Vale a pena ver no Amazon Prime Video: APRESENTANDO OS RICARDOS (Being the Ricardos)
Nota 7

Três atores que já têm estatuetas do Oscar na prateleira estão neste filme e concorrem, mais uma vez, por suas atuações. Nicole Kidman, que já foi indicada outras 4 vezes e levou em “As Horas”; Javier Bardem, que já foi indicado outras 3 vezes e ganhou em “Onde os Fracos Não Têm Vez”; e J.K. Simmons, que foi indicado uma única vez antes, pelo excelente “Whiplash“, do qual já saiu vencedor.
Estamos falando de três monstros da atuação, que seguram este filme muito mais que a direção ou o roteiro de Aaron Sorkin (tão melhor em “A Grande Jogada” e “Os 7 de Chicago“). Mais uma vez estamos diante de personagens reais, mas o roteiro desta vez me pareceu mais confuso, com muitos nomes que eu não conhecia e custei a me inteirar ao longo das duas horas de filme.
Seja como for, ficamos conhecendo melhor Lucille Ball, a atriz que cativou milhões de norte-americanos com seu programa de comédia “I Love Lucy”, que peitou grandes executivos da TV, e acabou “acusada” de ser comunista no auge da Guerra Fria, quando os estúdios de cinema eram alvo constante de buscas pelo FBI. Essa mulher nos é apresentada numa semana crucial de sua vida, mas a história é costurada com os anos anteriores, em que ela conhece seu marido Desi Arnaz, vive reviravoltas na carreira e consegue ganhar a CBS com seu próprio sitcom.

Mas a semana não era crucial pelo motivo que parece à primeira vista, e só vamos descobrir isso ao final do filme. Enquanto isso, vamos sendo conduzidos por uma personagem que, num primeiro momento, parece arrogante e antipática, e aos poucos vai se revelando admirável e corajosa.
Ela penou muito, mas acaba ali naquele ano de 1960 exatamente como descreve: “Eu sou paga uma fortuna para fazer exatamente o que eu amo fazer. Trabalho lado a lado com meu marido, que está genuinamente impressionado comigo”. Ainda assim, está infeliz e preocupada. Por quê? Por causa de uma palavrinha recorrente na história: lar.
E essa revelação é a parte pungente da trama, muito mais que a velha guerra fria, a velha perseguição aos comunistas, ou a velha disputa pelo estrelado em Hollywood.
O mérito maior é de Nicole Kidman, mais uma vez espetacular em sua atuação, em sua transformação em outra pessoa. A ponto de Lucie Arnaz, filha da Lucille Ball de verdade, ter escrito que a atriz “se tornou a alma de sua mãe”. E a alma de mais um filme.
Assista ao trailer legendado:
P.S. O nome do filme é bem ruim tanto no original em inglês quanto na tradução em português. Né?
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