A história de duas sibipirunas derrubadas em Belo Horizonte

Segunda sibipiruna foi cortada no início da tarde de 14.12.2023. Em apenas 17 minutos, os funcionários da prefeitura de BH já tiraram tudo isso entre uma foto e outra. Fotos: blog da kikacastro
Segunda sibipiruna foi cortada no início da tarde de 14.12.2023. Em apenas 17 minutos, os funcionários da prefeitura de BH já tiraram tudo isso entre uma foto e outra. Fotos: blog da kikacastro

Duas sibipirunas com décadas de vida, saudáveis e sem risco de queda, foram derrubadas pela prefeitura de BH, nos dias 12 e 14 de dezembro, por causa de largura de calçada e de ‘pedidos’ de dois moradores. Leia esta saga ecológica local em tempos de onda de calor mundial.

  • Texto atualizado às 17h40

Em pleno aniversário de Belo Horizonte, os moradores da minha rua ganharam um presente às avessas: caminhões e operários munidos de serras elétricas apareceram para cortar – derrubar, matar – os dois exemplares de árvores mais lindos e frondosos do quarteirão.

Foi como presenciar o assassinato de uma velha amiga – uma sibipiruna alta, forte, aparentemente saudável, com seus mais de 40 anos de idade e uns 15 metros de altura. Chorei ao ver o funcionário da Prefeitura de Belo Horizonte, devidamente uniformizado, derrubando os troncos com estrondo no chão: BUM!

Si-bi-pi-ru-na. Esta palavrona difícil, que nomeia uma linda árvore nativa do Brasil, foi aprendida pelo meu filho Luiz quando ele tinha só uns 2 aninhos de idade. Foi quando ele conheceu mais de perto uma das duas amigas agora derrubadas: afinal, bastava abrir a janela de casa para vermos ela de pertinho, um verdadeiro ecossistema, com mil passarinhos, insetos e outras plantas vivendo em simbiose com aquela senhora árvore.

O vídeo abaixo, de 11 meses atrás, não me deixa mentir:

Ao ver sua derrubada, lembrei imediatamente da pessoa-árvore H.s., cuja história foi contada pelo portal Sumaúma. Como escreveram lá, se pudéssemos calcular quantas vidas dependem de uma única árvore “chegaríamos a uma conta perto de milhares, sem adicionar os bilhões de micro-organismos que vivem por seu tronco, folhas, galhos, flores e raízes“.

No meio daquela tarde de 12 de dezembro, caiu uma chuva violenta na cidade, que afastou as serras elétricas e interrompeu o corte das árvores. Uma daquelas chuvas intensas e loucas que aparecem agora, sabem?, assim como as famigeradas “ondas de calor“, decorrentes da intervenção dos homens na natureza – aí incluindo o corte desenfreado de árvores.

Restou um esqueleto de sibipiruna. Sombrio, como árvore de filme de terror. E a outra ainda de pé, nos deixando com medo e ainda à espera de os homens-da-serra-elétrica da prefeitura decidirem voltar para concluir a supressão.

O que restou de uma das sibipirunas, no fim da tarde de 12 de dezembro de 2023. Foto: blog da kikacastro
O que restou de uma das sibipirunas, no fim da tarde de 12 de dezembro de 2023. Foto: blog da kikacastro

A volta dos homens da motosserra da PBH

Escrevi este post originalmente na noite de 13 de dezembro, quando ainda havia o esqueleto da primeira sibipiruna e a segunda estava completamente de pé. Ao longo desta quinta-feira, 14 de dezembro, ocorreram as seguintes atualizações, que fui colocando aqui quase em tempo real:

Atualização às 10h: Os funcionários da prefeitura de Belo Horizonte já voltaram para acabar de cortar a primeira sibipiruna 😦

Funcionários da PBH tinha cortado sibipiruna de mais de 40 anos no dia 12 de dezembro e voltaram no dia 14 para finalizar trabalho, já que tronco dela é imenso e forte como ferro. Foto: blog da kikacastro
Funcionários da PBH tinha cortado sibipiruna de mais de 40 anos no dia 12 de dezembro e voltaram no dia 14 para finalizar trabalho, interrompido pela chuva; o tronco dela é imenso e forte como ferro. Foto: blog da kikacastro

Atualização às 14h30: Agora estão trucidando a segunda sibipiruna também 😦

Atualização às 15h40: Acabou. Já era. Que venha a próxima onda de calor nesta nova Beagá, ex-cidade-jardim.

