Em cartaz nos cinemas: Nosferatu
2024 | 2h12 de duração | Classificação: 16 anos | nota 5
Minha primeira reação ao ver este filme foi pensar: “O Oscar me faz ver cada coisa…!” Não, eu jamais iria ao cinema para assistir a “Nosferatu” se ele não tivesse sido indicado a quatro estatuetas, e eu não fizesse a cobertura dessa premiação para este blog há tantos anos.
Então lá fui eu assistir a um clássico filme de terror, remake de um homônimo lançado mais de um século antes, mas provavelmente o milésimo filme inspirado na história de Drácula, de Bram Stoker.
Vejam bem, eu até gosto de filmes de terror. “A Substância“, que também foi indicado a uma penca de Oscars neste ano, é um tipo de terror excelente. “Corra!“, que ganhou uma estatueta há uns anos, também. E vários outros. Mas são tipos de filmes bem diferentes de “Nosferatu”.
Aqui, temos aquele vilão-monstro, com vozeirão cavernoso, fala arrastada, dedos ossudos e compridos, o corpo todo imenso e asqueroso. A donzela é pálida como papel, vive com a mesma expressão afetada. Outros personagens também são caricatos na mesma medida, como o marido, os doutores e o sujeito com cara de rato (não por acaso), que iniciou toda a história.
Também não faltam aquelas cenas de susto clássicas, com muito sangue jorrando por todos os poros, aparições inesperadas e o contraste da luz gerando tensão. Aliás, a luz é toda muito bem usada para as cenas em preto e branco e noturnas.
Se você for um fã de filmes de terror (e esse clube é IMENSO!), provavelmente amou este filme. Há que se reconhecer o cuidado que o diretor e roteirista Robert Eggers teve ao manter o folclore romeno em sua história, o capricho da maquiagem e das próteses, que levavam de quatro a seis horas para serem aplicadas no conde, o esforço de Bill Skarsgård para ficar à altura de um dos monstros mais assustadores das lendas do cinema e da literatura, e assim por diante.
Não foi à toa a indicação nas categorias de melhor fotografia, design de produção, maquiagem e figurino. O filme realmente capricha em todas essas questões técnicas, e nos transporta para uma Alemanha imunda do início do século 19, com suas infestações de ratos, pestes, epidemias e superstições.
Mas o que me dá preguiça é todo o resto. A história em si, já tão repisada, as atuações melodramáticas, enfim, um tipo de terror que não me move nem comove mais. Peço desculpas ao clube.
Nosferatu foi indicado a 4 Oscars em 2025:
- Melhor design de produção
- Melhor figurino
- Melhor maquiagem
- Melhor fotografia
Assista ao trailer de Nosferatu:
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