Para não repassar aos amigos mentiras de políticos e influenciadores na Internet

Dois mosquitos da dengue conversando, um deles fala: Imagina se a gente trasmitisse dengue com a mesma facilidade com que eles transmitem fake news... Charge do Duke.
Charge do Duke.

O instituto Reuters constatou, por meio do Digital News Report 2025, que 36% dos brasileiros têm o hábito de verificar informações em serviços profissionais de checagem de fatos quando acham que algo pode estar errado na Internet, contra uma média de 25% no resto do mundo.

É o que revela um artigo publicado pela “Folha de S.Paulo” na terça-feira (29), assinado por Tai Nalon, diretora-executiva da plataforma de checagem Aos Fatos – a primeira no Brasil, que comemora 10 anos de sua fundação.

Pena que a maioria não tenha a preocupação de checar os fatos antes de divulgar mentiras aos seus contatos. Embora, informa Tai, o Brasil registre uma das maiores inquietudes com desinformação digital no planeta. Entre os brasileiros, diz a autora, 67% dizem estar preocupados com o que é real e o que é falso no noticiário.

“Trata-se do retrato de um país que quer saber a verdade, mas vive num sistema projetado para impedi-lo”, acrescenta Tai Nalon.

Ela diz que, desde que ajudou a criar Aos Fatos, viu a desinformação se tornar ferramenta de poder e assistiu à corrosão progressiva da confiança pública.

“Nesse cenário, a checagem de fatos deixou de ser apenas uma prática do jornalismo e passou a ser uma trincheira essencial contra a degradação da vida democrática”, ressaltou.

Em 10 anos, Aos Fatos checou 15.271 declarações de 167 figuras públicas e 3.972 boatos nas redes sociais. Compartilhou seus dados com mais de 40 grupos de pesquisa no Brasil e no exterior.

“As checagens também subsidiaram os trabalhos das CPIs da Pandemia e do 8 de janeiro, e investigações jornalísticas foram enviadas ao Ministério Público em casos que vão desde a venda de falsos certificados de vacina até a publicação de documentos falsos contra candidatos em eleições”, relata a autora.

E defende que checar fatos não é censura: “Esse discurso, que reverbera principalmente entre políticos e influenciadores que disseminam mentiras, ignora um ponto fundamental: a checagem não proíbe que se fale – ela cobra responsabilidade por aquilo que se afirma como verdadeiro“.

Vale a pena ler o artigo completo. E também consultar a Aos Fatos e outras plataformas de checagem de fatos antes de sair espalhando fake news por aí.

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Algumas boas plataformas, agências ou serviços de checagem de fatos:

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Por José de Souza Castro

Jornalista mineiro, desde 1972, com passagem – como repórter, redator, editor, chefe de reportagem ou chefe de redação – pelo Jornal do Brasil (16 anos), Estado de Minas (1), O Globo (2), Rádio Alvorada (8) e Hoje em Dia (1). É autor de vários livros e coautor do Blog da Kikacastro, ao lado da filha.

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