Meu hino (secreto) ao mar

Domingo entrei no mar quatro vezes e na última delas cantei meu hino ao oceano, que é um ritual de despedida que tenho com ele, e só ele conhecia até agora 😉

[Sou uma criadora-mor de rituais, um dia vou postar sobre isso]

Foi composto por mim quando eu tinha nove anos de idade, numa vez que chegamos mais cedo a Mucuri, antes de o sol se pôr, e a tempo de eu mergulhar no mar no mesmo dia, na praia deserta.

Hoje fã de rock, blues e jazz, não tenho vergonha de revelar: o ritmo que escolhi na época (auge de Daniela Mercury e Olodum) foi o axé. Bem apropriado para a cidade, né?

Eis a única música que compus até hoje:

“Eu deixo provar um pouco
Eu deixo provar um teco
Eu deixo provar um pouquinho do mar (repete estrofe)
O mar é meu
Eu amo o mar
O mar é meu e eu amo todo o mar (repete estrofe)
Na praia deserta
Só eu dentro d’água
Eu comprei o mar com a moeda do mundo (repete estrofe)
(Repete as duas primeiras estrofes)
O sol é meu
As águas também
Areia de sobra e coco também tem (repete estrofe)
(Repete as duas primeiras estrofes)

Cá pra nós: pra uma menina de nove anos, tá até bom, né? Melhor que muito axé que fui obrigada a ouvir desde então 😀

(O mar adora minha homenagem a ele e retribui me mantendo viva apesar de eu ir nadar lá no fundão. Mas ele dá caldo em quem canta meu hino sem autorização e com o ritmo errado, então cuidado!)


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Por Cristina Moreno de Castro (kikacastro)

Mineira de Beagá, escritora, jornalista (passagem por Folha de S.Paulo, g1, TV Globo, O Tempo etc), blogueira há mais de 20 anos, amante dos livros, cinéfila, blueseira, atleticana, politizada, otimista, aprendendo desde 2015 a ser a melhor mãe do mundo para o Luiz. Autora dos livros A Vaga é Sua (Publifolha, 2010) e (Con)vivências (edição de autor, 2025). Antirracista e antifascista.

8 comments

  1. Cris, a sua axé music realmente é bem melhor do que ouvimos por aqui todos os dias – e tô na capital, no berço da axémiuziq. É para homenagear o mar, tá joia.

    Mas se fosse para subir no trio elétrico (qua qua qua) faltam alguns elementos imprescindíveis na letra:

    – menção à Salvador: como a cidade é linda, capital da alegria, da festa, do melhor carnaval do mundo ( obrigatório)
    – a frase “sai du chão, sai du chão” repetida umas 30 vezes 😀
    – êêêêêêê êêêêêê
    – ôôôôôôô ôôôôôô
    – homenagear algum parceiro, tipo Bel, Jau, Brown, Dani – mas atenção, só nomes curtos, tipo Gal, Gil, Caê, Ju, Vi, Tinho, etc.

    😀

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