
Eu não entendo nada de astronomia. Nem sequer participei da tradicional viagem do meu colégio para Milho Verde, distrito de Diamantina, onde os alunos se deitavam em cangas num gramado durante a noite e observavam o céu, recebendo informações preciosas do professor de Física. Não consigo identificar constelações e não é sempre que vejo Vênus.
Mas adoro admirar uma noite de céu estrelado, de preferência em uma dessas roças perdidas no mundo, com pouca iluminação artificial para atrapalhar a vista. Um dos meus programas favoritos, quando ia à Serra do Cipó, era deitar no chão e ver as estrelas. Não raro enxergo uma estrela cadente. E também não posso me esquecer da Lua: quando criança, uma das minhas maiores diversões era, assim que entrasse no carro, procurar pela lua e disparar: “Olha a lulua!”, apontando o dedo para ela, vitoriosa. Meus pais vibravam.
Por isso, espero ansiosa pela chegada do Natal deste ano, desde que soube que, nesse fim de 2013, poderei enxergar a olho nu, além das belas estrelas e da lua, um cometa descoberto pelos russos no ano passado e batizado de Ison (nome do observatório no Cáucaso). Diz a “Época” desta semana que ele terá magnitude de -13 — menor que a de uma lua cheia, que chega a -12,7. Explicam os entendidos que, quanto menor a magnitude, mais brilhante é o astro. Ou seja, esse cometa poderá ser mais brilhante do que a lua cheia! Além disso, será mais brilhante que o mais brilhante dos cometas que já passou perto da Terra, que atingiu magnitude -10 — e isso em 1965, vinte anos antes de eu nascer para poder admirá-lo. O Halley chegou só a -3,5.
Enfim, será um espetáculo digno de reis magos, e com previsão de durar dois meses para quem não tem luneta, como eu. Que venha o Natal!
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Leia mais informações e veja imagens dos maiores cometas (como o que ilustra este post) AQUI.
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