Mais um post vindo do meu LinkedIn para o blog:
***
Alguém ainda quer ser influencer?
Li ontem mais um dos textos maravilhosos da Daniela Arrais, na newsletter da Contente, que me fez pensar na pergunta acima. Ela começa cravando: “Eu não sou uma influenciadora – nem quero ser vista como uma.”
Um trecho:
“No fim do dia, quando falamos de influenciadores, qual tipo tem mais destaque? O que sai no jornal é a influenciadora presa, o outro que vendia produtos adulterados. O que fica na boca do povo quando esse termo é usado é que tipo de gente? Para quem não faz parte desse universo, influencer podemos ser eu, você e também quem faz seus seguidores apostarem o que não têm naquilo que nunca vão ganhar.
Então, ou a gente muda o nome da categoria em que eles são colocados, ou a gente sai dessa mesma categoria. Poderíamos falar criminosos, pilantras, aproveitadores. Enquanto não dá, bora olhar para quem faz das redes sociais plataformas para as suas criações de outra coisa. (…)
Influencio pessoas? Tomara que sim! Afinal, quem escreve quer ser lido. Quem usa a internet, quer ter alcance. Se algo que eu escrevi ou falei influencia de alguma forma, aí sim eu fico feliz. É isso que me move, é o que me faz acreditar que a internet é um espaço incrível, que gera trocas importantes, conexões que nos preenchem, que amplia nossa visão de mundo.
Mas, ainda mais numas semanas como essa, dispenso a alcunha influenciadora. Não dá pra ficar no mesmo balaio.
Então bora imaginar novas possibilidades, fortalecer esse grupo imenso de gente boa que faz da internet um espaço saudável, criativo, propositivo, que contribui para a saúde mental de mais gente? Gente que tem o que dizer, gente que tem valores e ética, gente que tem responsabilidade. Infelizmente, esse grupo nunca vai ter os milhões de seguidores que os trambiqueiros tem. Mas a gente resiste.”
Aqui nesta rede social [LinkedIn], em que 99% das pessoas do meu círculo são jornalistas, é comum eu ver alguns se apresentando como influenciadores.
Concordo com a Dani (na verdade, sou fã dela e quase sempre concordo com ela, rs) que o que a gente, que lança textos no mar da internet, quer é ser lido. Quando postamos algo, queremos, sim, que ele alcance outros cérebros e corações por aí. E influenciar os outros nem sempre é algo ruim. Aliás, fico numa alegria danada quando uma amiga diz que assistiu a um filme depois de ler a resenha no meu blog 😍.
Mas daí a abraçar o rótulo de “influencer”, ao lado dessa turma que enriquece às custas de canalhice, fake news ou do vício alheio, eu dispenso. Não deveríamos todos?
Amig@s jornalistas: palavras importam – sabemos disso melhor do que ninguém. Nomes, rótulos, alcunhas. Cuidado com aquelas que vocês pregam em suas etiquetas 😉
****
Gostou do post? Então vai gostar destes também:
- Precisamos falar sobre vaidade
- 10 pessoas tóxicas no ambiente de trabalho (e mais um bônus)
- 10 tipos de fadas madrinhas no ambiente de trabalho
- WhatsApp entre colegas de trabalho: guia de boas maneiras
- Grupos de WhatsApp: 10 dicas de BOM SENSO para seus participantes
- Precisamos falar sobre a falsa urgência no trabalho
- Pessoas em cargos de liderança estão EXAUSTAS (ainda mais no jornalismo)
- Reflexões sobre trabalho, burnout e a importância do DESCANSO
- 1 ano após pedir demissão: como mudei minha vida
- Reflexões sobre a satisfação no trabalho
- O jornalismo mudou. Para melhor ou pior?
- As dicas de 37 grandes jornalistas para quem está começando na profissão
➡ Quer reproduzir este ou outro conteúdo do meu blog em seu site? Tudo bem!, desde que cite a fonte (texto de Cristina Moreno de Castro, publicado no blog kikacastro.com.br) e coloque um link para o post original, combinado? Se quiser reproduzir o texto em algum livro didático ou outra publicação impressa, por favor, entre em contato para combinar.
➡ Quer receber os novos posts por email? É gratuito! Veja como é simples ASSINAR o blog! Saiba também como ANUNCIAR no blog e como CONTRIBUIR conosco! E, sempre que quiser, ENTRE EM CONTATO 😉
Descubra mais sobre blog da kikacastro
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.


