Por que as pessoas fumam até hoje?

Mulher fumando vape, cigarro eletrônico. Foto: Chiara Summer / Unsplash
Mulher fumando vape, cigarro eletrônico. Foto: Chiara Summer / Unsplash

Sempre vivi numa bolha que acha “descolado” fumar. Mas sempre achei cigarro o trem mais quadrado do mundo. Um vício burro e caro.

E hoje acho o vape o maior exemplo moderno de “pega-trouxa”.

Postei o textinho acima no meu Instagram, há alguns dias, quando a Contente.vc levantou essa discussão. Fiquei até com receio de ofender alguns dos meus amigos fumantes do cigarro eletrônico, mas era uma coisa que estava entalada em mim há um tempo e não resisti em abrir meu bocão.

A verdade é que me surpreendi com a reação: foram muitos os amigos que curtiram o que escrevi e outro tanto que me mandou mensagens privadas concordando. Parece que tem muita gente mesmo incomodada com a volta do cigarro mascarado de coisa saudável.

Achei que valia levantar esta lebre aqui no blog também, que já teve vários posts a esse respeito (relembre na listinha ao final).

A pergunta que sempre me fiz foi:

“Por que as pessoas fumam até hoje?”

Todo mundo já está CARECA de saber que cigarro faz mal pra burro. Seja qual for a graça de colocar fumaça quente e tóxica pra dentro do pulmão, será que compensa, diante dos trocentos malefícios?

Já a Contente.vc, naquele dia, tinha feito uma pergunta um pouquinho diferente, mas ainda instigante:

“Como convenceram a geração saúde de que fumar era legal novamente?”

Lembrando que, há algumas décadas, cigarro era vendido como uma coisa incrível, aparecia em 100% dos filmes bombantes de Hollywood, aparecia em clássicos da Disney (vide Peter Pan e Pinóquio), patrocinava festivais de jazz e esportivos, pra se associar a coisas boas pro corpo e pra mente.

Mas isso tudo já caiu por terra há MUITO TEMPO. Então como conseguiram resgatar essa ideia tão equivocada?

É sobre isso o post da Contente.vc, plataforma de que já falei aqui no blog, que acho muito bacana e recomendo acompanhar.

Eles escreveram o seguinte:

“A gente quer mesmo é investigar como a onda do pod, do vape e dos cigarros eletrônicos, lá no seu início de popularização, foi vendido para tantas pessoas jovens como “menos ofensivo”, “mais saudável”, “um hobby” a ponto de se tornar um dos maiores problemas de saúde de uma geração que rompeu com tantos paradigmas de saúde: se alimenta melhor, treina mais, é mais consciente do próprio corpo…

(…) Como quase tudo na internet, a onda dos cigarros eletrônicos também surgiu aparentemente de uma maneira “orgânica”. Influenciadores de bem-estar, de moda, pessoas jovens, it girls e it boys usavam, o que já aconteceu com cigarro tradicional também – que era encarado quase como um “charme”, quem lembra? Mas o problema mesmo foi todas essas pessoas terem criado a ideia de que esse “passa-tempo” era menos maléfico – o que com um tempo se provou não ser verdade.”

A seguir, as conclusões a que eles chegaram (clique sobre qualquer imagem para ver em tamanho maior):

O post original, publicado em 20 de maio, já teve mais de 70 mil curtidas neste momento em que escrevo. Ou seja, essas reflexões tiveram um bom alcance – ainda bem!

E você, o que pensa disso tudo? É usuário de cigarro? De vape? Ou também acha que isso tudo é um baita vício burro e caro sustentado por marketing bem feito? Deixe sua opinião nos comentários! 😉


Outros posts sobre cigarro no blog:

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Por Cristina Moreno de Castro (kikacastro)

Mineira de Beagá, jornalista (passagem por Folha de S.Paulo, g1 e TV Globo, UOL, O Tempo etc), blogueira há 20 anos, amante dos livros, poeta, cinéfila, blueseira, atleticana, politizada, otimista, aprendendo desde 2015 a ser a melhor mãe do mundo para o Luiz. Antirracista e antifascista.

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