Quando eu estava na escola, os nomes mais comuns nas minhas salas eram Camila, Marina, Natália e Juliana, entre as meninas, e Rafael, Daniel, Thiago e Lucas, entre os meninos.
Agora, descubro, bem surpresa, que, entre os mais comuns da nova geração que acaba de nascer estão nomes como Enzo, Nicolas e Heitor, entre os meninos, e Valentina, Giovanna e Isadora, entre as meninas.
Fico pensando o que influencia essas modas de nomes. Quando eu era criança, chamava minhas bonecas de Jéssica, que eu achava um nome maravilhoso! Anos depois, me dei conta que era o nome de uma adolescente rebelde em uma novela da época, a que eu assistia (devia ser uma novela bem antiga, porque a última que vi foi “Vamp”). Acho que algo como “Mico Preto” ou “Meu Bem Meu Mal”.
Com certeza as personagens de novelas ditam muito esses modismos até hoje. Fico me perguntando quem será Valentina e quem é Enzo hoje em dia. Algum personagem de filme? Ou de algum grupo musical famoso, como um desses High School Musical e afins?
O dia em que eu tiver um filho ou filha, já tenho os nomes na ponta da língua: se for menino, Eduardo ou Alexandre (22º e 81º lugares na preferência dos pais de hoje, respectivamente). Se for menina, eu tinha dúvida entre a sabedoria e a alegria — Sofia e Letícia –, mas bati o martelo por Letícia (30º lugar), ao saber que Sofia é o primeiro lugar na preferência registrada em cartórios de todo o Brasil em 2013. Não quero banalizar a sabedoria, e, de todo modo, viva a alegria!
Fiquei sabendo desse ranking por ESTE LINK, que uma amiga compartilhou no Facebook dia desses. Mas é um assunto que sempre me chamou a atenção. O que explica que, até outro dia mesmo, nomes como João, José, Antônio e Joaquim fossem vistos como nome-de-velho e, hoje, estejam tão em voga entre os pais moderninhos? Tenho vários amigos moderninhos e tenho visto muito desses nomes entre os filhos deles. E os acho um charme, claro — afinal, sou moderninha também 😉
Mas fiquei aliviada ao constatar que Cristina não figura nem entre os 100 mais. Será mais fácil encontrar Stefany, Mikaela, Evellyn, Antonella, Ayla, Lis, Alexia e Kamilly nos próximos anos — mas nada de Cristinas, Cristianes, Cristianas, Crises. Meu nome se juntará à poeira que cabia às Marias (hoje na respeitável 59ª posição) e será visto, em breve, como o nome de uma senhora. A menos, é claro, que alguma nova Christina Aguilera surja para me resgatar no limbo.
a lista bate perfeitamente com os nomes de coleguinhas da Teresa que eu vejo por aí 🙂
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Pois é, é bem feitinha! 69 mil registros é uma amostra bem boa, né?
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Muito interessante este seu artigo!
Humildemente, vou indicar-lhe um site muito bom para uma potencial futura mamãe!
(http://brasil.babycenter.com/)
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Foi deste site que tirei o ranking 😉
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E eu querendo ser “esperto”! Eheheh…
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hehehehe
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Dica: http://jezebel.com/map-six-decades-of-the-most-popular-names-for-boys-st-1450787771
(Meu nome está apenas em 81.º?! Será que, daqui a cinquenta anos, os Alexandres serão os Epaminondas de nossa época?)
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Pois é! E não há sinal de Cristina, Cristiana ou Cristianes, que eram relativamente comuns no meu tempo de escola 😦
Esse dos Estados Unidos é interessante. Haja David, nossa!
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Mas você viu que vai mudando? David sumiu (das lideranças) depois dos anos 1960!
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Vi! Haja Michael, Chris e Jacob também!
Especialmente Michael, o mais imbatível de todos, em todos os tempos. E engraçado é que Miguel aparece em primeiro aqui no Brasil de 2013.
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Cris, quando eu era menino, ainda existiam algumas Vitórias lá na minha terra, reminiscências da rainha inglesa do século 19. E ontem, caminhando em volta de uma piscina, ouvi uma jovem mãe chamando o filho que treinava natação: Zé! Naquele tempo das Vitórias, toda família que eu conhecia tinha um José na sua prole. Mas a vida os foi levando, um a um, e eu ficando sozinho (um dos poucos que restam está lá na Papuda…), mas agora, onde menos esperava, ouvi o renascimento do nome. É verdade: o mundo dá voltas. E o Zé da Papuda é a melhor prova disso.
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Hoje em dia toda criança que é encontrada abandonada, como esses bebês tristes que são achados dentro da lata de lixo, acaba sendo batizada de Vitória 😦
Mas o José está em alta de novo! Só José, porque José Vitor e outros Josés compostos, até que sempre estiveram na moda 😀
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Ah, é? Talvez achem que, chamando-as de Vitória, possam ter alguma chance nessa vida iniciada no lixo. José: os pais esperavam que o pai do filho de Deus (que confusão!) tivesse algum prestígio no céu para proteger na terra mais um xará. Pensando bem, não tenho de que reclamar de S. José. Ele me parece tão bom procurador quanto carpinteiro.
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