Carpe Diem e o instrutor de adolescentes

Cena de Dead Poets Society
Cena de Dead Poets Society

Ele era conhecido principalmente por seu humor, por suas comédias, e já participou de mais de 100 produções no cinema e na TV, mas as duas que mais me marcaram são dramas e têm mais de 15 anos de idade: Gênio Indomável (1997) e, principalmente, Sociedade dos Poetas Mortos (1989), que já assisti dezenas de vezes e posso dizer que é meu filme favorito.

Esta semana passada foi tão enlouquecida, com a morte de um presidenciável e um frila que peguei para fazer, que acabei deixando passar batido no blog a trágica morte de Robin Williams, que aparentemente estava doente e se matou, tendo apenas 63 anos de idade.

Se ele tivesse feito apenas esses dois filmes, pelos quais foi indicado e premiado com o Oscar, já teria contribuído imensamente para a história do cinema. Nem precisava fazer mais, mas ele atuou em outras 102 produções, escreveu 11, produziu três e dirigiu duas.

Foi por meio do Sociedade dos Poetas Mortos que conheci o Carpe Diem e todos aqueles poetas românticos, como Henry David Thoreau, que pregavam que a vida deveria ser vivida com intensidade. Foi um daqueles filmes que marcou várias gerações de adolescentes, por instar a pensar com a própria cabeça, a ter ideias e bancá-las, a enfrentar os velhos conservadores — coisa que está na essência de todo adolescente do planeta.

Por isso, Robin Williams, nosso muito obrigada!

Leia também:

Por Cristina Moreno de Castro (kikacastro)

Mineira de Beagá, jornalista (passagem por Folha de S.Paulo, g1 e TV Globo, UOL, O Tempo etc), blogueira há 20 anos, amante dos livros, poeta, cinéfila, blueseira, atleticana, politizada, otimista, aprendendo desde 2015 a ser a melhor mãe do mundo para o Luiz. Antirracista e antifascista.

2 comentários

  1. Bom dia Kika! Estava sentido falta de um post seu sobre o Robin rsrsrsr.
    Fiquei muito triste com a morte dele, sinceramente senti como se tivesse perdido alguém muito próximo… Acho que isso é consequência do turbilhão de emoções que sua forma de atuar sempre despertou em mim.
    O conheci ainda no colégio, em uma aula de história, quando fomos presenteados com A sociedade dos poetas mortos. Que filme!!! Que atuação!!!
    Bom, com tamanha genialidade não poderia ser diferente, e nos anos seguintes pude revê-lo em diversas outras obras primas: Gênio Indomável, Bom dia Vietnã, O homem Bicentenário, Amor além da Vida, Patch Adams, Uma babá quase perfeita, entre outros….
    Com muito pesar descobri que precocemente o tempo do homem Robin chegou ao fim, foi muito difícil, contudo, sei que grande parte do seu ser tornou-se imortal, e quando a saudade for muito grande, poderei reencontrá-lo na pele do amado Prof. John Keating, do radialista Adrian Cronauer, no terapeuta Sean Maguire ou do apaixonado Chris Nielsen……
    Oh Captain, My Captain!!!!

    Curtir

    1. Falou tudo, Wesley! Acho que ele foi um dos poucos astros de Hollywood a construir essa ligação afetiva com seu púbico. No dia em que morreu, vi e li várias pessoas lamentando como se tivessem perdido um amigão de longa data. Mas ele sempre será eterno! O DVD de Sociedade dos Poetas Mortos foi um dos primeiros filmes que comprei na vida e sempre que “preciso”, dou um jeito de assistir ao filme de novo. Mesmo já tendo visto mil vezes (risos, nem tantas, mas não sei de cabeça!), sempre me emociono de novo. O mesmo acontece com Gênio Indomável e todos esses que você citou. Ele era um gênio da atuação, coisa que muito poucos são. Não me lembro de nenhum outro ator que seja como ele. Uma pena que ele tenha levado a sério demais os ensinamentos dos românticos e tenha tirado a própria vida. Um abraço!

      Curtir

Deixar um comentário