Terra Cinza (vulgo São Paulo): quando fugirei de ti?

Na revista sãopaulo de duas semanas atrás o músico Edgard Scandurra, fundador do Ira!, disse a seguinte pérola: “Viver em São Paulo é sempre planejar fugir.” Depois da letra sacadíssima de Sampa, do Caetano, esta foi a melhor definição que já vi na vida sobre a Terra Cinza. E olha que o cara é paulistano… Continuar lendo Terra Cinza (vulgo São Paulo): quando fugirei de ti?

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Ninguém nunca a entende naquela casa (e naquela rua)

Ontem eu estava voltando do jornal quando cruzei com um homem, sentado na calçada, ao lado de uma latinha de cerveja aberta, lendo em voz alta (bem alta) o que pareciam ser fundamentos de matemática avançada. Seu tom de voz tinha aquela afobação dos lunáticos, aquela pressa de quem tem muitos pensamentos complexos na cabeça… Continuar lendo Ninguém nunca a entende naquela casa (e naquela rua)

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De caos e enchentes

Quando começaram os primeiros trovões, ontem à noite, eu já estava sã e salva em casa. A chuva caiu de repente, por volta das 22h, e só me bastou fechar as duas janelas que estão sempre abertas (a terceira eu só deixo fechada), e continuar digitando aqui nesta mesma cadeira. Mesmo assim, foi possível perceber… Continuar lendo De caos e enchentes

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Choro

O céu de São Paulo derrete. Cai todo sobre nossas cabeças Qual lágrimas dos olhos dos pobres, que perdem tudo. Qual cera das velas dos crentes, que rezam mortos das enchentes. O céu derretido ocupa as ruas Carrega os carros Calibra os rios Desaba as casas Enfada os ricos com as notícias repetidas as estatísticas,… Continuar lendo Choro

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