‘Compramos um zoológico’: o que fazemos com nossos desafios

Não deixe de ver no Disney+: Compramos um Zoológico (We Bought a Zoo)
2011 | 2h04 de duração | Classificação: Livre | nota 9

Assistimos a este filme ainda em 2020, no auge da pandemia da Covid-19, quando estávamos todos sensíveis e temerosos, presos dentro de casa. (Bom, eu não parei de trabalhar presencialmente nem naquela época, mas, fora isso, o resto do tempo era em casa, com o marido e o Luiz, que tinha ainda 4 aninhos. Não víamos nem os avós, primos, tios. Enfim, aquele pesadelo antes da vacinação, de que todos vocês se lembram bem.)

O filme nos tocou bastante, pela forma delicada de tratar de assuntos universais, como o relacionamento entre as famílias, a criação dos filhos e o luto. Mas também por vermos como aquela família conseguia superar uma perda terrível e outros obstáculos difíceis, e ainda salvar um zoológico abandonado, com mais de 200 animais – que, do contrário, seriam mortos.

Pareceu animador ver a força de vontade dos outros, além da transformação mágica que as pequenas conquistas proporcionaram, diante do cenário de incerteza que vivíamos, de um obstáculo em nível global, com um vírus que já estava matando muita gente.

Terminamos de ver esse filme mais leves, depois de rir e chorar um bocado.

Revimos “Compramos um zoológico” mais uma ou duas vezes ainda naquela época, com o Luiz pequetito. E agora, com ele perto dos 8 anos de idade, resolvemos ver de novo no último fim de semana.

Já não estamos vivendo uma pandemia maluca, mas os dramas da vida, ali retratados, continuam valendo. Continuam emocionando e tocando fundo na gente.

Não senti a mesma sensibilidade que quando vimos na primeira vez (talvez eu tivesse dado uma nota 7 ou 8, não fosse pela memória afetiva), mas ainda foi um experiência gostosa assistir a este filme em família. E inspiradora.

A história real de ‘Compramos um Zoológico’

Acho que uma das coisas mais legais desse filme é ele ser inspirado em uma história real, contada pelo jornalista Benjamin Mee de carne e osso, que escreveu o livro best-seller com o mesmo nome do filme. É muito incrível saber que uma família realmente comprou um zoológico, em 2006, para salvar todos aqueles animais.

E que os animais não só foram salvos como o zoo já ganhou vários prêmios desde então, por seus cuidados com os animais. E que a família Mee segue morando por lá, em meio àquela vida selvagem.

Claro, o maravilhoso diretor e roteirista Cameron Crowe (de um dos meus filmes favoritos na vida, “Quase Famosos“, que levou Oscar por seu roteiro na época) usou sua licença poética para inserir elementos ficcionais à história. A personagem Kelly Foster, interpretada por Scarlett Johansson, por exemplo, não existe.

E o Benjamin do filme, na pele de Matt Damon, já estava viúvo de sua Katherine, enquanto o da vida real viveu o drama da perda da mulher amada em meio aos desafios do zoo.

Além disso, o zoológico da vida real fica em Devon, na Inglaterra, e não no Sul da Califórnia.

Mas, embora o filme não seja exatamente igual ao que aconteceu na vida real, a mensagem que fica é a mesma.

Que bom que existem pessoas corajosas e aventureiras neste mundão, para construírem suas próprias histórias de maneira tão inspiradora, sendo capazes de mexer com outras pessoas tão diferentes, e que vivem em países e contextos também tão diversos.

No fundo, os desafios da vida são todos muito parecidos. O que fazemos com eles é que pode ser extraordinário.

Talvez devêssemos todos nos perguntar com mais frequência: “Por que não?”.

Assista ao trailer do filme “Compramos um Zoológico”:

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