Antes e depois do corte de uma árvore histórica em BH.
Antes e depois do corte de uma árvore histórica em BH. Foto: blog da kikacastro

Os cotocos de sibipirunas no fim do dia:

Assim ficou a primeira sibipiruna cortada. Foto: blog da kikacastro
Assim ficou a primeira sibipiruna cortada. Foto: blog da kikacastro
Assim ficou a segunda sibipiruna cortada. Foto: blog da kikacastro
Assim ficou a segunda sibipiruna cortada. Foto: blog da kikacastro

Vizinhos lamentam corte de árvores (uns comemoram)

Vi vizinhos chorando enquanto observavam o corte de terça-feira, assim como eu. “Moro aqui há 40 anos, e essas árvores já existiam”, contou uma. “Eu moro há 4 dias e me mudei por causa delas, agora penso em ir embora”, lamentou outra.

No dia seguinte, descobri que mais vizinhos tinham ficado tristes ou indignados com a decisão da prefeitura. Registraram denúncias, procuraram a imprensa.

No fundo, uma das sibipirunas ainda intacta. Na frente, o esqueleto da outra árvore, já cortada. Foto: blog da kikacastro
No fundo, uma das sibipirunas ainda intacta. Na frente, o esqueleto da outra árvore, já cortada. Foto: blog da kikacastro

Por outro lado, como tudo no Brasil, descobri que há polarização também quando o assunto são as árvores da rua. “Essas árvores são um perigo”, “vão derrubar o muro do prédio”, “estão cheias de cupim” – ouvi isso tudo também.

Mesmo que a prefeitura tivesse motivos (veja mais abaixo as razões alegadas) para resolver suprimir dois exemplares belíssimos de árvores nativas, errou ao não informar esses critérios para os moradores que tanto amam essas árvores, cujos filhos aprenderam a falar seu nome quando ainda eram bebês. Moradores que têm histórias com elas, que abrem as janelas e as observam dia após dia, e que não querem sofrer ainda mais com o microclima de deserto do Saara.

É só chegar com uma motosserra e sair cortando tudo, sem dar satisfação a ninguém? Será que a prefeitura não poderia notificar os moradores de uma rua, de alguma forma, para explicar o que está acontecendo? (Vale lembrar que, quando algum morador resolve cortar uma árvore, precisa antes dar mil justificativas à administração municipal – com razão).

E será que não havia nenhuma solução alternativa?

Sibipiruna já bastante cortada, por volta de meio-dia do dia 12 de dezembro. Foto: blog da kikacastro

Sibipiruna já bastante cortada, por volta de meio-dia do dia 12 de dezembro. Foto: blog da kikacastro
Sibipiruna já bastante cortada, por volta de meio-dia do dia 12 de dezembro. Foto: blog da kikacastro
Sibipiruna tem mais de 40 anos. Foto: blog da kikacastro
Sibipiruna que foi cortada no dia 14, em foto dois dias antes. Ela tem mais de 40 anos e uns 16 metros de altura. Leva-se pelo menos dois anos para esta árvore atingir apenas 3 metros. Foto: blog da kikacastro

Sibipirunas fortalecem campanha de coletivo por mais árvores

Uma coisa é certa: nenhum morador poderá solicitar o plantio de outras árvores no lugar destas duas, de décadas de vida. O motivo foi explicado pelo ambientalista César Pedrosa, coordenador do coletivo Bora Plantar BH, em sua página no Instagram: as calçadas desta rua são muito estreitas.

O Bora Plantar até decidiu fortalecer uma campanha pela implantação de plantio de árvores direto nas ruas, o que preservaria as calçadas livres e proporcionaria mais verde na cidade, mesmo em bairros onde os espaços são mais estreitos.

As sibipirunas ameaçadas agora derrubadas ajudaram a lançar esta rua como referência para a campanha:

Coletivo Bora Plantar BH propõe solução para mais árvores na cidade, inclusive em ruas com calçadas estreitas
Coletivo Bora Plantar BH propõe solução para mais árvores na cidade, inclusive em ruas com calçadas estreitas. Imagens: reprodução dos stories em 13/12/2023

Prefeitura de BH confirma que não havia risco de queda das árvores

Diante da falta de esclarecimentos da prefeitura sobre o corte das sibipirunas históricas do nosso bairro, resolvi escrever este post. E procurei a prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA), em busca de informações.

Às 14h de quarta-feira (13), fiz os questionamentos abaixo. As respostas chegaram apenas às 16h26 desta quinta (14), quando as duas árvores já estavam no chão:

1. Qual a justificativa técnica para a supressão dessas duas sibipirunas (árvores nativas), de pelo menos 40 anos de idade?

