Também houve Holocausto no Brasil

Já ouvi muitas histórias sobre os manicômios da cidade mineira de Barbacena, mas eu nunca tinha lido um relato tão contundente como este que foi feito pela premiada repórter Daniela Arbex (três vezes vencedora do Esso, o maior prêmio do jornalismo brasileiro), originalmente publicado pela “Tribuna de Minas” em 2011, mas de que só hoje tomei conhecimento.

Ela conta como mais de 60 mil pessoas morreram no “hospital” Colônia, um horror que foi documentado em fotos e acabou virando, recentemente, livro e museu. Ali, mais de 70% dos internos não tinham problemas mentais, mas perdiam toda a dignidade humana, tendo que comer fezes para sobreviver, e, depois de mortos, tinham seus órgãos comercializados para 17 faculdades de medicina.

Posto aqui algumas das imagens e convido todos os brasileiros a conhecerem a história do holocausto nacional, que deveria ser ensinado nas nossas escolas como é ensinado o nazismo de Hitler.

LEIAM AQUI a reportagem.

VEJAM AQUI todas as fotos.

E uma amostra abaixo (cliquem sobre as imagens para vê-las em tamanho real):

Homens e mulheres morriam de inanição. (Fotos: Luiz Alfredo/Museu da Loucura (1961))
Homens e mulheres morriam de inanição. (Todas as fotos: Luiz Alfredo/Museu da Loucura (1961))

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Internos dormiam em capim.
Internos dormiam em capim.

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Cadáveres eram retirados no carrinho de tração animal.
Cadáveres eram retirados no carrinho de tração animal.
Esgoto a céu aberto era fonte de água aos internos.
Esgoto a céu aberto era fonte de água aos internos.
Crianças também eram mantidas, em situação degradante, no Colônia.
Crianças também eram mantidas em situação degradante no Colônia.

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Por Cristina Moreno de Castro (kikacastro)

Mineira de Beagá, escritora, jornalista (passagem por Folha de S.Paulo, g1, TV Globo, O Tempo etc), blogueira há mais de 20 anos, amante dos livros, cinéfila, blueseira, atleticana, politizada, otimista, aprendendo desde 2015 a ser a melhor mãe do mundo para o Luiz. Autora dos livros A Vaga é Sua (Publifolha, 2010) e (Con)vivências (edição de autor, 2025). Antirracista e antifascista.

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