Breviário dos canalhas
O poema abaixo foi enviado pelo poeta Ângelo Novaes. Você também escreve contos, crônicas, poemas, resenhas, análises…? Envie para meu e-mail e seu texto poderá ser publicado aqui no blog, na seção de textos enviados pelos leitores 😉:
Quando todas as notícias eram más
E o vôo das andorinhas não se via.
Dias em que se aprendia aguentar
Sem objeto, apenas aguentar.
A esperança que canalhas bastariam
A si mesmos. E depois, eles também, aguentariam.
Assim, ao menos, algo bom eles nos deram.
Vocês agora podem sentir o que sentimos.
Nossa cara sem rosto não é estranha.
O pão cotidiano das ofensas partilhamos.
O acontecido é muito pior do que se esperava.
E que pare de piorar é o que esperamos.
Os canalhas em roda se preservam.
Suas caras compostas contemplamos,
Atentos ao sentido oculto das palavras
Daqueles que guardam as primícias
Do destino infausto dos mortais
Quando todas as notícias eram más.
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Cristina Moreno de Castro Ver tudo
Mineira de Beagá, jornalista, blogueira, poeta, blueseira, atleticana, otimista, aprendendo a ser mãe. Redes: www.facebook.com/blogdakikacastro, twitter.com/kikacastro www.goodreads.com/kikacastro. Mais blog: http://www.otempo.com.br/blogs/19.180341 e http://www.brasilpost.com.br/cristina-moreno-de-castro