A PBH respondeu que a justificativa foi apenas o tamanho da calçada. Pasmem comigo: “Em vistoria realizada por técnico da Gerência Regional de Manutenção Centro-Sul, as árvores são de grande porte, presentes em calçada estreita, incompatível com o espaço necessário ao seu desenvolvimento. As árvores ocupam, cada uma, mais de 70% da calçada, que possui largura inferior a 1 metro, com o sistema radicular danificando a calçada e parte da estrutura do imovel lindeiro (muro da edificação). Na situação existente, não há possibilidade de realização de secção de raízes devido à proximidade do colo do tronco. Logo, em virtude do relato apresentado, o manejo indicado foi o de supressão das árvores. O parecer elaborado foi encaminhado à Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA) para análise, que deferiu o manejo recomendado no parecer.”

2. Existe algum laudo atestando que elas correm risco de queda, por exemplo? Ou a PBH está atendendo a pedido de algum morador?

Vejam a resposta: “O parecer elaborado informa que, em análise visual no momento da vistoria, as árvores não apresentavam risco de queda. A vistoria foi motivada por duas solicitações abertas no BH Digital de nos. 31.00441321/2022-59 e 31.00857118/2023-26.”

3. Por que a supressão foi interrompida? Ela ainda será finalizada? A segunda árvore, que segue de pé, também será cortada?

Infelizmente, eu já sabia a resposta para minhas perguntas quando o email da secretaria chegou: “A supressão não foi concluída em virtude da quantidade de resíduos gerados, recolhidos no mesmo dia. Sim, a supressão será concluída. Sim, a segunda árvore também tem indicado como manejo a supressão.” As duas já estavam cortadas a esta hora 😦

4. A PBH não deveria notificar ou esclarecer aos moradores do entorno de uma árvore sobre os motivos para ela ser cortada?

Resposta: “A PBH sempre que acionada ou solicitada esclarece aos moradores. Neste caso, o munícipe que fez a solicitação recebeu a informação.” Infelizmente a prefeitura não se preocupou em informar a todas as centenas de pessoas que moram ao redor dessas duas árvores e convivem com elas diariamente. Só recebi a resposta porque acionei a secretaria, por meio de sua assessoria de imprensa.

5. Ainda que a PBH tivesse uma justificativa técnica para a supressão dessas sibipirunas, não haveria outra solução possível, que mantivesse as árvores?

A secretaria não me respondeu sobre isso especificamente. Para mim, fica claro que a melhor solução era simplesmente ampliar a calçada. Sobre a sugestão do Bora Plantar, disse que o atual Código de Posturas (Lei 8616/2003, art. 21) já permite o plantio fora das calçadas, direto nas ruas. Mas que está elaborando um Decreto de Arborização, que dispõe sobre os procedimentos para manejo da arborização urbana.

6. Recebi denúncias de vários movimentos de arborização da cidade apontando que a atual gestão tem feito supressões indiscriminadas de árvores. Diante disso, gostaria de questionar quantas árvores foram cortadas pela própria PBH neste ano de 2023, quais os motivos para as supressões, e quantas foram plantadas no mesmo período.

A secretaria não informou a quantidade de árvores cortadas, como pedi. Segundo a CBN, “somente neste ano foram realizadas mais de 620 supressões de árvores por mês”. Ou seja, cerca de 7 mil árvores cortadas em 2023! Sobre isso, a PBH disse apenas que “cortes são fundamentados por decisões técnicas”. E que, do início do ano até a primeira semana de dezembro, foram plantadas cerca de 12.300 árvores na cidade.

Funcionário da prefeitura de Belo Horizonte cortando sibipiruna
Funcionário da prefeitura de Belo Horizonte cortando sibipiruna. Foto: blog da kikacastro

Sibipirunas: as preferidas na arborização urbana e as mais comuns em BH

Peço licença ao renomado Harri Lorenzi, engenheiro agrônomo e botânico brasileiro, para compartilhar as informações do seu livro “Árvores Brasileiras” (volume 1, oitava edição, página 131) sobre esta bela árvore que é a sibipiruna (Caesalpinia pluviosa).

Para começar, é uma árvore nativa do Brasil, que ocorre naturalmente em lugares como o Sul da Bahia e o Pantanal mato-grossense. Sua copa ornamental, que chega a seis metros de diâmetro, também fez com que se tornasse uma das mais cultivadas na arborização de ruas das cidades do Sudeste do país, como Belo Horizonte.

Sibipiruna lindíssima que fotografei em Juatuba (MG) e postei no @arvoresdascidades.
Sibipiruna lindíssima que fotografei em Juatuba (MG) em setembro de 2023 e postei no @arvoresdascidades.

