Vale ver no cinema: Os Fantasmas Ainda se Divertem (Beetlejuice Beetlejuice)
2024 | 1h44 de duração | Classificação: 14 anos | nota 9
“Os Fantasmas se Divertem” foi um dos filmes que mais marcaram minha infância. Não me lembro que idade eu tinha quando assisti pela primeira vez, provavelmente numa “Sessão da Tarde” da Globo, mas lembro que morri de rir com o “Besouro-suco”, com a dancinha de Day-O (The Banana Boat Song), e morri de inveja da adolescente Lydia (Winona Ryder) por conseguir ver os fantasmas legais e dançar flutuando no ar.
Há alguns meses, coloquei no Prime Video para que meu filho Luiz, de 8 anos, pudesse conhecer esse mundo mágico e se divertir com ele também. Nem sabíamos ainda que haveria uma continuação no cinema, tantos anos depois.
Pois bem, 36 anos depois da estreia do primeiro filme (quase minha vida inteira, já que tenho 39!), eis que o excêntrico diretor Tim Burton voltou aos cinemas com a continuação de seu filme mais marcante, que ganhou o nome, no Brasil, de “Os Fantasmas Ainda se Divertem“.
Winona Ryder, que na época tinha 16 anos, volta com seus 52, mãe da Astrid, interpretada pela famosa Jenna Ortega, que faz a Wandinha na série da Netflix. Catherine O’Hara, que era uma jovem de 34 anos, volta com a mesma carinha, agora setentona. E o mais importante de todos, Michael Keaton, o eterno Beetlejuice, é salvo pela maquiagem para continuar parecendo o mesmo fantasma endemoniado e desbocado de quase quatro décadas atrás.
(Aliás, foi por que os fantasmas nunca envelhecem que o simpático casal formado por Alec Baldwin e Geena Davis ficou de fora dessa sequência. Já o ator Jeffrey Jones, que fazia o pai de Lydia no primeiro filme, foi cancelado há anos depois de ter sido preso por pornografia infantil. Acharam um jeito BEM criativo de manter o personagem sem precisar do ator…)
Além do retorno maravilhoso desses três atores do filme original, que se justificam na trama mesmo depois de tanto tempo, temos ainda as participações especiais de três outros grandes atores: Willem Dafoe, Danny DeVito e Monica Bellucci (que, por sinal, está namorando Tim Burton, sabiam?).

OK, o elenco é ótimo, a direção de Tim Burton é sempre impecável, a estética por trás de Beetlejuice nos encanta e diverte até hoje (acho que dá de 10 a 0 na Família Addams), mas e o roteiro? Consegue ser tão interessante quanto no filme de 1988 ou só mais do mesmo?
Acho que ficou na medida certa entre o “mais do mesmo” – porque, afinal, todos nós queríamos uma pitada de nostalgia com este filme – e os elementos novos, principalmente construídos a partir do personagem adolescente de Jeremy. Ou seja, ao mesmo tempo em que queríamos, sim, saber o que tinha se passado com aquela exótica família depois que tiveram contato com o “outro mundo”, queríamos algo a mais do que o mesmo fantasma fanfarrão e asqueroso tentando se casar com Lydia.
E a continuação entregou isso muito bem.
Criança pode ver Beetlejuice?
Antes de encerrar o post, vou trazer a dúvida que me pegou, quando vi que colocaram classificação indicativa de 14 anos para este filme. Será que eu poderia levar o Luiz para ver? Afinal, ele também ficou empolgado quando soube da continuação, já que tinha assistido ao primeiro filme em casa.
Pesquisei na internet pra tentar encontrar alguma resposta para essa dúvida, não encontrei nada de mais e resolvi arriscar.

A verdade é que tem um bocado de monstros feios, do tipo que aparecem em pesadelos infantis, e até uma porção de sangue, mas nada que o Luiz já não estivesse acostumado a ver em “A Família Addams” ou nas animações de Hotel Transilvânia. Ou mesmo no mundo sombrio de Tim Burton que ele já conheceu, com o primeiro Beetlejuice, A Fantástica Fábrica de Chocolate, Alice no País das Maravilhas e Dumbo.

Fiquei observando suas reações nas partes mais “assustadoras”, mas não vi nada de diferente. Ele olhava tudo bem atento, absorvendo aquele mundo de fantasia e terror. No final, perguntei se ele tinha ficado assustado, se tinha achado muito diferente de outros filmes com classificação indicativa de 12, 10 anos ou livre, e ele disse que não.
(Mas vale lembrar que cada criança é de um jeito e ninguém melhor que você para saber se seu filho se assusta mais facilmente com esse tipo de fantasia ou não.)
Perguntei de qual dos filmes ele gostou mais, e o Luiz foi categórico: “Os Fantasmas Se Divertem”, o primeiro, é melhor que esta continuação.
Se perguntar a mim, claro que vou concordar. Eu e minha criança interna, que ficou maravilhada ao ver aquele pó mágico deixando as cabecinhas encolhidas, na fila de espera burocrática do mundo dos mortos. Mas, ao mesmo tempo, achei esta sequência uma homenagem e tanto à minha geração. Como se Tim Burton nos dissesse: os anos 80 ainda não morreram, meus amigos, a diversão continua garantida.
Agora só falta fazerem uma boa sequência tardia para filmes como “E.T.”, “A História Sem Fim” e “Uma Cilada Para Roger Rabbit” 😀
Assista ao trailer de Os Fantasmas Ainda se Divertem (Beetlejuice Beetlejuice):
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