‘Soul’: um manual para descobrimos o melhor da nossa vida
Vale a pena assistir: SOUL
Nota 9
Esta é uma daquelas animações que entram no rol de filmes para adultos, com reflexões muito profundas para que os pequenos captem tudinho o que é dito ali. Assim como “Divertida Mente” e, em parte, “Up: Altas Aventuras” (embora este último tenha alguns elementos mais infantis, como os cachorros que falam e o supervilão malvado).
A propósito, esses dois filmes foram dirigidos e escritos pelo mesmo Pete Docter que agora dirigiu e escreveu “Soul”. E que levou um Oscar nos outros dois filmes e concorre de novo agora. (E provavelmente vai ganhar de novo.)
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Mas, como eu ia dizendo, esta animação não tem nada de infantil. Embora, é claro, as crianças também sejam capazes de se encantar com parte das mensagens que são passadas ali. É mais ou menos como acontece também com “Coco“, que também é da Pixar e também trata da morte, mas de um jeito diferente.
Naquele filme, a temática principal era a memória dos que já morreram, o elo poderoso entre os que vivem e os que já se foram. Agora, é muito mais sobre os verdadeiros propósitos da vida, sobre o que veremos quando tivermos ido para o além (o beleléu, o paraíso, tivermos virado estrela, batido as botas, pendurado o paletó, ido para o brejo). Que vida teremos vivido? Teremos orgulho dela? Teremos sabido aproveitá-la? Teremos nos dado conta das principais experiências, das que realmente valeram a pena?
Enfim, desta vez, a Pixar não foca tanto na morte, mas realmente na vida. (Dava até pra ter chamado este filme de “Viva: A vida é uma festa”, acho que faria mais sentido do que fazer isso com “Coco”…) No que nos move enquanto estamos neste planeta Terra. A parte religiosa/mística/cósmica da reflexão é só um detalhe. O que é poderoso mesmo na mensagem deste filme é a parte terrena.
Pra agradar ainda mais aos nossos sentidos, o protagonista é um músico de jazz. (Aliás, o primeiro protagonista negro da história da Pixar.) E o filme é repleto de boa música! Não é à toa que concorre ao Oscar não só como melhor animação, mas também como melhor som e melhor trilha sonora. Pena terem deixado o roteiro de Pete Docter de fora desta vez.
Caros amigos perdidos na vida, amigos deprimidos, amigos que ficam o tempo todo “viajando” e que não se conectam mais com a realidade. Caros amigos que estão exasperados com esta pandemia (todos nós?) e que não veem mais sentido nessas rotinas excruciantes que ela nos inflige. Caros amigos “bem-sucedidos” que na verdade são tão bitolados com o trabalho que nem percebem mais nada ao redor. Caros amigos que estão tão focados em um propósito impossível de vida que não conseguem curtir nada mais. Façam um favor a si mesmos e vejam este filme.
Assista ao trailer:
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Cristina Moreno de Castro Ver tudo
Mineira de Beagá, jornalista, blogueira, poeta, blueseira, atleticana, otimista, aprendendo a ser mãe. Redes: www.facebook.com/blogdakikacastro, twitter.com/kikacastro www.goodreads.com/kikacastro. Mais blog: http://www.otempo.com.br/blogs/19.180341 e http://www.brasilpost.com.br/cristina-moreno-de-castro
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