“Outras primaveras virão” (um poema de alento para tempos de coronavírus)

Texto escrito por Beto Trajano:

 

 

Outras primaveras virão.

Um dia as flores vão começar a brotar novamente.

As plantas estão salvas, nas ruas, florestas e vasos,

enquanto nós, seres humanos, estamos confinados dentro de casas,

reunidos em uma jornada familiar, só com os moradores de cada quadrado.

 

Na rua, os moradores sem casa andam a esmo

Dormem tranquilos, enrolados em cobertores e papelões.

Não devem estar entendendo

como a cidade esvaziou.

Poucas pessoas transitam.

Nos supermercados, o medo de se contaminar:

clientes com máscaras e luvas, álcool em gel para desinfetar os carrinhos.

Os mantimentos estão nas prateleiras

Os remédios, nas farmácias.

 

Trabalhadores, poucos, são guerreiros e, ao mesmo tempo, anjos.

Se mantêm firmes na labuta diária

Jornalistas, médicos, motoristas, pessoal da limpeza, jornaleiros, comerciantes de pequenas lojas.

 

As cidades desertas.

A ameaça invisível muda o comportamento humano

Os pássaros voam nas ruas.

 

A internet nas casas é usada a todo momento

Com ela podemos nos informar, nos comunicar com os entes queridos, estudar.

Momento de pausa, de silêncio.

Entreter a criança presa sem aula durante todo o dia em casa é uma atividade desafiadora

Entreter a cabeça: pensar em coisas produtivas motiva o cérebro.

 

Protestar contra um presidente canalha, que foi um dos responsáveis por trazer o vírus para cá e disseminar a doença no país.

Um idiota, que está prejudicando o trabalho de líderes, governantes que despontam na nação.

 

A natureza sobrevive linda, e é mais forte que nós, humanos.

É hora de se resguardar, para poder continuar a desfrutar de coisas boas da vida

É hora de ficar tranquilo.

Outras primaveras virão.

 

 

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