Recebe outros nomes populares, como pau-brasil, sebipira e coração-de-negro.

Chega a 16 metros de altura, e seu tronco pode ter 40 cm de diâmetro, com folhas longas, de até 25 cm de comprimento, e flores amarelas, que nos encantam do final de agosto até meados de novembro. Os frutos amadurecem de julho a setembro. Um quilo de sementes contém cerca de 2.850 unidades.

Sua madeira pode ser usada na construção civil, em caibros e ripas, para a estrutura de móveis, além de lenha e carvão.

Sibipiruna lindíssima que fotografei em Juatuba (MG) em setembro de 2023 e postei no @arvoresdascidades.
Sibipiruna lindíssima que fotografei em Juatuba (MG) em setembro de 2023 e postei no @arvoresdascidades.

Publiquei aqui no blog, há pouco mais de sete anos, sobre a alegria que era chegar em casa e ver as duas velhas amigas, e poder admirar suas copas frondosas. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente tinha finalizado havia pouco tempo seu inventário de árvores, e descoberto que as sibipirunas eram a espécie mais comum de Belo Horizonte, com 18.946 representantes catalogados.

Quantas terão restado desde então, servindo de abrigo a passarinhos, insetos e micro-organismos? ❤ Quantas já não foram derrubadas, virando apenas saudade, lenha ou carvão…? 😦

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Por Cristina Moreno de Castro (kikacastro)

Mineira de Beagá, jornalista (passagem por Folha de S.Paulo, g1 e TV Globo, UOL, O Tempo etc), blogueira há 20 anos, amante dos livros, poeta, cinéfila, blueseira, atleticana, politizada, otimista, aprendendo desde 2015 a ser a melhor mãe do mundo para o Luiz. Antirracista e antifascista.

8 comentários

  1. Esse longo post pode ser interpretado de várias formas. Um pedido de socorro, um desabafo, uma manifestação de cidadania, o amor à natureza e muitas outras à escolha de cada um. Eu fico com todas.

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  2. Morreu na tarde de hoje a segunda sibipiruna que a Cris tentou salvar. Sem que a PBH se dignasse a responder aos questionamentos dela. Não houve também protestos de moradores. É o silêncio dos cemitérios.

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  3. Se o problema é o tamanho da calçada e da árvore, bairros mais antigos, como o Santo Antônio, estão condenados a perder a maioria de suas árvores. Um exemplo: A rua em frente à Escola Municipal que funciona no antigo prédio da Fafich (Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG) que ocupa um quarteirão inteiro, tem uma dessas calçadas. Dez árvores ali estão arrebentando trechos das calçadas estreitas. Outras não demoram a fazer o mesmo. E são árvores novas, plantadas quando o jornalista Iran Firmino era Secretário Municipal do Meio Ambiente. Se fosse na gestão dele, haveria outra solução para o problema, tenho certeza. Ele salvou centenas de árvores com troncos parcialmente carcomidos, com veneno contra os insetos e reforço de cimento e tijolos para fechar os ocos. A solução para essas árvores é simples: aumentar a largura da calçada, realocando a mureta situada no terreno da prefeitura.

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  4. Para ficar registrado, deixo aqui uma segunda nota que foi enviada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, detalhando o teor do laudo que pediu o corte das árvores. Essa nota reforça o que foi dito para mim no primeiro email: que as árvores estavam SAUDÁVEIS, com boas condições fitossanitárias, e que a razão para o corte foi apenas o tamanho da calçada (que poderia ter sido alargada, né?):

    “Segue parecer do laudo que está disponível para o solicitante da demanda:

    No momento da vistoria foi constatada 02 (duas) SIBIPIRUNAS de grande porte, expressivas e em boas condições fitossanitárias. As árvores apresentam boa estrutura e possuem copas equilibradas com galhos projetados para o imóvel. Foi observado que devido ao crescimento natural das árvores, hoje o tronco atingiu dimensões que dificultam a passagem no local. Foi observado também que suas raízes causaram danos à calçada. As árvores estão estabelecidas em calçada com largura de menor que 1,0m. Devido ao local onde estão estabelecidas, não é possível a reforma da calçada sem secção de raiz e nesta situação não é recomendada a secção de raiz devido à proximidade do colo do tronco.
    Diante do exposto acima recomendo a supressão das 02 (duas) SIBIPIRUNAS uma vez que não é possível a reforma da calçada sem realizar a seção de raiz. Por se tratar de 02 árvores expressivas encaminho este parecer à Secretaria de Meio Ambiente para avaliação.”

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