Todo dia eu passava na porta da Cum Panio Atelier de Pães, na rua do Ouro (ficava perto do prédio onde eu morava no ano passado), no bairro Serra, e achava que era um lugar que estava sendo reformado ou ajeitado para abrir em breve. Isso porque eu nunca via a simpática casa com as portas abertas.
Um belo dia, lá estava. Entrei, já de cara maravilhada com o cheiro saboroso de pão quentinho e com o visual das baguetes, brioches e bocas dispostos em “prateleiras”.
Um simpático rapaz (todos lá são jovens e sorridentes) uniformizado me perguntou se eu conhecia o lugar. Não conheço. E daí ele começou a me apresentar cada pão, como se fosse um tour por iguarias únicas:
“Este tem azeitonas, a massa é feita assim, aquele tem três tipos de chocolate, castanha X, a massa é assado…”, e assim por diante.
Curiosa, perguntei: “Vocês abriram agora?”
Ele riu, meio irônico: “Estamos aqui há dez anos.”
E foi assim que descobri a já “tradicional” Cum Panio, que só existe ali na rua do Ouro e está sempre cheia. Percebi mais tarde por que demorei a ver o lugar aberto: os horários de funcionamento são um pouco atípicos — de terça a sexta, das 11h às 19h30, e aos sábados de 11h às 14h; não abre nem domingo, nem segunda, nem em feriados. Além disso, há uma garagem para até três vagas e a porta fica sempre fechada: a pessoa tem que tocar a campainha para entrar, como se fosse na casa de alguém mesmo.
Mas vamos falar do que interessa: os pães. Não, você não vai encontrar o pão a preço de um pãozinho de sal da padaria da esquina. Eles custam na faixa dos R$ 10, R$ 14 cada (embora também tenha mais baratos, de até R$ 4, menores, como as olivinhas, e outros que chegam a R$ 20). Mas tampouco têm o mesmo tamanho, consistência ou sabor de qualquer outro pão que você já tenha comido. São grandes (alguns o suficiente para servir numa reunião cheia de amigos, por exemplo), têm a massa densa e farta (mais que a de um panetone, para se ter uma comparação) e os sabores são uma combinação mágica de castanhas, tomate seco, queijos, ervas, chocolates, azeites e azeitonas, que a equipe de “artesãos de pães” descobre em viagens pelo mundo.
Ou seja, não dá pra dizer que é caro, porque é um prato único, melhor do que se você estivesse comprando um bolo ou um panetone. Meu Natal não foi o mesmo no ano passado: substituí o chocotone, de que nunca gostei, por um pão chamado chocki, que tem pedaços de chocolate branco, ao leite e amargo, cada um do tamanho de uma borracha escolar. Você põe um pouquinho no forno pra eles derreterem e, hummmm…
Eu recomendo com força. Pode comprar pra servir para suas visitas, pra levar para a casa de um amigo na hora da festa, pra adoçar o domingo de Páscoa ou o Natal ou até num dia comum em que você quiser se dar ao pequeno luxo de comer o melhor pão da sua vida.
Serviço:
- Cum Panio (do latim “com quem se compartilha o pão”)
- Rua do Ouro, 292, Serra, BH
- Funcionamento: terça a sexta de 11h às 19h30; sábados de 11h às 14h
- Telefone: 3225-5246 (eles aceitam fazer encomendas por telefone)
- Site: http://cumpanio.co
- Facebook: https://www.facebook.com/atelier.cumpanio
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Amei a dica Kika, Muito obrigada. Eu amo pães tanto fazer, quanto comer um pãozinho fresco e, melhor ainda os que são preparados com o fermento natural é de dar água na boca só de pensar! http://mariamestrecuca.wordpress.com/ Abs, Maria Sônia.
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nham, seu blog me deu água na boca! 😀
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Que legal que você gostou Cristina. Seja bem vinda e obrigada pelo comentário. Abs, Maria Sônia.
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😉
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Só de olhar o pão já dá agua na boca rsrs
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