Vale a pena assistir: Elio
2025 | 1h38 de duração | Classificação: Livre | nota 9
Elio deveria ter sido lançado no ano passado, mas só foi parar nos cinemas em junho deste ano, esmagado entre as divulgações fortíssimas dos live-actions de Lilo & Stitch, Como Treinar Seu Dragão e Quarteto Fantástico.
Em 2023, quando o primeiro trailer do filme foi divulgado (e eu lembro de ter visto esse trailer), Elio era um garotinho com medo de ser abduzido, filho de uma major, que acabou se aproximando de um dos embaixadores da comunidade intergaláctica, o Lorde Grigon.
Agora, depois que o diretor que estava à frente (o mesmo de Viva: a Vida é uma Festa) saiu do projeto, e houve uma greve de roteiristas de Hollywood por meses, e Pete Docter pediu mudanças na história, bem, o filme mudou completamente: Elio passou a torcer para ser abduzido, sua mãe morreu e a tia é que virou a major, e Lorde Grigon se tornou o vilão da história.
Talvez isso tudo explique por que o filme atrasou tanto para chegar até nós, não é mesmo? 😉 Comparem o trailer divulgado em 2023 com o que saiu agora em 2025:
Fiquei com vontade de ver o filme que estava quase pronto em 2023? Fiquei, claro. Até porque eu tinha amado “Viva: a Vida é uma Festa”, então aposto que seria tão lindo e emocionante quanto. Mas a verdade é que este filme que nos foi entregue, com atraso e praticamente sem nenhum marketing, e que está rendendo uma das bilheterias mais baixas da história da Pixar, é, também, MUITO BOM.
Ele trata de temas universais, como a amizade, a família, a solidão e a tolerância, e temas também universais, como o espaço sideral, a vida na Terra e em outros planetas, a tentativa dos terráqueos de explorarem o mundo em outras galáxias e se comunicarem com esse mundo.
Li em algum lugar que é um filme pouco original, cheio de déjà vus. Pode ser, mas prefiro ver isso como uma homenagem a clássicos do gênero da ficção científica, com muita aventura, um pouquinho até de terror típico do filão, e um agradecimento explícito aos que vieram antes, e nos emocionaram também.
Achei comovente não só a história pessoal de mais uma criança órfã e solitária, como tantas que nos tocam na ficção desde que o mundo é mundo, mas também outros momentos do filme, como quando gente do mundo inteiro se une para ajudar o protagonista em sua cruzada pelo espaço, usando uma tecnologia do início do século 20 (o rádio-amador).
A própria carga de nostalgia desse filme é coisa bonita de se ver, talvez muito devida ao fato de que o diretor original tenha colocado sua história pessoal na história de Elio, dando mais autenticidade a ela.
Enfim, pelo fracasso das bilheterias, acredito que este filme logo já esteja fora dos cinemas, infelizmente. Mas, quando chegar à Disney+, não deixem de assistir. Vocês também vão querer ser abduzidos, no fim das contas ❤
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