Quando meus pais se mudaram para aquele prédio, eu tinha 6 anos de idade. Era o ano de 1991 e havia, em Belo Horizonte, uma frota total de apenas 479.805 veículos. O prédio não tem área de lazer, playground, essas coisas. Bom, mas tinha a garagem. E os vizinhos quase não tinham carros. Então todas… Continuar lendo O prédio que é toda uma cidade (e o fim da qualidade de vida)
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O pedestre estava certo
São 23h30, ruas meio desertas, e eu impaciente por estar voltando mais tarde para casa, depois de um dia de muito trabalho, doida para chegar logo. Paro o carro no sinal vermelho, no cruzamento de duas grandes avenidas, já perto do meu destino. E fico olhando, ansiosa, para o semáforo dos pedestres, à espera do… Continuar lendo O pedestre estava certo
Uma defesa das caronas
Há exatamente uma semana, uma conhecida que é de Beagá e mora em São Paulo postou o seguinte comentário em seu Facebook: “Não está chovendo, não é sexta-feira, são OITO da noite, e mesmo assim a Marginal parece um estacionamento. Alguém me explica a lógica dessa cidade??” Respondi: “Explico: média de 1,4 passageiros por veículo +… Continuar lendo Uma defesa das caronas
Crônicas do fim do mundo — no trânsito
Existe uma coisa que o Código de Trânsito Brasileiro garante e que parece que o pessoal ignora: todas essas vias que permeiam a cidade, que chamamos de ruas e avenidas, devem ser COMPARTILHADAS. Entre carros, ônibus, caminhões, bicicletas e, sim, pedestres também. Os pedestres têm preferência nas faixas, que funcionam como uma extensão das calçadas,… Continuar lendo Crônicas do fim do mundo — no trânsito
O não-bairro de São Paulo
Toda vez que vou ao Morumbi me pergunto como uma cidade produziu um bairro com tão pouca cara de bairro. Não há sequer uma padaria na esquina, ou um sacolão no quarteirão seguinte. A consequência disso é que não se vê um pedestre sequer. Todos fazem tudo de carro por ali. As ruas ficam desertas… Continuar lendo O não-bairro de São Paulo
A surpresa dos patetas na faixa de pedestres (e o futuro no País das Maravilhas?)
Memória é um trem engraçado. A minha lembra direitinho, como se fosse ontem, meu pai relatando que, naquele dia, há vários anos, ele estava dirigindo por uma rua da Savassi, bairro movimentado (de carros e de pedestres) em Beagá, quando viu uma faixa de pedestres sem semáforo. Viu também que havia trocentos pedestres à espera… Continuar lendo A surpresa dos patetas na faixa de pedestres (e o futuro no País das Maravilhas?)