me emprestou este livro de contos que saiu primeiro em 2017, mas voltou a ser muito vendido depois que a artista morreu (ganhou até box especial).

E a questão é que, enquanto escrevo este post, estou sofregamente na página 158 do livro, ainda sem saber se vou encarar as próximas (atualização: sim, cheguei até o fim).

Não é que a leitura seja exatamente difícil. Os contos são curtinhos, em sua maioria com duas páginas, e a linguagem da Rita, que já tinha me cativado nas autobiografias, continua soltinha, criativa e fluida.

A questão é que as histórias são, no geral, muito ruins. Umas viagens que a Rita teve, mas quase todas na maionese mesmo. Tipo o conto da MulherSofá, ou, sei lá, o do iPhone 4. Não sei, acho que poderia definir este livro como um apanhado de “abobrinhas”. Pequenas abobrinhas despretensiosas.

E acho até que a Rita, pelo que conheço dela em seus outros escritos, ia gostar dessa definição. Porque acho que ela quis escrever essas abobrinhas mesmo. E tudo bem, não é? Quem nunca? Aqui neste blog, com seus impressionantes 2.787 posts, não é difícil esbarrar em abobrinhas do tipo – é provável que sejam a maioria. Eu só não tive a coragem típica de Rita para transformá-las em livro e vender.

Então, é isso. Fica a dica para aqueles que têm o gosto literário parecido com o meu: não vale embarcar nesta viagem da Rita. Melhor entrar no Twitter dela, da época em que era super ativa naquele rede social, e ler de graça as abobrinhas ácidas ou espirituosas que ela escrevia por lá.

Pra compensar este post com uma “desrecomendação”, na sexta-feira vou trazer um post com dicas de livros de contos realmente ótimos, combinado? 😉

 

Capa do livro Dropz, de Rita Lee.“Dropz”
Rita Lee
Globo Livros
270 páginas
R$ 43,41 na Amazon (preço consultado na data do post; sujeito a alterações)

 

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Por Cristina Moreno de Castro (kikacastro)

Mineira de Beagá, escritora, jornalista (passagem por Folha de S.Paulo, g1, TV Globo, O Tempo etc), blogueira há mais de 20 anos, amante dos livros, cinéfila, blueseira, atleticana, politizada, otimista, aprendendo desde 2015 a ser a melhor mãe do mundo para o Luiz. Autora dos livros A Vaga é Sua (Publifolha, 2010) e (Con)vivências (edição de autor, 2025). Antirracista e antifascista.

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